32 - SAMANTHA - Parte 1

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Depois da cena de ontem eu só vou ignorar tudo e seguir com a minha vida como tenho feito nos últimos dias. Foi só um beijo, e nada disso vai voltar a se repetir.

Nesse momento o único sentimento do qual devo me preocupar é o de fome.

Depois de já ter tomado o meu banho, e estar devidamente pronta, sai do quarto e desci as escadas indo em direção a sala de jantar encontrando Agatha e Marie tomando café.

— Bom dia! – digo me sentando a mesa.

— Bom dia! – dizem as duas ao mesmo tempo.

— Dormiu bem? – perguntou Marie.

— Aham, dormi muito bem e você? – pergunto já me servindo de café e torradas.

— Bem também. – sorriu.

— E você gatinha, conseguiu dormir bem?

— Sim. – ela me sorri.

— E então Marie, está gostando daqui?

— Sim, estou adorando. Agatha é uma menina maravilhosa, fora a senhora e o senhor Miller que são ótimos.

— Não precisa me chamar de senhora, só você está de bom tamanho. – digo a ela que concorda sorrindo.

— Tudo bem. – sorriu envergonhada. — Agatha, vamos escovar os dentes?

— Vamos. – Agatha desceu da cadeira.

— Hey, me dê um beijo primeiro. – ela correu em minha direção e me abraçou. Um abraço diferente, apertado, não soube descrever.

— Tchau. – deu um sorriso doce e saiu correndo junto a Marie.

O que foi isso? Isso não foi algo bom, eu acho. Não que eu não confie em Marie, minha situação com ela é completamente diferente do que com Pilar. Mas algo está diferente.

— Já acordou? – escuto Miller perguntar ao entrar na sala me tirando das minhas divagações.

— Não, estou sonhando em 3D. – ironizei.

— Mal humorada? – questiona.

— Não, eu estou ótima, só detesto que façam perguntas idiotas.

— Tudo bem. Olha, antes de você ir para a faculdade tenho que te entregar isso. – me entregou um envelope.

— O que é isso? Um mandato de prisão? – ele me fita.

— Fez algo para receber um?

— Não que eu me lembre. – dou de ombros.

— Não, não é um mandato de prisão. É a sua transferência de turma.

— O que? – lhe olhei perplexa.

— Te transferi para a turma de estilismo. Você não faz mais administração.

— Você está brincando comigo, não está?

— Abra e verá. – abri o envelope e comecei a ler o papel e realmente eu tinha sido transferida.

— Eu não acredito! Como fez isso?

— Eu consigo tudo. – deu de ombros.

— Por que você fez isso? Meu pai não vai gostar.

— Não foi você quem disse que não se importa com o que ele diz? É disso que você gosta, não é? Não vejo o por que de não poder fazer.

— E-eu não posso acreditar!

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