Capítulo 9 - Tentador de demônios

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Desde que o homem alto e bonito saiu de sua casa, Nan se masturbou sete vezes, talvez nove, ele nem se lembra, embora não tenha tolerância alguma para essas coisas. É somente quando os olhos cor de uísque aparecem em suas lembranças que seu pênis reage traiçoeiramente.

"Ele é definitivamente algum tipo de monstro... Eu me masturbei mais nessas vinte e quatro horas do que nos anos anteriores de minha vida..." - pensou Nanfa, lembrando-se novamente daquele olhar de vadia.

Decidindo tomar uma ducha fria dessa vez, Nanfa pensou em encontrar o falso Hiro. Depois do banho, ele chamou Tew, perguntando onde ele havia deixado o cara. Sem obter nenhuma informação, o homem chamou Max e ordenou que ele verificasse todas as casas nas proximidades da loja de departamentos onde o prisioneiro havia sido deixado. Max ficou surpreso, mas ao se lembrar da maneira como seu chefe havia olhado para Hiro ontem, as perguntas se dissiparam por si mesmas.

Resolvendo desabafar, como de costume, Nan se dirigiu ao seu clube. Vestindo um terno escuro, acompanhado por cinco guarda-costas e um motorista, ele dirigiu até Paradise. Passando pela área de estacionamento restrita para convidados VIP, Nan foi até o primeiro andar e observou os visitantes em busca de alguém que o distraísse de seus pensamentos sobre o homem alto, bonito e sem vergonha.

Olhando em volta dos assentos próximos à pista de dança no térreo, ele notou uma silhueta familiar, mas o rosto não estava visível porque o homem estava com a cabeça apoiada no encosto do sofá e seu corpo estava sendo acariciado por dois rapazes bonitos. Assim que o homem mostrou seu rosto ao se levantar, Nan ficou instantaneamente irritado. Era alguém que ele não esperava ver aqui, principalmente na companhia de dois rapazes ao mesmo tempo. Nan viu o homem conduzindo os gêmeos para a pista de dança, segurando suas mãos e sorrindo docemente para eles. Só que quanto mais largo era o sorriso no rosto de Lien e as mãos dos rapazes descaradamente o apalpavam e beijavam seu pescoço fino, mais as sobrancelhas do homem por trás do vidro se aproximavam.

"Ainda ontem você estava pronto para se entregar a mim... e hoje já está se divertindo com dois garotos ao mesmo tempo?" - Nanfa se ressentiu, mantendo o olhar fixo no homem que se contorcia entre os corpos dos dois gêmeos presunçosos.

O belo homem lançou um olhar fugaz para o vidro escuro do primeiro andar, atrás do qual Nanfa estava, e, dando um beijo nas bochechas dos meninos, foi em direção ao banheiro. Nanfa não perdeu tempo e acenou para que os guarda-costas não o seguissem e desceu seguindo a bunda gostosa. Ao entrar no banheiro e ver o corpo sedutoramente curvado na pia, o que realçava ainda mais as nádegas exuberantes, Nanfa imediatamente se lembrou de como os dois rapazes haviam apertado descaradamente aqueles pêssegos doces. A irritação e a raiva ficaram mais fortes e ele se aproximou do homem e o virou com força, sentando-o na bancada, fazendo com que o sabonete líquido voasse para o chão. Um sorriso gentil, o cheiro agradável de coquetel de frutas misturado com o perfume e os olhos cor de uísque inebriantes faziam parecer que Nan era a presa.

- Está se divertindo? - Nanfa deixou escapar a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

- Eu tenho o direito! Ou quer que eu brinque com você? - Um gesto gracioso da mão, e agora os dentes brancos mordem provocantemente o dedo indicador, e uma perna longa e esbelta repousa em seu ombro.

- Você! - Nan mal podia se conter para dobrá-lo e torná-lo seu naquele momento.

- "O que sou eu?" Nanfa não conseguia mais ouvir o canto da sereia que o atraía tanto.

-"Você será meu! Esses lábios são meus! Eu roubei você, eu vou te foder!" - rosnou o homem para si mesmo, afundando nos lábios macios da provocadora.

Domar o Rinoceronte Where stories live. Discover now