Capítulo 53 - Heart and Soul

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Quando pousamos em Orlando, cerca de quatro horas depois, tive que acordar Justin. Ele havia roncado baixinho toda a viagem, mas foi difícil fazê-lo se levantar. Ele abriu primeiro um olho, depois o outro. Ficou piscando pra mim e então sorriu ao perceber que era eu. Nós nos levantamos e cada um pegou uma criança no colo. Moshe acabou ficando com Louie porque eles se derem muito bem.

Saímos do avião e pegamos um trem rápido para ir para o outro lado do imenso aeroporto. Alugamos uma Land Rover e saímos para o dia em Orlando. Devia ser sete horas da noite, mas o sol ainda brilhava fraco no horizonte. Eu havia me esquecido de como a parte sul dos Estados Unidos mudava no verão, com dias muito mais longos do que as noites. Moshe continuou dirigindo com Justin no banco da frente.

- Em que hotel vamos ficar? - perguntei enquanto distanciávamos cada vez mais do centro da cidade.

- Waldorf Astoria - Justin respondeu.

Soltei um grito estridente antes que pudesse me controlar e cobri a boca com as mãos.

- Esse foi um grito bom ou um grito ruim? - perguntou Justin, rindo.

- Esse foi um grito de "puta que pariu esse hotel é muito perfeito e caro pra porra" - respondi, falando mais baixo para que as crianças não escutassem.

Encostei no banco do passageiro, coloquei a mão no ombro de Justin e ele pegou-a, beijando-a logo em seguida. Não consegui evitar e corei com aquilo. Mesmo com milhões de demonstrações de amor e carinho que Justin havia me dado nas últimas horas, eu ainda não conseguia me acostumar direito com aquilo. De repente, do dia para a noite, ele me amava. Será que ele tinha alguma ideia do que eu sentia por ele? Provavelmente, devia ter. Ele não tentaria algo se não soubesse que era mútuo.

- Que bom que você gostou - ele beijou as costas da minha mão de novo.

- Eu gostaria de ficar com você até se tivéssemos que dormir na rua - sussurrei.

Justin deu risada e virou a cabeça o suficiente para que nossos narizes se tocassem. Eu me inclinei ainda mais na direção dele e lhe dei um selinho, o que o fez sorrir. Oh, meu Deus. Aquilo era perfeito. Justin era perfeito.

Depois de sairmos completamente da cidade e entrarmos numa rodovia, chegamos ao complexo de resorts da Disney, onde o Waldorf Astoria ficava. A entrada do hotel era magnífica. Eu nunca pensei que poderia chegar perto de um lugar desses. Com o meu salário, duvido que seria possível pagar uma diária no hotel. Mas Justin provavelmente ia acabar ganhando a estadia de graça. E, se isso não acontecesse, ele tinha dinheiro suficiente para pagar quantas diárias fossem preciso.

Paramos na entrada do hotel. Um funcionário nos ajudou a tirar as malas do carro e depois um manobrista o levou para o estacionamento do hotel. Nós entramos, cansados pela viagem e felizes por estarmos na Disneylândia, e Justin foi fazer o check in.

Subimos até o oitavo andar de elevador, com o funcionário e Moshe carregando as malas. Justin havia pegado três quartos. Um para Moshe, - e os outros seguranças que iam chegar - outro com cama de casal para as crianças e outro com cama de casal para nós dois. O quarto das crianças e o nosso tinha uma porta que fazia conexão entre eles. Eu ia deixar essa porta aberta toda noite, para não ter perigo de as crianças me gritarem e eu não escutar. Tudo bem que, ainda assim, fiquei corada em saber que ia dormir sozinha em um quarto com Justin.

Deixei as malas das crianças no quarto deles e peguei minha mala com Moshe para leva-la ao nosso quarto. Depois de estarmos todos instalados, fechei a porta de entrada do corredor dos dois quartos e abri a porta que fazia a conexão. As crianças pulavam em cima da cama de casal e ligaram a TV. Acho que aquele devia ser um quarto já à prova de crianças, pois não tinha muitos objetos cortantes nem perigosos. Era mais simples que meu quarto e de Justin. O nosso tinha um sofá social.

Heart and Soul (Justin Bieber)Where stories live. Discover now