13- De volta para casa.

2 1 0
                                    

Ela voltou para casa, depois de três meses fora, ela finalmente voltou. E diferente do que acreditaram , ela não estava mais triste, nem desesperada do que quando saiu. Havia encontrado o que procurava, havia se encontrado também... Não era uma pessoa, não era um objecto, era algo além. E lhe fazia muito bem.

E disse a si mesma, daria de presente a todo o que quisesse descobrir.

Wilma  a recebeu no aeroporto e pode notar a chama viva presente naquele olhar, a felicidade no sorriso e a tranquilidade no respirar. Lá estava a Andrómeda de cinco anos atrás.

Ela havia diminuído o cabelo, e agora usava cachos, claro que Wilma ainda preferia  a boa e velha franja, mas não negava que o aspecto natural do cabelo era muito mais bonito. Assim como o rosto limpo, e as roupas confortáveis e simples. Parecia uma pessoa comum sem toda a produção, e Wilma lembrou que era o que ela pretendia voltar a ser.

- Seja bem-vinda de volta. - Retirando os óculos escuros do rosto, a mulher lhe estendeu as mãos. Eda sorriu e ao invés de lhe cumprimentar, a puxou para um abraço.

- Nunca pensei em dizer isso, mas senti sua falta. - Andrómeda admitiu sorrindo alegre. Wilma observou que carregava liberdade também, e ficava feliz pela menina.

- Gosto disso, que esteja sendo sincera. Mas agora, o que quer fazer menina? - Perguntou sinalizando para que o motorista viesse pegar as malas que carregava a cantora.

- Eu quero continuar cantando. E fique já de aviso que vou mudar o estilo, e tem outras coisas que quero fazer também. Não vai ser muito rentável, talvez não queria mais ser a minha agente, então vamos ter que organizar meu horário e conversar. - Respondeu.

- Certo, você pode fazer o que quizer desde que não seja nada idiota. Ainda vamos conversar, mas quanto a essa nova fase, talvez eu queria te acompanhar. - Wilma disse começando a caminhar em direção ao carro.

Eu não vou. - Andrómeda garantiu entrando pela porta que lhe foi aberta. - E ainda quero apresentar Alguém a você. - Contou animada. Era o mesmo "Alguém" que havia lhe salvo.

- Hmhm. - Em tom sério, a mulher balbuciou. E então voltou a atenção para o tablet. Desconfiava daquela nova conversa, mas também não se queixava, Andrómeda estava radiante.

- Wilma. - Eda chamou. Sentadas uma de frente para outra no carro, a mais velha ergueu o olhar. - Obrigado por ter me apoiado, foi muito importante para mim. - Agradeceu emotiva.

- Aquilo foi o de menos. - Wilma deu de ombros.

- Não foi, mesmo quando você era chata e me obrigava a ficar em pé, agora eu acho que pelos motivos errados, e quando disse que eu deveria sair da cidade por um tempo, você me ajudou a chegar até aqui. Então, obrigado pela paciência também. Sei que não fui nada legal, principalmente nesses últimos meses.  - Surpreendendo a jovem senhora com suas palavras, Andrómeda não deixou de ser sincera.

- Pare de agradecer, apenas fiz o que considerei certo. - Pediu a morena maior. Percebendo que mais nada ela falaria, Andrómeda se recostou sobre o banco e fechou os olhos.

Era bom estar em casa, era muito bom na verdade.

**********

Faltando só o epílogo agora?

Querem me dizer o que acharam?

Andrómeda.Where stories live. Discover now