Capítulo 21. O retorno dos galos pródigos.

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Nanfa tinha acabado de chegar em casa, vindo do porto, onde houve problemas com o carregamento de um lote de armas para Ivo, e ainda não tinha tido tempo de sair do carro, quando um Lexus cobre entrou voando no território da casa.

- Tudo livre, eu mesmo cuidarei disso - ordenou o mafioso, e os rapazes saíram rapidamente.

Nan adivinhou o motivo do aparecimento de Lien em tal velocidade, sentindo uma dor no peito ao perceber que ele havia decidido entrar na taça.

"Significo tão pouco para você, não é?" - pensou o homem frustrado, encostado na lateral do carro do qual havia saído recentemente.

- Nanfa! - um grito cheio de raiva ecoou pela área enquanto o homem bonito caminhava em sua direção com passos rápidos.

Bang

Um soco na mandíbula e Nan cambaleou um pouco, sentindo o gosto de sangue na boca.

- Como você se atreve? Meus brinquedos não foram suficientes para você, então você colocou as mãos na taça também? - Raed gritou com raiva.

- Entendo, você queria se divertir e não deu certo? - perguntou Nanfa calmamente, embora por dentro ele estivesse tremendo de ansiedade pela resposta.

- Essa é a minha vida! Meu negócio! E meus números! Quem diabos você pensa que é? Sabe há quanto tempo estou coletando esses números? - Lien não se cansava da calma do homem à sua frente.

- Esses papéis são mais importantes para você do que eu? - perguntou Nan em voz baixa e direta, olhando nos olhos do homem furioso.

- SIM!!! - Uma resposta dura e o coração de Nan parecia estar preso em um torno.

Lien, no calor da raiva, não percebeu o que estava dizendo.

- "É assim que...", o mafioso tentou manter a calma enquanto caminhava até o porta-malas do carro e o abria.

Nan tirou um saco de lixo e, fechando o porta-malas, voltou para o homem.

- Estou lhe oferecendo uma escolha, Lien... - - antes que Nanfa pudesse terminar, ele foi interrompido.

- Que se danem suas condições! Vá para o inferno, Nanfa! Não quero ver você de novo! Você arruinou minha vida! Meus pênis, meus números! Anos de trabalho desperdiçados! - gritou Raed, enquanto Nan ouvia em silêncio.

- Peço desculpas, Khun Lien, por ousar aparecer em sua vida.  Obrigado por sua honestidade. Seus preciosos brinquedos serão entregues no condomínio em duas horas. Você deve se apressar para que a entrega não tenha que esperar. Lembre-se, o que você fizer a partir de agora não é mais da minha conta. Espero que haja reciprocidade pelo menos nisso", Nan colocou o pacote nas mãos de Lien, falando com a mesma calma.

- Você sabe onde fica a saída", Nanfa se virou com o coração pesado e viu Max se aproximando.

- Max! Khun Lien está indo embora. Acompanhe-o até o portão", sem se virar para Lien, o homem caminhou em direção à casa.

- Tudo bem! - Lien ficou ofendido por Nan tê-lo deixado assim e, pegando a bolsa, entrou no carro.

Nan entrou na casa e, depois de dizer que não jantaria, foi para o quarto. Assim que a porta se fechou, o corpo do mafioso deslizou por ela, com os olhos ardendo, mas sem lágrimas.

"Quando era apenas um plano em palavras, não doía tanto..." - Nanfa sentiu pena de si mesmo, discando o número de Kin.

📞-O que há de errado, Nan? - Kin perguntou preocupado, pois eles haviam combinado de ligar apenas se Lien fizesse algo estranho.

Domar o Rinoceronte Where stories live. Discover now