My Dear Possessive

Free or not?

- Eu só não entendo porque você nunca entrou em contato com sua família senhorita James- o promotor falou depois de um silêncio cortante na sala. Como eu iria dizer que eles estavam correndo risco de vida? Não tinha como dizer, essa era a questão.
- Senhorita James?- voltei a realidade sentindo todos os olhos sobre mim. O promotor ainda esperava minha resposta.
- Com sua licença vossa excelência- Justin se levantou e vi que todos ficaram surpresos com sua repentina fala- eu gostaria de esclarecer esse ponto eu mesmo- ele respirou fundo e sorriu docemente para mim- a aproximadamente três anos, minha família estava sem dinheiro. Meu avô, mesmo sendo rico, não nos ajudou. Querendo arranjar dinheiro, eu arrumei um emprego de segurança- ele falava com o cenho franzido, como se pensasse no que aconteceu- meu chefe não tinha os trabalhos mais limpos, mas eu só queria o dinheiro para ajudar minha família. Era só ficar na minha...
- Não entendo o que isso tem de relevante vossa excelência- o promotor interveio e eu revirei os olhos para sua arrogância. Não podia culpa-lo, era o seu trabalho.
- Eu vou chegar a um ponto. Eu prometo.
- Pode continuar senhor Bieber- a juíza pediu gesticulando para que ele prosseguisse.
- Depois de um tempo, meu chefe me pediu um favor. Eu precisava cobrar uma divida. Se ela não fosse paga, a Anne que iria pagar com trabalho forçado- engoli em seco sabendo que ele havia mentido- mas eu não consegui cobrar a divida, e sabia que o trabalho forçado era prostituição. Foi então que decidi fingir que ela era minha prostituta, e a levei para casa, a protegendo. Nunca tentei fazer nada de mal a ela. Eu só havia... me apaixonado.
Mais murmúrios foram ouvidos pelo tribunal, essa era um declaração perante minha família e ao júri.
- Não vejo a relevância disso vossa excelência- o promotor disse- ele pode muito bem estar mentindo.
- Já sabendo desses tipos de acusações- o advogado de Justin, finalmente, se levantou e começou seu trabalho- meu cliente pediu para ler seu testamento, feito a um ano- ele pegou algumas folhas dentro de sua pasta e as arrumou- poderia vossa excelência?
- Concedido- a juíza permitiu e o advogado caminhou até o meio da sala.
- " É escrito aqui como minha vontade, deixar minha grande fortuna, herança de meu avô para algumas pessoas. Para meus amigos, Ryan, Chris e Chaz, deixo meus carros e 10% de minha fortuna, 20% para meus empregados, incluindo todos os que trabalham para minha pessoa. Os outros 70% e todos meus imóveis, deixo para Annelize O'Brien James, sendo essas minhas vontades, Justin Drew Bieber"
Me senti desconfortável com todos aqueles olhos sobre mim. Okay... Isso foi inesperado, e totalmente estranho. Ele tinha me deixado quase tudo dele. Essa era uma coisa que eu nunca esperaria.
- O tribunal entrará em recesso por uma hora, dispensados- a juíza bateu o martelo e se levantou.
- Senhora- a chamei antes dela descer de sua tribuna- poderia falar com Justin?- perguntei vendo ele ser levado, provavelmente para uma sala onde esperaria.
- Pode senhorita James.
- Obrigada- desci da tribuna e encarei minha família, que me olhava assustada.
Sorri fraco para eles e segui para onde haviam levado Justin.
- Posso falar com ele?- perguntei ao guarda parando a sua frente. Pela janela da porta conseguia ver Justin encarando suas próprias mãos.
Assim que a porta se abriu, Justin me encarou e sorriu se levantando e caminhando em minha direção.
- Anne- o abracei apertado enterrando meu rosto em seu pescoço.
- Por Deus Justin, quando me tornei tão dependente de você?- perguntei com humor o apertando mais.
- Como você está?- ele perguntou checando meu corpo, tentando achar algum ferimento ou algo do tipo.
- Eu estou bem, só um pouco surpresa- seus olhos encontraram os meus e ele já sabia do que eu estava falando- quando iria me contar? Você deixou uma fortuna para mim.
- Eu sei- ele sorriu para mim- antes de morrer, meu avô pediu para que se algo acontecesse comigo, eu deixasse esse dinheiro para alguém realmente importante para mim- ele sorriu- meus pais receberam metade da herança dele, então achei melhor... Deixar para você- segurei seu rosto enquanto sorria.
- Você me surpreende cada vez mais- solto uma risada fraca e lhe dou um selinho.
- Acho melhor você voltar, seus pais não parecem ter gostado da novidade.
Meus pais... esse era um problema que eu não tinha a mínima ideia de como resolver. Até meia hora atrás eles achavam que Justin era um cara que me sequestrou. Eles mal sabiam que denunciaram alguém que só queria meu bem.
- Vou esperar você okay?- falei o abraçando.
- Vou estar aqui, pra você, sempre- o beijei brevemente.
Eu sabia que ele estaria aqui por mim.
[•••]
Meus pais estavam no mesmo lugar e cochichavam entre si, até me verem. Meu irmão estava quieto e olhava em um ponto fixo, como se pensasse em algo.
- Mãe, pai... eu ...
- Você mentiu pra nós Anne- meu pai se levantou enquanto minha mão continuava sentada.
- Eu nunca menti pra vocês, eu apenas...
- Você mentiu para o júri, não só par nós- minha mãe falou com a voz embargada- como pode?
Eles achavam que era mentira? Depois de tudo que eu falei, que Justin falou.
- Eu não menti, disse a verdade. Justin nunca fez mal a mim. Ele me protegeu de um erro de vocês- neguei com a cabeça me lembrando do ocorrido algumas noites atrás- erro que vocês estão repetindo. Outro acordo com Marco? Ele tentou me matar, duas vezes!
Meus pais ficaram em silêncio me encarando. Meu irmão me encarava e sorria, como se aprovasse minha atitude.
[...]
Estava sentada ao lado de meu irmão, enquanto meus pais assistiam ao julgamento um banco atrás de nós.
Eles iriam chamar mais uma testemunha.
- Quero chamar para testemunhar, Scoot Tunner- entreabri a boca vendo Scoot entrar na sala.
Desde quando ele iria testemunhar?
- Senhor Tunner, poderia nos dizer como foi sua relação com a senhorita James?
- Nós éramos amigos, nos beijamos algumas vezes, nada de mais- olhei Justin que encarava Scoot sério. Sabia que Justin não gostava de Scoot.
- E a rotina da senhorita James?- o promotor continuou apoiado em sua mesa, enquanto lia, o que parecia ser a ficha de Scoot.
- Ela ia para a escola normalmente. Como qualquer pessoa normal.
- E o que ela falava, por morar com o senhor Bieber?- Scoot me olhou e depois olhou Justin.
- Disse que estava lá a estudo. As mães deles se conheciam e que ela estava lá, morando com ele, porque queria estudar no Canadá- era isso mesmo que eu falava.
Scoot, mesmo depois de pouco tempo, se tornou em alguém em quem eu poderia confiar. Eu sabia que podia contar com ele, e ele podia contar comigo.
- Certo, por enquanto é só, obrigado Senhor Tunner- Scoot desceu da tribuna se sentando ao meu lado, segurou minha mão e a apertou me passando confiança, o promotor se sentou em seu lugar enquanto o júri conversava entre si.
Eu tinha certeza de que eles estavam decidido. Ou Justin iria ser preso por algo que não fez, ou ele iria ser solto.

Gente eu demorei mais do que costume, desculpa. Ultimas semanas de aula estão corridas, tenho um concurso de redação e tenho apresentação de dança, mas não se preocupem, eu não passo de uma semana para postar nunca, e tento nunca passar nem de cinco dias.
Por hoje é só, bom fim de semana, bjuus até a próxima.