39. "a traição" pt 2

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Hello babes, uma única coisa que eu vou falar p vcs, paciência.

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LAUREN POV

Olhei meu iphone, já estava quase na hora da terceira aula, e nada de Camila. Que merda. Já era pra ela está aqui, a aula de educação física já acabou. Ela pode estar tomando banho no vestiário. Pensei e ri maliciosa.

Ajeitei minhas coisas dentro da bolsa, e sai da sala de aula que já estava chegando alguns alunos. Peguei o elevador e fiquei pensando. Eu poderia matar essa aula com Camila.

Passei pelo ginásio e nada dela, dei de ombros e continuei seguindo pro vestiário. Levei minha mão até a barra de ferro da porta e empurrei, o que fez um pouco de barulho. Caminhei um pouco pelo vestiário, vendo praticamente ele vazio, porque todos deveriam estar nas salas de aula. Quando eu passei por dois grandes armários meu corpo todo ficou tenso pela cena que eu encontrei.

Camila estava encostada no armário com uma menina que eu não conhecia praticamente em seu colo. Elas estavam se beijando, enquanto a menina agarrava os seios da minha namorada. As duas estavam quase nuas. Meu coração começou a acelerar, eu não estava acreditando nisso. Camila estava me... traindo?

Ela estava de olhos abertos, e quando me viu se desesperou. Começou a socar a menina pelos ombros que não desgrudava a boca da dela. Eu não conseguia formular nenhuma frase, meu olhar estava naquela patética cena na minha frente. Meu olhar revezava entre as duas. Meu corpo estava destroçado, uma dor fora do comum se instalou em meu peito, me impossibilitando de respirar. Uma dor que eu nunca senti na vida me rasgava ao meio.

Ela não me ama... Nunca amou.

Eu estava me segurando para não chorar. Minha respiração estava agitada, a única coisa que eu queria fazer era porrar Camila. Como ela foi capaz?

Camila depois de um empurrão forte conseguiu finalmente desgrudar os lábios da menina, que olhou na minha direção sorrindo.

— Foi mal por você ver essa cena, é que ela me deixa louca. — disse limpando o canto da boca. — Eu queria ir para minha casa mas ela quis aqui mesmo. Eu disse que alguém poderia entrar.

A menina disse na maior calma, como se tudo fosse normal e eu fosse apenas uma estranha que flagrou as duas.

— L-Lauren... — Camila veio se aproximando devagar. — Me escuta, não acredite nela...

Camila de sutiã na minha frente e suada só me dava a sensação que ela estava mesmo se pegando com a outra aqui dentro.

— Por isso você estava demorando... Estava se esfregando com outra. — eu gritei enfurecida.

Meu peito ardia tanto que parecia que iria explodir em mil pedaços a qualquer momento, fora a minha cabeça que dava fortes pontadas. Como ela foi capaz?

— Não... Não é nada disso... Me deixe explicar.

Camila falava articulando com as mãos e balançando a cabeça. Ela tentou se aproximar mais, mas eu a empurrei com ambas mãos.

— Me explica então. — eu gritei, me afastando. — Mas longe de mim, eu não quero que você me toque.

— Branquinha...

— Não se atreva a me chamar assim. — gritei e respirei fundo. — Perdeu o direito enquanto se agarrava com essa daí.

A menina na mesma hora colocou a blusa no corpo e saiu rindo.

— Você não vê? — Camila disse com os olhos arregalados. — Armaram pra você me pegar com ela, eu nem a conheço Lauren. Ela chegou aqui e me agarrou.

Eu comecei a rir. Como ela tinha essa capacidade de mentir e falar como se tudo fosse natural? E ela fala como se estivesse de fato certa. Passei a mãos pelos meus cabelos e agarrei ali.

— Como eu fui tão burra? Como eu fui tão burra? — eu dizia pra mim mesma enquanto andava de um lado para o outro. — Idiota.

— Lauren... Por favor, eu nunca iria fazer isso com você. Acredite.

Comecei a chorar. Minhas lágrimas saiam sem permissão, eu estava chorando por raiva. Raiva de ter acreditado nesse amor de Camila, mas raiva ainda porque ela me fez amá-la.

— Por que você fez isso comigo Camila? — eu solucei alto. — E todas as vezes que você falou que me amava? Era tudo mentira, não é? — eu gritei a empurrando pelos ombros com força. — Por que você brincou comigo desse jeito? Você apostou com alguém não foi? Apostou que podia me pegar.

— O que? — Camila gritou. — Olha a besteira que você está falando. Eu já disse que armaram.

— Fazia parte da armação vocês duas ficarem quase peladas? Acho que não!

Eu chorava na frente dela enquanto Camila mordia os lábios olhando para baixo. Eu não queria ficar mais ali.

— Me deixe explicar...

— VOCÊ É UMA CRETINA, UMA VAGABUNDA. — apontei o dedo na cara dela.

— Você está me ofendendo.

— Ofendendo? — ai que eu ri mais. Como é que é? — Você é uma vadia que come todo mundo. Eu era apenas mais uma na sua lista não era, Camila? Eu aposto que fazia parte do seu plano me fazer se apaixonar por você, e então depois você me daria um belo pé na bunda, não é? FILHA DA PUTA, DESGRAÇADA!

Não aguentei e parti pra cima dela. Camila tentava segurar meus braços, mas ela estava sem força porque chorava, e eu também. Mas mesmo assim eu consegui dar um belo tapa na sua cara, que ficou vermelho na hora. Eu estava com tanta raiva, mas raiva de mim por ter caído nessa lorota.

— Quantas vezes você deve ter me feito de otária.

— Lauren... — Camila chorava segurando meus pulsos. — Por favor, para...

Minhas mãos tentavam a todo custo dar um soco nela, mas parecia impossível, as lágrimas não deixavam focalizar minha visão. Quando vi alguém já me puxava pelos ombros, para longe de Camila. Meu nariz ardia de tanto que eu chorava.

— O que está acontecendo aqui? — Dinah perguntou preocupada. — Ouvimos gritos.

Ela estava ao lado de Alfredo, que me segurava pelos braços.

— Dinah. — abracei ela forte. — Me leva daqui, por favor.

— Claro... vamos.

Dinah começou a me levar para a porta, mas antes eu parei e caminhei até Camila. Parei na sua frente, e olhei bem dentro dos seus olhos, que estavam opacos, sem brilho e vermelhos. Meus lábios estavam a milímetros de distância dos seus, e Camila não parava de olhá-los. Sem falar nada colei nossos lábios com urgência.

Ela arfou e puxou minha nuca com uma mão, e a outra estava em minha cintura, enquanto eu continuava na mesma posição. Nossos lábios se movimentavam com precisão, nossas línguas se mexiam como se fosse o último beijo de ambas, e de fato seria.

Agarrei com força seu rosto enquanto a deixava fazer uma varredura na minha boca tão conhecida por ela. Camila passava as mãos pelos meus cabelos, bagunçando eles. Quebrei o beijo ofegante, ela me olhava confusa e eu jurava que seus olhos estavam esperançosos.

— Isso foi a última coisa que você teve de mim. — apontei para seu rosto. — Nunca mais olhe na minha cara, sua vadia. Você não ama ninguém, e nunca alguém irá te amar. Eu quero você se foda. — sussurrei olhando bem dentro dos seus olhos.

Camila mordeu o lábio, e negou com a cabeça, na mesma hora caiu uma lágrima de seus olhos. Falsa lágrima. Eu sai dali o mais rápido possível com Dinah antes que eu engatasse em outro choro. Como eu pude ser tão estúpida em achar que Camila estava mesmo apaixonada por mim?

Justin, esse sim gostava de verdade de mim, e eu o troquei por essa cadela.

Say You Love Me.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora