Capítulo 5. Quem é você, Hiro?

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Meia hora depois de Lien ter retornado ao porão, o médico chegou com quase 20 minutos de atraso. Max o acompanhou até a mulher, entregando-lhe um disco com os resultados da tomografia, que Lien pediu que ele entregasse ao médico quando ele chegasse. Ao ver os dados no disco, o médico ficou surpreso.

- Quem fez a tomografia e definiu o osso? - perguntou o homem, olhando para Max e examinando Fluff, que estava dormindo.

- Há algo errado, doutor? - Max se preocupou, temendo que tivesse confiado isso a seu prisioneiro em vão.

- Oh, não. Só não entendo por que fui chamado quando o senhor já tinha um médico aqui? Esse homem certamente sabe como posicionar o braço em uma tomografia computadorizada. O osso está perfeitamente posicionado, assim como o gesso. Os comprimidos na mesa de cabeceira estão corretos. Posso falar com ele? - O Dr. Lyne tranquilizou Max.

- Bem... - antes que Max pudesse pensar em uma desculpa, o telefone tocou.

O médico atendeu a ligação, pediu desculpas e saiu rapidamente para atender um paciente do hospital que estava piorando. Max se perguntou quem seria esse Hiro... Então, ele decidiu cuidar dele até que o chefe chegasse.

O jantar ficou a cargo da empregada, enquanto Lien, acompanhado de Max, caminhava pela casa. O homem notou uma foto A4 sobre a lareira da sala de estar e se aproximou. Em uma moldura prateada, havia uma foto de dois meninos. A julgar pela aparência e pelas características faciais comuns, eles eram irmãos. E... um deles Lien reconheceu. Ele se lembrava dos rostos de todos os seus "pacientes silenciosos" e o rapaz da foto era um deles.

Seu nome era Phiat Wongsawat, ele morreu há quatro anos, tinha 20 anos e foi um acidente estranho. Ele simplesmente caiu em uma boate, a ambulância chegou e o declarou morto. O pai do rapaz insistiu que seu filho era saudável e não usava drogas, então o caso foi entregue a especialistas forenses. De acordo com o patologista do hospital, o Fiat morreu de parada cardíaca. Lien foi quem confirmou que se tratava de um assassinato. Foi ele quem encontrou a marca da agulha no corpo do homem e identificou o veneno. Ele tinha acabado de entrar no departamento e foi seu colega sênior que recebeu todo o crédito.

- Seu chefe, certo? - Apontando o dedo para o segundo homem na foto, Lien perguntou e Meeks assentiu.

"Bom demônio... definitivamente meu tipo... Eu me pergunto... Quantas horas esse mafioso vai durar?" - Lien admirou o homem.

- Eu daria a ele...", o prisioneiro disse em voz alta e Max deu uma risadinha.

- E se o chefe for heterossexual? - perguntou Max, levantando uma sobrancelha.

- Ele é gay", Lien deu um veredicto inequívoco.

- O que o faz ter tanta certeza?

- Ele tem o selo verde do clube gay Paradise em seu braço. O que significa que ele é um cliente regular e um ativo. A julgar pela luz da janela, a foto foi tirada às 9:00 e ele ainda não tomou banho, portanto o selo ainda está no lugar, o que significa que ele acabou de voltar da boate. A julgar pelo seu sorriso tenso e pela cara de satisfação do outro cara, o garoto o obrigou a tirar a foto", concluiu Lien de maneira profissional, esquecendo-se de onde estava.

- Qual é o seu trabalho mesmo? - perguntou Max, e o homem percebeu que havia falado demais.

- Eu não disse, mas se você quiser saber..." Lien se virou para encarar Max, acariciando seu peito de forma desafiadora: "Descubra por si mesmo..." Ele se virou e olhou para ele.

- Quando o jantar estiver pronto, me chame", ele se virou e foi em direção ao porão.

- Hiro! Ei! Aonde você está indo? - Max gritou atrás do homem.

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