04. he kiss me

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Depois que acabou a aula de Damon, já era hora de ir pra casa. Chris às vezes vinha pegar eu e Dinah na escola, a escola dele era mais ou menos umas três quadras de distância daqui. Então ele nos pegava e íamos pra casa, Dinah morava do lado da minha casa, era jogo pra ela também.

Ainda estávamos sentadas na sala de aula, só estava Dinah, Ally, Camila e eu na sala de aula. Dinah falava tudo sobre Alfredo, eles já tinham ficado e estavam tudo as mil maravilhas, marcaram até um encontro. Mas eu prestava atenção em uma certa latina que estava no seu mesmo lugar, do outro lado da sala guardando seu material.

Quando terminou, ela jogou a mochila nas costas e saiu da sala sem olhar pra trás. E eu fiquei reparando seu corpo, a enorme bunda apertada na calça jeans, os cabelos longos formando uma cascata nas suas costas... Tenho que admitir, a maldita era gostosa demais. Gostosa? Não meu Deus, é Camila. Aquele maldito ser que não me deixa em paz nunca. Parou Lauren, parou de viajar.

Dinah ainda falava animadamente na minha frente, mas eu não conseguia raciocinar muito bem. Pensamentos inundavam minha cabeça no momento.

— Lauren? Lauren?

Ouvi uma voz, e depois dedos sendo estalados em frente ao meu rosto, era Dinah que estava rindo. Eu balancei a minha cabeça tentando afastar os pensamentos, sorri fraco e passei uma mão pelo rosto.

— Estava viajando.

— Nah, eu estou bem. Só pensando em algumas coisas.

— Não está ainda chateada comigo, não né? Você sabe que-

— Dinah já passou, eu não estou chateada com você. Eu sei que não foi sua culpa, foi da Camila, sempre é culpa dela. — bufei. — Eu só... Estou cansada.

Eu falei as últimas palavras gritando. Dei um soco na mesa, bufando. Afoguei meu rosto nas minhas mãos, apoiando meus cotovelos na mesa. Porque aquela maldita foi me beijar? Porque?  E o que mais me assusta, porque eu correspondi?

Agora só no que eu consigo pensar é em seus lábios quentes colados nos meus. Mas que droga. Senti uma mão alisando minhas costas. Olhei pro lado, era Ally, sorri fraco, me recompondo.

— Fica assim não, Lô.

— Não vou ficar não. Chega de ficar dando bola para aquela vadia. — eu disse suspirando. Eu já estava cansada disso, e isso ia parar.

— Assim que se fala. — Dinah disse erguendo a mão pra mim, e eu bati nela. Ally riu.

— Vamos descer? Chris daqui a pouco está aí. — eu perguntei e elas assentiram, então saímos da sala, indo em direção ao elevador.

Quando já estávamos no térreo, Alfredo veio até nós e deu um selinho em Dinah, eu arregalei os olhos, olhei pro lado Ally estava rindo.

— Oi meninas. — Alfredo disse pra mim e Ally, meio tímido. Eu podia zoar um pouco né?

— Oi. — eu disse, com uma sobrancelha erguida. — Que intimidades são essas com a minha mulher? Na minha frente? — eu disse divertida cruzando os braços, Alfredo ergueu as mãos em sinal de rendição. Se afastando de Dinah. Dinah e Ally riram.

— Desculpa Jauregui, não vai se repetir. — ele disse olhando pra mim, ouvi um resmungo de Dinah. — Não na sua frente.

Eu abri a boca, e coloquei uma mão sob o peito, e nós quatro rimos. Alfredo disse que ia levar Dinah em casa então eles se despediram de mim e Ally e saíram. Ally também foi embora, sua casa era uma quadra daqui da escola. Ela até me chamou para ir lá, mas eu queria era mesmo ir pra casa, deitar na minha cama e pensar "Por que raios eu fiz aquilo com Camila?".

Me sentei no banco do pátio que estava vazio por incrível que pareça, mandei uma mensagem pro meu irmão e ele disse que ia demorar mais um pouco. Pensei até ir embora de ônibus, mas quando Justin começou a caminhar em minha direção forcei meu corpo a continuar sentada. Ele sorriu e se sentou do meu lado.

— Oi, tudo bem? — Justin perguntou encostando as costas no banco. Eu senti seu perfume maravilhoso.

— Hey, tudo sim e você?

— Melhor agora.

Justin molhou os lábios com a língua e eu corei. Seus olhos me fitavam intensamente.

— Faz o que aqui ainda? — eu perguntei meia envergonhada, tirando uma mecha de cabelo que teimava em voar em meu rosto. Ele sorriu.

— Estou esperando a Cabello, meu carro está no mecânico. Ela disse que me deixava em casa de boa.

Quando ele disse o nome dela senti meu corpo automaticamente ficar quente, senti um arrepio cruzar meu corpo quando me lembrei dos nossos corpos colados, nossos lábios colados, minhas unhas maltratando sua nuca.. Porque ela sempre tem esse efeito em mim? Meus olhos já não estavam mais em Justin e sim olhando pro chão. Suspirei.

— E cadê ela?

— Até uns dez minutos atrás ela estava atracada com uma ruiva no laboratório. Agora não sei mais.

Senti como se a minha respiração estivesse arduamente mais pesada, não sabia dizer o porquê. Já estava acostumada a ver Camila agarrada com qualquer uma. Eu balancei a cabeça rindo, isso era bem coisa dela mesmo.

— Mas já que estamos aqui. — ele levou uma mão até meu rosto, acariciando, e por um segundo eu esqueci de tudo em nossa volta, enquanto sua mão quente me fazia relaxar. — Vamos aproveitar.

E sem mais delongas Justin me beijou.

Camila's POV

O laboratório é um ótimo lugar para se transar. Não, é sério mesmo. Tem a mesa do professor, tem a enorme pia, e também tem o balcão que o professor usa para experimentos, que para mim é o melhor lugar.

Depois que dei o melhor orgasmo da vida dessa menina, bom assim ela disse. Vesti minhas roupas às pressas e sai porta a fora. Qual era seu nome mesmo? Amy não, Emily não. Não não, é Chloe. Bom, eu acho né, também não me importa. Agora eu iria procurar Justin e deixaria ele em casa, o coitadinho está sem carro. Se eu não fosse tão ciumenta com minhas coisas, eu emprestaria um dos meus brinquedinhos pra ele. Mas que pena né, eu sou ciumenta pra caralho, nunca deixaria meus bebês nas mãos de ninguém.

Ajeitei o zíper da minha calça e ajeitei a alça da mochila no meu ombro. Procurei Justin por praticamente todo o segundo andar. Ele deveria estar no térreo. A escola parecia estar enchendo mais ainda, peguei o elevador. Quando já tinha ganho o pátio, meu corpo ficou ereto, meus pés pareciam que tinham sido cravados no chão, minha garganta secou quando eu vi a cena.

Justin segurava o rosto de Lauren delicadamente, sua outra mão estava em sua cintura, e ele estava beijando-a.

Senti uma coisa estranha percorrer meu corpo. O que eles estavam fazendo? Mordi meu lábio inferior com força, eu tinha que fazer alguma coisa. Ele é meu amigo, e a ela... Bom, é a Lauren, isso não pode acontecer. Forcei meus pés a caminharem até eles.

Say You Love Me.Where stories live. Discover now