06. she is mine

35K 2.1K 1.3K
                                    

Camila's POV

— Kaki, acorda, Kaki. — senti duas mãozinhas balançando meu ombro, me virei de lado resmungando de olhos fechados, mas a pestinha não desistiu. — Kaki!

— Sofia Cabello, o que foi? Alguém morreu? Céus. — gritei, finalmente abrindo os olhos.

Minhas cortinas já tinham sido abertas sem minha autorização, fazendo o sol adentrar todo o meu quarto, e também fazendo meus olhos arderem um pouco.

— Mama saiu e disse que você iria me dar café da manhã.

Me levantei, ficando sentada na cama. Bocejei coçando os olhos, e olhei para baixinha que estava sentada com suas perninhas de índio. Sorri fraco.

— Mas a Maria não está aí não? Ela sempre te dá café da manhã. — eu disse respirando fundo.

Eu queria dormir mais, mas sabia que minha querida irmãzinha não deixaria.

— Mas eu não gosto de tomar café com ela, eu gosto com você.

Ela disse fazendo biquinho, eu segurei seu bico. Sofi adorava fazer um charme.

— Ok Sofia, vai tomar um banho. — ela abriu um sorriso enorme, eu apontei o dedo para ela, e depois na direção da porta. — No seu quarto. Quando eu descer quero te ver lá, anda, vamos.

Dei algumas palmadas na sua bunda. Ela levantou resmungando, pensando que iria tomar banho comigo. Balancei a cabeça rindo, e me levantei. Caminhei até meu rádio e o liguei, colocando uma música animada. Olhei para porta, uma bolinha branca de pelos entrou correndo em minha direção com a língua para fora. Me agachei, esperando meu amorzinho chegar.

— Holland? Aonde você foi, hein? Quando eu fui dormir você estava comigo. — eu disse parecendo brava. Ela deu um latido baixo, era tão pequenina. — Não importa amor, vem cá.

Peguei ela nos meus braços e levei em cima do meu rosto. Holanda deu várias lambidinhas em meu rosto me fazendo sorrir. Coloquei ela no chão, e fui até meu closet dançando. Holland me acompanhava em todo lugar.

Peguei algumas peças de roupas, as joguei na cama e me despi, indo pro banheiro. Depois de um ótimo banho relaxante, desci para cozinha. Holland sempre ao meu lado.

O café da manhã recheado de coisas gostosas estava posto na enorme mesa de vidro da sala de jantar. Nem sinal de Sofi. Me sentei na mesa, beliscando um pãozinho de queijo.

— Maria?

Chamei nossa governanta Maria, que para mim era como se fosse uma segunda mãe, já estava aqui durante anos. Bebi meu suco de laranja com melão esperando Maria chegar. Ela logo apareceu pelo corredor que vinha da cozinha.

— Sim, Srta. Cabello?

— Camila! — a corrigi e a mulher sorriu. — Pode ver se Sofi já está pronta, por favor?

— Claro.

Maria saiu para buscar Sofi, e eu me segurei para não comer mais nada, se não Sofia me mataria. Dei algumas migalhas de pão para Holland e depois de alguns minutos ouvi passos correndo pela casa, nas escadas, então a pessoinha ofegante entrou correndo na minha direção.

— Sofi, sem correria, quer quebrar algum vaso desses? Dona Sinu te mata.

Ela se sentou do meu lado, respirando com dificuldade pela corrida, eu ri.

— Ta, ta bom chata.

Ela me deu careta e eu retribui. Tomamos café da manhã entre umas risadas e outras. Papa tinha ido trabalhar, e Mama saído como sempre, raramente ficávamos todos nós em casa. Sofi ia para escola e ficava quase o dia todo, a única hora em que eu podia ficar com minha irmã era de manhã, ela só chegava à noite e já chegava cansadinha, então já chegava indo para cama.

Depois do café da manhã, Sofi foi se arrumar para o motorista levá-la para escola, e eu fui pro meu quarto ver um pouco de televisão enquanto não dava a hora de ir para escola ainda. Tateei minha cama entre as cobertas procurando meu iphone, achei com um pouco de dificuldade. Quando olhei as mensagens, várias de Brenda, aquela mulher já estava enchendo meu saco, tínhamos ficado só uma noite em uma balada e não sei como ela conseguiu meu número. Outras daquela ruiva, dizendo que queria repetir o que aconteceu ontem, de repente, se eu tiver de bom humor quem sabe.

Quando deu a hora de ir para escola, me arrumei como de costume, joguei a mochila nas costas e peguei a chave do meu carro. Sofi já tinha ido, dei tchau para Maria e sai de casa. Passei pelo jardim até chegar na frente de casa, onde meu carro estava estacionado.

— Oi bebezinho, sentiu minha falta? — passei a mão no capô da minha Range Rover Evoque. — Eu sei que sim.

Entrei no meu bebe, coloquei a chave na ignição pronta para dar partida quando meu celular apita. Uma mensagem, deslizei o slide, era Justin.

"Camila, vem me buscar? Irei pegar meu carro hoje. Será o último dia, por favor."

Bufei, eu não gostava muito de pessoas no meu carro, meu bebê gostava só de mim. Mas mesmo assim toquei para a casa de Justin. Quando cheguei lá, ele já estava na calçada me esperando.

— Obrigado Mila, vou ficar te devendo essa. — ele disse entrando no meu carro e fechando a porta. Quase reclamei com ele por ter batido a porta muito forte.

— Tudo bem. A sua sorte é que sua casa é caminho para a escola, se não...

Coloquei meus óculos escuros no rosto e dei partida no carro novamente. Logo colocando a segunda marcha, pra logo depois a terceira. Queria logo chegar na escola.

— Nossa, assim fico até lisonjeado.

Ele disse pondo a mão no peito, fingindo chorar. Eu sorri dando um tapinha em seu braço para logo depois colocar ambas as mãos no volante, concentrada no trânsito. Depois de umas meias hora eu já estava estacionando o carro no estacionamento em frente à escola.

— Camila. — Justin me segurou pelo braço antes de eu sair do carro, eu o olhei para ele prosseguir, ele suspirou. — Você acha que eu estou bonito?

— Como? — quase gritei, com os olhos arregalados. Ele estava perguntando aquilo mesmo para mim?

— Eu perguntei se eu estou bonito sabe. Sei lá. — Justin retirou a mão do meu braço para continuar. — Às vezes acho que eu não sou bom o suficiente para Lauren, Ah! É complicado, mas só me diga isso.

Meus olhos se arregalaram quando ele tocou no nome dela. É lógico que ele não é bom o suficiente para Lauren, a única boa suficiente para a branquinha sou eu. Pena que ele ainda não sabe disso, mas vai saber... em breve.

— Hum... — minha voz pareceu ter emperrado na garganta. — Você está ótimo, agora vamos?

Eu queria sair daquele carro, parecia que o ar tinha pesado e eu não conseguia respirar, graças a Deus ele não quis prolongar a conversa e saiu do carro. Eu tirei meu óculos e o joguei no banco do carona. Me olhei no espelho do carro, retocando o batom. Lauren vai saber que a única boa o suficiente para ela sou eu. Apenas eu.

Sorri para o espelho e sai do carro, tranquei meu bebe, e dei a volta no carro. Engatei o braço no de Justin e andamos até a escola. Meus olhos finalmente se centralizaram nela, estava impecável como sempre, conversando com as amiguinhas, me fazendo suspirar. Seus cabelos pretos ondulados jogados por todos os lados, minhas mãos coçavam para afagá-los, a calça jeans da vez agora era branca meia rasgada na região das cochas, a blusinha preta curta, que eu estava doida para tirar. Ela estava magnífica. Como sempre. Ela parecia a Megan Fox. Porra. Maldita!

— Ah, Deus. Ela está bem ali... — Justin sussurrou nervoso para mim, e eu me segurei para não revirar os olhos.

— Justin seja homem, e vá lá. — eu suspirei. — Quer saber? Vamos juntos.

Ele abriu um sorriso largo, e eu quase ri por ele achar que vai ter chances com a minha branquinha enquanto eu estiver no caminho.

Ela é minha, que fique bem claro.

Say You Love Me.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora