45. the end

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LAUREN JAUREGUI-CABELLO POV

Aliso os cabelos da minha esposa que está com a cabeça descansando em meu peito. Acho que o filme estava tão chato que ela dormiu. Sorrio e beijo sua cabeça. Olho pro lado e encontro a babá eletrônica. Está tudo quieto. Pelo menos uma vez da semana eu desfruto em ver minha casa quieta.

Lua não deixa Camila e eu dormimos, a maioria das madrugadas Camila é quem levanta e vê o que tem de errado com a nossa filha. O quarto de Lua é praticamente em frente do nosso. Camila sempre diz que ela não queria ficar sozinha e fica ninando ela até pegar no sono em nosso quarto. Então a bichinha está cansada.

Olho para baixo e vejo Camila dormindo tranquilamente, os lábios fazendo um adorável biquinho, e seus cabelos caindo pelo rosto. Retiro uma mecha para analisar melhor seu rosto.

Se uma pessoa me dissesse que iria casar com Camila e teríamos uma filha na época da escola eu iria dizer que essa pessoa está é maluca e precisa encontrar um psicólogo urgentemente.

Mas agora eu não consigo ver isso não acontecendo, eu sinto que pertenço a Camila desde o dia em que eu a vi. Foi tudo tão intenso desde o primeiro dia.

"— Quem será que é aquela? — pergunto a Dinah assim que saímos para o pátio na hora do intervalo. Primeiro dia de aula é fogo. Ainda bem que eu tenho a Dinah. — É bonita.

Dinah sorri e balança a cabeça.

— Podemos ir lá perguntar.

— Está maluca? Eu só perguntei por perguntar mesmo. — me embolo envergonhadamente nas palavras.

— Aham sei. — sentamos em um banco e eu fecho os olhos por causa da claridade do sol. Isso irrita demais os meus olhos. — Vai ver ela é sua alma gêmea porque ela também não para de te olhar.

— Pare de falar besteira, Dinah. — digo ainda com os olhos fechados.

— Estou falando a verdade. Olhe.

Não. Ela não estava falando a verdade.

Abro meus olhos com uma certa rapidez e realmente a menina dos cabelos longos está com olhos pregados em mim. Me sinto estranha, sinto como se eu não estivesse em meu próprio corpo. Meu coração se acelera quando a menina sorri. Porque raios ela é tão bonita?

— Camila? Preste atenção em mim. — uma menina que está ao seu lado fala.

Camila... ela se chama Camila."

Desde daquele dia eu sabia que algo diferente aconteceu dentro de mim, e depois do nosso primeiro beijo, ai mesmo que minhas desconfianças se tornaram verdadeiras. Mas as coisas se complicaram um pouco até chegar nesse dia.

"Quando meu dedo já estava chegando no botão, senti uma mão apertar meu pulso com força me puxando pra trás, bati as costas outra vez na parede de metal. Fiz uma careta de dor, e olhei pra Camila que não estava com uma cara alegre, seus olhos castanhos estavam raivosos, pegando fogo. Minha respiração estava ofegante. Ela ainda apertava meu pulso, tentei olhar para baixo mas não consegui, sua outra mão segurou meu rosto me forçando a olhá-la. Seu corpo estava tão colado ao meu que eu não conseguia me mexer. Seus seios espremidos aos meus, seu rosto perigosamente próximo, seus lábios a centímetros dos meus. Eu franzi o cenho, qual era a dela?

Sua mão era tão macia, segurando meu rosto. Camila me olhava intensamente nos olhos. Seu perfume invadia meus pulmões sem pedir permissão, misturado com seu hálito que cheirava levemente a menta. Por mais estranho que possa parecer nesse exato momento, o cheiro era tão bom que eu me sentia entorpecida.

Say You Love Me.Where stories live. Discover now