Capítulo 30

138 6 0
                                    


Passa do meio dia quando eu abro olhos. Estou nua. Minha cabeça pesa o triplo e tudo está girando. Olho ao redor não vejo Daniel, mas vejo meu vestido pendurado na cadeira junto com a camisa dele e outros sinais de que o quarto foi organizado. Visto a camisa dele e saio da cama a passos lentos, e antes de chegar a sala, vejo que está sentado no sofá diante de um enorme café da manhã, falando ao telefone. Com um gesto, dá um tapinha para que eu me sente ao seu lado. Minha cabeça está literalmente rodando e cada passo que dou é como se eu tivesse acabado de tomar uma dose de tequila. Nunca mais vou beber; os efeitos que a tequila tem sobre mim, é como se gasolina fosse lançada a uma chama de isqueiro e incendiar tudo a volta. Meu estomago revira e eu sinto marteladas atrás das pálpebras. Me jogo no sofá lado de Daniel que continua falando em tom sério com alguém chamado Lucy.

Ele aperta meu joelho carinhosamente, me confortando. A mão grande tocando meu joelho trouxe uma memória da madrugada de ontem: um orgasmo lento que me deixou fraca. A pele do meu rosto queima e eu me recosto no sofá sentindo a bile ameaçando passar pela minha garganta. Daniel se levanta e como a mão livre, serve uma xícara de café , pondo delicadamente entre minhas duas mãos.

— Esta é minha decisão final Lucy! — Com seu habitual tom frio de autoridade , desligada e põe o telefone sobre a mesa.

— Como está a ressaca, querida? — Eu apenas reviro os olhos e bufo. — Tem um comprimido ali na gaveta, vou buscar para você — Você está pálida.

Ele me entrega um comprimido e um copo de água, pega a xícara da minha mão e pousa na mesa. Acho fofo o modo como está cuidando de mim, e agradeço com um sorriso, antes de enfiar a pílula na boca.

— Você não pode beber. Vira um furacão — ele diz enquanto passa manteiga em uma torrada e põe em frente a mim.

— Como isso e também beba o suco, depois volta para a cama. — Eu encaro o mandão gigante e tatuado sentado a minha frente comendo uma tigela de granola com iogurte. Não imaginava que o café da manhã dele era iogurte, apesar de ser magro, Daniel tem músculos visíveis que parecem ser difíceis de manter, ele deve fazer muita atividade física.

— Vou para a academia, e volto em 1 hora para te acordar.

Ele se levanta e vem sentar ao meu lado. Ele é lindo com os olhos levemente inchados de quem acabou de acordar. A barba está para fazer e os cabelos sem gel o faz ficar mais jovem e leve. De ombros relaxados, Daniel Stone é magnético e sua presença enche um cômodo mesmo quando acorda sem seu terno e sua camisa abotoada. Eu sinto um frio na barriga quando ele passa uma mexa do meu grudento e horroroso cabelo atrás da minha orelha.

— Descansa, linda. Fiquei preocupado porque ontem, depois de um orgasmo forte você praticamente desmaiou.

Minha boca forma uma "o", eu engulo seco e por um instante esqueço do momento mágico em que ele cuidava de mim como uma princesa, me lembrando que sou uma bêbada que deu trabalho.

— Desculpe pelo trabalho

— Ah querida, tirando o fato de que você arranjou uma briga por conta de outro homem, você pode dar o trabalho que quiser.

Encaro seus olhos maliciosos enquanto ele toca meu queixo.

— Daniel, eu não briguei por causa de outro homem. Por favor. — Eu passo a mão na têmpora que acaba de latejar me pondo a par do arquivo "resolver amanhã".

— Eu me sai para atender a ligação do meu assistente e quando voltei tinha outro homem dançando com você.

— A parceira dele se aproximou de mim para dançar e ele achou que podia me tocar. Eu esquivei — dou um mordida na torrada para empurrar a bile de volta.

TESTA-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora