2 - SAMANTHA

55K 4.7K 1.4K
                                    

Logo depois de almoçar com meu irmão e minha cunhada e ainda brincar um pouco com meus sobrinhos, decidi ir embora.

Ir para casa de Anna e Brian era basicamente um refúgio. Eu me sentia muito bem quando eu estava ao lado deles. Desde que sai do internato, tenho passado muito tempo com meu irmão, um tempo que por muitos anos fora perdido.

Sem falar que essa família não é muito normal, na verdade não existe realmente um Campbell que seja normal. Talvez Pedro seja a salvação dessa família. Ele está em sua adolescência e se mostrou a pessoa mais consciente que existe, menos quando está fazendo suas experiências malucas. Ai, talvez lhe falte um pouco de sanidade.

Talvez Pedro valha por eu e Brian. Ele é um garoto prodígio, vive ganhando prêmios e não dá trabalho a ninguém.

Assim que cheguei em casa, dei de cara com Alexandra descendo as escadas.

— Eu estava preocupada com você. – diz ela.

— Não se preocupe, eu só fui dar um rolê na casa do Brian.

— Como sempre. – sorriu. Alexandra era o tipo de mãe amada e protetora que todo mundo deveria ter. Ela podia até não ser minha mãe, mas me dá toda a atenção e carinho que uma. — Seu pai quer falar com você.

— Deve ser sobre sua famosa decisão. – suspirei.

— Boa sorte querida. – me deu um beijo no rosto. — E não se preocupe. – eu pisquei para ela e segui em direção ao escritório de meu pai. Sem bater eu entrei e ele me encarou.

— Estou aqui, pode falar. – me sentei a sua frente.

— Samantha, já falei com sua mãe e ela concordou.

— Em me arrumar um marido? – ele franziu o cenho.

— É isso que você quer? 

— Claro que não! Mas essa é a sua ideia, certo?

— Errado. Eu já falei que não quero cometer o mesmo erro que cometi com o seu irmão. A minha decisão é que você vá para Nova York. – o encarei perplexa.

— O que? Esse é o meu castigo? Ir para Nova York? – soltei uma risada. — Se eu soubesse que esse seria meu castigo, eu já teria comprado aquela pista a séculos.

— Não interprete mal as coisas Samantha, você não irá para lá para ficar passeando. Você irá para estudar!

— Eu já falei que não quero!

— Você não tem querer!

— Eu sou maior de idade!

— Mas não age como uma! – ele rebateu começando a se irritar. — Quero você em Nova York, estudando administração. Já fiz sua inscrição na universidade a alguns meses e ontem chegou sua aprovação.

— Administração? Pai, eu não sirvo para esta área! Deixa ela para você e Brian, muito obrigada mas eu dispenso.

— Samantha, ao menos tente. Você tem vinte e quatro anos, você ainda tem muito pela frente. Ficar aqui no Brasil não tem me gerado nada além de dor de cabeça. E nem a você, tudo o que tem feito ultimamente se resume a loucuras. Minha filha, eu entendo que você queira curtir sua vida, mas acho que já passou do tempo de você amadurecer. – fechei os olhos soltei um suspiro. — Se as coisas não saírem conforme o combinado, você volta.

— Tá bom, eu vou. – afinal, ele não estará lá para dizer o que devo e o que não devo fazer. — Onde vou ficar?

— Na casa de um amigo meu. – lhe olhei indignada.

— O QUE? E por que eu não posso morar em um apartamento?

— Porque eu sei que você morando sozinha em um apartamento em Nova York vai dar em explosão, polícia, bombeiros, marinha, exército...

— Pai, eu não vou morar com esse homem! Eu nem sequer o conheço.

— Ele é de minha total confiança. Acha mesmo que eu deixaria você nas mãos de qualquer um? Peter é um homem responsável. Com ele eu vou saber se está frequentando a faculdade, será como um tutor para você.

— Eu sei me cuidar sozinha! – digo irritada.

— Claro que sabe. – ironizou. — Seu vôo sairá amanhã, por tanto já arrume suas coisas.

— Com um pai desse não precisa nem de inimigo! – digo saíndo de seu escritório e batendo a porta com força. Subi correndo para meu quarto e bati a porta também com força.

Ir para Nova York, morar com um velho que vai achar que é meu pai e ter que ir para faculdade?

Prefiro ficar no Brasil mesmo ou voltar para Itália.

Eu só posso ter atirado cogumelo na cruz, por que não é possível!

Desci com cuidado para ninguém me ver e fui até os fundos da mansão onde é a casa da minha filha, que no caso é uma cabra.

Dora Maria Platinada.

Deu uma confusão danada, mas consegui ficar com minha bebê.

— Minha bebê! – fiz um carinho nela. — Olha, tenho que te contar uma coisa muito triste. – digo fazendo uma voz infantil. — Mamãe vai viajar, mas relaxa. Vai ser por pouco tempo. Logo eu vou voltar e nós vamos aprontar muito de novo, e se eu ficar lá de algum jeito eu venho te buscar, tá? Mamãe te ama muito. Não fica triste e se fizerem algo com você eu venho até aqui dar uma surra neles, ok? – rio sozinha. — Te Amo. – a abracei.

Nova York? Nova York.


〰〰〰〰


Demorei mas cheguei, né mores?

É o seguinte, não vou confirmar os dias de postangens pois não tenho plena certeza sobre, então como meus dias durante a semana são corridos, é provável que eu só poste nos fins de semanas. PORÉM se rolar um tempinho vago durante a semana, eu venho aqui e posto, ok?

Postei dois hoje para não ficar atrasando. Se o wattpad e meu amado (e nem tão amado assim) celular colaborar, eu vou fazer uma maratoninha por semana.

Enfim, beijinhos 💜

SIMPLESMENTE SAMANTHA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora