HTTYD: o rei dos dragões

Arco de Vanaheim PT12

{{arco de Vanaheim PT12: O legado de Osvaldo}}

Soluço estava observando Dagur terminar de enterrar o pai naquele amontoado de pedra, enquanto Heather estava sentada na montanha acima, sozinha, pensando no que havia acabado de presenciar.

Soluço: Dagur, você tá bem ?

Dagur: ele morreu aqui, soluço... Sozinho... E a culpa é toda minha!!!

Soluço: o que ? Não... ele jamais diria isso.

Dagur: eu era um louco...

Soluço: não, você era um garoto... Um menino cruel e impiedoso, mas não importa... ele te amava mesmo assim, ele era seu pai.

Dagur: acho que nunca saberemos.

Soluço: sim, Dagur... Eu tenho certeza disso, você vai saber um dia.

Dagur agradeceu o apoio de soluço, então ele se levantou, percebendo que banguela estava se aproximando da porta e entrando na cabana.

Banguela (chamando): Raaawk...

Soluço: o que foi, amigão ?

Soluço entrou na casa e viu um baú acima de um apoio de pedra, ele pegou e passou a mão para tirar a poeira, soluço foi até o lado de fora.

Dagur: o que é isso ?

Soluço: cabe a vocês descobrirem...

Dagur abriu o baú, encontrando duas cartas enroladas, pegando cada uma, confuso.

Dagur: uma para Heather e... Outra para mim ?

Dagur pegou a carta dele e se sentou no banco, começando a ler.

"Dagur, se estiver lendo isso, significa que minha hora já chegou, eu quero que você saiba que estou muito orgulhoso de você, de tudo... Embora teimoso e arrogante, você e Heather foram a melhor coisa que já aconteceu em minha vida...
Com o tempo, esta ilha se tornou meu lar, e um lar de descanso para os dragões, eu sou muito grato aos Sentinelas, que me salvaram de meu naufrágio durante uma expedição, eu espero que neste meio tempo... Esteja bem, você fez o que eu teria feito, tomou conta do seu povo, e espero que tenha cuidado de Heather"

Dagur:...

"Eu espero que sua fase louca e destrutiva tenha passado, e também espero que algum dia encontre a paz que eu encontrei aqui em Vanaheim... e talvez, em Valhala... Eu te amo meu filho, se cuide"

Dagur leu aquilo, sentindo pela primeira vez, sua vontade de chorar, estava entrando em colapso, seu pai ainda o amava independente do que havia acontecido, soluço sorriu vendo aquilo.

Dagur: bem... Vamos embora, soluço.

Soluço: tudo bem... mas antes, veja como ela está.

Dagur olhou para Heather acima da montanha, tomando coragem e subindo até lá, estava se aproximando.

Heather: o que você quer ?

Dagur: nosso pai deixou duas cartas, uma para mim e outra para você...

Heather: o-o que ?

Dagur: olha, Heather, eu realmente me arrependo de muita coisa... e era eu quem tinha esse diário do Osvaldo.

Heather:... Porque eu acreditaria em você ?

Dagur: acreditando ou não, é a mais pura verdade, eu tô tentando mudar... Eu desejei matar o soluço e o Viggo disse que me ajudaria a matar o soluço e quando perdi a utilidade ele me apunhalou... me deixou para morrer soterrado em uma caverna!!!

   Heather arregalou os olhos, embora não confiasse nem um pouco em Dagur, sabia exatamente como era a ditadura de Viggo, ele se livrava de todos que julgasse inútil, nenhum deles se importava com ninguém.

Heather: É por sua causa que estamos nessa situação, é por responsabilidade sua que ele acabou aqui, sozinho...

   Heather começou a lacrimejar, sentindo dor e saudades, Dagur embora seu irmão, havia negado dar um lar e uma família para Heather, ela só queria amor fraterno, queria uma família.

Heather: O QUE MAIS VOCÊ E O SOLUÇO VÃO TIRAR DE MIM ? MATAR MINHA DRAGÃO ?

  Soluço estava observando tudo, pela primeira vez, ter destruído a ilha dos Bersekers causou um arrependimento nele, mas, embora não fosse necessariamente culpa dele.

Soluço: não foi eu...

   Dagur e Heather olharam para Soluço, confusos.

Soluço: aquele dia eu tava procurando por aquele dragão grande...

Heather: aquele morte mormurante gigante e branco ?

Soluço: Grito da Morte... e depois ele seguiu para sua ilha, eu fui atrás na intenção de derrotar ele e parar a destruição dele no arquipélago.

   Heather e Dagur se aproximaram para ouvir a história, Heather estava tentando acreditar.

Soluço: eu o segui e... Embaixo da ilha dos Bersekers, havia algo... Um dragão com chifres de marfim e que disparava gelo, era um gigante, eu só me lembro de ver o Grito da Morte se ajoelhar...

Dagur: o que seria tão poderoso a ponto de fazer um grito da Morte ficar de joelhos ?

Soluço: eu tenho um palpite do que era... Não sei a espécie, mas acho que ele era o Rei dos dragões, pois o Grito da Morte desistiu da batalha e não destruiu mais ilhas ao comando daquele dragão maior.

Dagur: rei dos dragões ? Como nenhum Berseker explorou aquela caverna e descobriu a existência daquele dragão ?

Soluço: talvez tenha descoberto, só não voltou vivo para contar...

   Soluço continuou contando a história, detalhando explicitamente que não havia sido especificamente ele quem afundou a ilha, já que nenhum fúria da noite era capaz de afundar uma Ilha.

Heather:... err... E-eu não sei o que pensar...

   Heather pegou a mensagem de Dagur deixada por Osvaldo e saiu, iria ler a parte que lhe pertencia, saindo do terreno para relaxar um pouco.

Heather: eu preciso de um tempo sozinha...

   Soluço e Dagur apenas viram ela se afastar, sumindo com sua chicote cortante no meio da floresta, a dupla não insistiu.

Dagur: o que fazemos agora ?

Soluço: esperamos que ela ouça a voz da razão e pare de nos caçar... ou então se una a nós contra Viggo.

Dagur: o que vamos fazer enquanto isso ?

Soluço: você pode explorar a ilha, eu vou investigar algo...

Dagur: o que aconteceu ?

Soluço: o dragão que pôs medo no Grito da Morte... Tinha chifres de Marfim e também possuía espinhos nas costas... da mesma forma que o esqueleto gigante que compõe essa ilha.

Dagur:... Hum, bom... Eu vou procurar por algo para jantarmos, deve haver javalis aqui nessa região, ou então alguns peixes no rio.

Soluço: okay, nos vemos depois... Vem banguela...

   Banguela obedeceu e seguiu seu cavaleiro, ambos foram caminhando em direção ao litoral, procurando pelo osso do gigante rei dos dragões.

{{Continua}}