11 - SAMANTHA

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Acordei com o sol batendo em minha cara. Peguei meu celular e vi que era por volta das. sete horas da manhã. Ainda com preguiça, me levantei e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido e sai. Coloquei um shorts jeans, um vans vermelho e uma camiseta branca de ombro caído. Peguei minha bolsa e desci.

Assim que alcancei a porta de entrada, tomo um susto.

— Fugindo? – pergunta Pilar acompanhada do Pinguim. — Achou que se sairia bem, não é? – riu debochada.

— Por que não cuida unicamente da sua vida? – cruze os braços encarando seu sorrisinho carregado de deboche. — Se eu fosse você, eu parava de provocar.

— Estou morrendo de medo, veja só. – fingiu tremer.

— Pois deveria, a última que duvidou de mim levou uma surra e sumiu para a Suíça com o rabo entre as pernas. A amiga dela também, a diferença é que essa foi para o hospital. – Pilar engoliu a seco. — Não que eu goste de violência, sabe? Mas as vezes a minha mão é mais rápida que minha consciência. Tome cuidado! – lhe apontei o dedo em aviso e sai de dentro da mansão.

Entro no carro com Jonh e Jack já lá dentro. Ficamos em total silêncio em grande parte do caminho.

— Obrigado por ontem! – diz Jonh após um longo tempo.

— Obrigado? – Jack reclamou indignado. — Nós quase fomos demitidos por culpa dela e acha que nós devemos agradecer? Não fez mais que a obrigação dela.

— Eu sei, eu errei. Me desculpe ai! 

— Foi por pouco garota! – diz Jack novamente.

— Eu sei. Eu quase acabei com o emprego de vocês, desculpa! Que tal irmos tomar alguma coisa e esquecer isso? – sugeri.

— Nem Pensar! Não quero mais problemas. – diz Jack.

— Na real, se você fosse baixinho eu diria que você é o Zangado dos sete anões, porque não é possível. Você é insuportável!

— Há! Eu quase tenho a cabeça decepada pelo meu chefe por sua culpa e ainda sou insuportável. – riu sem humor.

— Você é sim insuportável. Tenho é dó do John, por ter que conviver com você o tempo todo.

— Do mesmo jeito que eu vou ter que te aturar.

— Por pouco tempo, seu mané.

— Olha o respeito comigo. – Jack exclama e Jonh ri. Em poucos minutos chegamos na universidade e me despedi de Martín descendo do carro. —Vocês têm mesmo que ir comigo?

— Ordens do senhor Miller. – diz Jonh e rolei os olhos.

— Sam!! – um gritinho feminino exclama me chamando a atenção. Olho na direção do grito e avisto Emilly. — Me espera! – correu até mim.

— Que pressa, tudo isso para não se atrasar?

— Não, eu quero que você vá comigo até a biblioteca.

— O que? Você na biblioteca? Qual é o milagre? – brinquei.

— Não. Eu só preciso ir até lá pois descobri algo surpreendente.

— Tipo?

— Er, eles têm mesmo que ficar com a gente? – pergunta olhando para os dois gigantes atrás de mim.

— Sim, mas eu resolvo. – pisquei para ela. — Eu e Emilly vamos ao banheiro, e nem pensem em nos seguir. Precisamos de privacidade.

— Mas...– John começa e eu o interrompo.

— Sem discussões! – dei as costas para eles e puxei Emilly. Entramos no banheiro. Olhei em cada cabine para ver se tinha alguém e não tinha. — Pode falar.

— Então, eu falei com um tal de Alec e ele me disse que uma tal de Bonnie vende passagens para Dubai.

— E?

— Como "E?" Vamos comprar as passagens e sumir daqui. Assim ninguém vai poder nos obrigar a nada. – sorriu.

— Você é completamente louca! – digo séria. — É por isso que eu gosto de você. – rio e passo um braço pelos seus ombros. — Vamos lá! – abri a porta com cuidado. Olhei de um lado para o outro para ver se encontrava os irmãos mostrogues. Nenhum sinal deles, eu e Emilly saímos do banheiro a caminho da biblioteca.

Assim que chegamos lá, percebi que estava praticamente vazia. Não tinha quase ninguém. Emilly me cutucou e apontou para uma garota morena em uma das mesas lendo um livro.

Nós duas nos aproximamos dela e nos sentamos na mesa de frente para ela, que não deixou de encarar o livro.

— Você é a Bonnie? – perguntou Emilly. A garota deixou de encarar o livro e nos encarou.

— Quem são vocês? – perguntou ela.

— Relaxa, não somos do FBI. Só queremos uma coisa que você tem. – diz Emilly. A garota nos encarou por um tempo.

— Tenho muitas coisas. Que tipo de coisa vocês querem?

— Passagens. Você ainda tem?

— Tenho. – abriu sua jaqueta retirando um papel que mais parecia uma tabela. — Só tenho para o Peru, Indonésia, Índia e Austrália. Brasil, México e Canadá está em falta, mas se esperarem até a semana que vem eu posso descolar para vocês.

— Me disseram que você tinha para Dubai.

— Ah, esse ai é do pacote Máster.

— Pacote Máster? – pergunto. — Qual é a diferença?

— Os países que eu tenho nesse momento fazem parte do pacote pequeno. Ou seja, é o mais barato que eu tenho. Já o pacote máster faz parte do mais caro.

— Não importa, temos dinheiro para Dubai. Quanto é? – diz abrindo a bolsa e retirando sua carteira.

— Vinte mil dólares.

— O QUE? – Emimly berrou.

— Shhhhh. – algumas pessoas que estavam ali exclamaram.

— Tudo isso? Não da para fazer um precinho mais bacana não? Do tipo, cem dólares? – perguntei

— Não. Ué, eu achei que tinham grana. – debochou.

— Droga! – Emilly socou a mesa frustrada.

— Shhhhh. – novamente as pessoas reclamaram.

— Ah vão se ferrar! Quando estão escutando rock in roll no último volume e lendo cinquenta tons de cinza, ninguém lembra de fazer silêncio! – diz ela em um tom alto e claro me fazendo rir.

— Ir para a Indonésia não deve ser tão mal. – digo voltando a minha atenção para a garota a minha frente.

— Austrália! – diz Emilly sorrindo. O sinal toca.

— Vocês é quem sabem. – diz a garota se levantando. — Já sabem onde me encontrar, e lembrem-se... eu não vendo nada. – piscou e saiu da biblioteca.

— Acho que não vai rolar. – digo. — Vamos indo nessa. – saímos da biblioteca a caminho da nossa sala.

Parece que não foi dessa vez!

SIMPLESMENTE SAMANTHA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora