Prólogo.

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Andrómeda tinha 24 anos quando chegou ao fundo do poço.

Naquela manhã parou em frente ao espelho do banheiro do luxuoso apartamento, e chorou em desespero com a imagem que de lá reflectiu, tinha os olhos na cor do mel e os lábios rosados, seu cabelo era comprido e de negro vivo, usava uma franja.

Mas as olheiras e maquiagem borrada, somados a ausência de brilho em seus olhos, lhe lembravam por que vivia saindo e entrando de festas. Não era apenas porque era uma cantora de sucesso, ou porque conhecidos sempre a convidavam para tais eventos, era porque queria fugir.

Ficar em casa lhe lembrava  que se sentia vazia e que não conseguia mais lidar com aquilo sozinha. Ela, uma cantora de renome internacional. Jovem e bela, não se sentia satisfeita com a própria vida.

Ela chorava rios de lágrimas. Havia feito o que prometeu não fazer quando chegou a fama, havia se tornado uma boneca da multidão.

Sem opinião, vontade ou desejo. Ela era o que as pessoas esperavam que ela fosse, não o que ela queria ser.

E naquele momento, deitada no chão frio do banheiro se perguntou se realmente sabia quem queria ser.

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Bem-vindo torrãozinho de açúcar. Tá tudo bem por aí?

Desfrute da leitura.

Andrómeda.Where stories live. Discover now