09- Não me chame de boneca.

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Andrómeda estava trabalhando, concentrada em arrumar a contabilidade da empresa da amiga, quando a porta da sala foi aberta.

- Andrómeda? - Miguel se surpreendeu ao vê-la. Andava ele, a procura da dona do estabelecimento, não esperava encontrar a mulher a sua frente.

- Oi. - Sorriu sem jeito. Não se lembrava direito da figura a sua frente, mas ele evidentemente a conhecia.

- Não lembra de mim. - Miguel deduziu se sentando de frente para ela, tinha uma expressão descontraída no rosto.

- Desculpa, mas não. - Admitiu constrangida.

- Fomos colegas de escola, mas é normal que não se lembre. - Contou. Novamente Andrómeda esboçou um sorriso constrangido. - Então, só para matar minha curiosidade. Por que uma boneca como você está fugindo do mundo? - O moreno perguntou de forma interessada.

- Por favor, não me chame de boneca. - Andrómeda pediu polidamente.

- Não se ofenda, era um elogio. - Miguel esclareceu. Ele via a tristeza e falta de brilho em seu olhar. Se perguntava o quê poderia ter lhe quebrado.

- Eu sei, mas descobri que não é o tipo de elogio que quero receber. - Contou a cantora.

- Ah, entendi agora. Você descobriu o lado mau de ser uma boneca. - Deduziu. Andrómeda assentiu meneando com a cabeça.

- As bonecas não têm vida, não têm opinião, não têm sonhos ou objectivos. Elas são apenas uma casca bonita, e vazia. - Comentou de forma triste.

- É assim que se sente? - Se estava sendo atrevido, ele não sabia, mas alguma coisa em si o levava a questionar a moça do outro lado da mesa.

- Você faz muitas perguntas, não? - Andrómeda não se chateou com as perguntas, muito pelo contrário. Ela até se divertiu com o quão diretas estavam sendo feitas. E ainda mais por ele não estar agindo estranho em sua presença.

- Natureza humana. - Miguel deu de ombros.

- É, é assim que me sinto. - Respondeu.

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E o Miguelito apareceu (っ.❛ ᴗ ❛.)っ

Até ao próximo capítulo.

Andrómeda.Место, где живут истории. Откройте их для себя