Dad

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Gente escrevi ouvindo I'll show you do Justin, se quiserem ler ouvindo, eu achei legal.

Justin se levantou da mesa sem dizer nada e saiu da sala.
Marco respirou fundo e se levantou seguindo Justin.
- Marco pode ser um pouco... louco, sabe? Querer os filhos perto, mas fazer isso para conseguir- Sarah comentou limpando a boca- os anos não fizeram bem a ele.
- Sei como pode ser, Justin também não é lá o equilíbrio em pessoa, as vezes ele tem acessos de raiva.
- Por ciúmes?- perguntou e eu ri assentindo- eu sabia que ele iria ficar assim com você, ele odiava os caras que iam falar com você na época que te observava.
Sorri e continuei a comer. Sabia que me preocupar iria ser por nada, era inútil discutir com Justin e com Marco, sobre quem estava certo e quem estava errado. Sendo que nem eu mesma sabia que estava certo.
- Quer carona para casa?- Sarah me perguntou e eu assenti- como estão seus pulsos?
- Bons, porque ele me amarrou?
- Ele gosta de dar mais drama a coisa toda, como se isso não fosse drama suficiente.
Sarah se levantou e pegou as chaves em seus bolsos. Me levantei junto e a segui para a garagem.
- E Justin?- perguntei me sentando no banco ao seu lado.
- Ele vem depois, ele está de carro.
A música tocava baixa no rádio enquanto eu observava a paisagem. A casa de Marco não era tão longe da minha, o que me surpreendeu muito.
A entrada da minha casa estava silenciosa, nenhum movimento.
- Obrigada pela carona Sarah- abri a porta e antes de descer olhei a loira ao meu lado- você devia falar com Justin, ele liga para você tanto quanto liga para mim. Ele deve estar chateado por descobrir ser filho de quem é, e chateado com você por não ter aparecido.
- Vou falar- sorriu para mim.
Desci do carro e fui até a porta da frente.
- Mãe? Pai?- gritei abrindo a porta. O silêncio foi minha resposta. Onde eles estavam?
Olhei no relógio da sala e vi que passava da meia-noite. Talvez eles estivessem dormindo, mas, eu estava desaparecida.
Subi as escadas e entre-abri a porta do quarto dos meus pais. Eles realmente estavam dormindo, nem se preocuparam.
Caminhei até meu quarto que estava com a porta aberta e vi Will sentado na minha cama.
- Will?- chamei sua atenção tirando meus sapatos.
- Você está bem- ele se levantou e me abraçou- nunca mais me dê um susto desses.
- O que faz no meu quarto?- perguntei me afastando.
- Estava preocupado. Mamãe deu um remédio para papai dormir e tomou um também. Eu decidi esperar, achamos melhor não chamar a polícia, podia ser pior.
- Fez o certo Will, eu estou bem. Marco só queria conversar- me sentei na cama e ele se sentou ao meu lado- estou feliz que esperou, precisava desabafar.
- Pode me contar tudo- suspirei encostando minha cabeça no seu ombro.
- É uma história meio longa- disse com humor sentido seu sorriso contra meus cabelos.
- Estou aqui a noite toda.
[...]
Fechei meu armário depois de pegar todos os livros que precisava.
O corredor estava cheio de pessoas que me olhavam torto e sussurravam coisas com seus olhos sobre mim. Era tão diferente di Canadá, lá eu tinha Scoot e Lizza para me dar suporte, aqui... Todos me odeiam.
Meus antigos amigos estavam conversando no meio do corredor e riam.
Todos olharam para mim assim que passei, mas interrompi os meus passos assim que ouvir Jilian, minhas ex melhor amiga falar.
- Passou dois anos fora e volta como se nada tivesse acontecido, deve ter transado com toda a escola de lá. Vadia.
Mordi meu lábio inferior me virando para ela.
Ninguém esperava que eu ouvisse, supus, pois suas caras de surpresa ao me virar foi impagável.
- Pra mim já chega- joguei meus livros no chão atraindo a atenção de todos no corredor- não sou eu a vadia aqui Jilian, você só fala isso porque você ACHA que eu tive a oportunidade de voltar- dei ênfase na palavra acha- mas não vou discutir com você, porque eu cansei de tentar explicar. Eu fiquei sim, eu escolhi ficar sim, mas ninguém me perguntou o porque.
Engoli em seco encarando seus olhos profundamente.
Em momento algum baixei a guarda, nem mesmo quando Jilian se aproximou de mim sorrindo de lado.
- Por que então, Annelize?- falou meu nome ironicamente.
- Se eu voltasse, meus pais, Will e até mesmo você poderiam morrer- sibilei me afastando vendo seus olhos se arregalarem.
Todos nos encaravam e sem pudor algum levantei minha camiseta, deixando meu sutiã ainda coberto pela mesma.
- Está vendo isso?- apontei para uma cicatriz acima do meu umbigo- eu levei um tiro de revolver, aqui- apontei para a lateral do meu corpo- fui esfaqueada- baixei minha manga da camiseta mostrando outra cicatriz no ombro- outro tiro. Nos últimos dois anos eu corri mais perigo do que minha vida toda, e eu não voltei, porque queria proteger vocês.
- Anne...- Jilian me chamou assim que me abaixei para pegar meus livros.
- É só eu ficar longe por algumas semanas e você arranja briga?
Ouvia aquela voz e me endireitei tendo a visão de Scoot no meio corredor me encarando.
- Hey Scoot- acenei sorrindo.
- Anne, acho que temos um problema- ele tinha a feição preocupada e eu sabia que mais um problema havia vindo atrás de mim.
[...]
- Vamos Justin, me atende- tentava ligar para Justin pela terceira vez, enquanto Scoot dirigia para minha casa.
- Continua tentando Anne, ele tem que te atender. Não vou conseguir te proteger sozinho, preciso de ajuda.
Assenti discando seu numero novamente.
Scoot estava ali para me ajudar, mas ele precisava da ajuda de Justin também.
Desde a noite anterior ele não havia aparecido, e eu estava preocupada.
Ele havia desaparecido novamente, no momento em que eu mais precisava dela.
- Chegamos- desci do carro assim que Scoot estacionou em frente a minha casa.
Abri a porta rapidamente virando meu rosto para a sala de estar, para chamar meus pais.
A cena parecia em câmera lenta enquanto eu movia meu pescoço em direção a sala, arregalei os olhos ao ver uma arma apontada para mim enquanto meu celular caia no chão.
- Olá queridinha- o homem a minha frente sorriu cinicamente para mim- finalmente eu te achei, não é? Marco não tinha ideia que eu estava na sua cola.
- O que você quer aqui?- Perguntei olhando ao meu redor vendo meus pais na cozinha, amarrados um de costas para o outro, sentados na cadeira, eles tentavam falar, mas suas palavras eram abafadas pela fita em suas bocas.
- Vim buscar o que é meu- minha atenção voltou para ele e eu engoli em seco- como vai ser? Você vem comigo ou vai esperar eu matar eles?
- Eu não sou um objeto para ser sua- dei um passo para trás tentando me afastar.
- Claro que não- ele riu negando com a cabeça- você é minha filha.
E como Scoot havia me avisado a menos de uma hora atrás, mais um problema veio atrás de mim.

Geente eu demorei mais de uma semana, desculpa. Eu tive minha apresentação de dança e eu fiquei de rec, minha prova já foi, mas minha irmã foi fazer vestibular em Campinas e eu fui junto, ai não deu tempo. Espero que estejam gostando e já vou avisando que está acabando e a continuação vai ser postada assim que eu terminar. O nome vai ser My Dear Dream e espero que vcs gostem.
Até a próxima, bjuus.

My Dear PossessiveWhere stories live. Discover now