My past, present and future

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- Mamãe!- a garotinha gritou deitada em sua cama- mamãe, você não me deu beijinho de boa noite.
A garotinha estranhou o silêncio e se levantou caminhando até o quarto de sua mãe. Sua pequena casa estava em silêncio enquanto caminhava pela sala de madeira até o quarto da mãe.
- Mamãe?- suas pequenas mãos tocaram a maçaneta desgastada e a giraram para abrir a porta.
- Mãe? Você já está dormindo?- o abajur ao lado da cama iluminava tão pouco que só era possível ver o rosto da mulher deitada, de olhos abertos, sem piscar e sem respirar- mãe?- sua pele estava gelada, e mesmo que a garotinha fosse tão nova com seus cinco anos, era inteligente o suficiente para entender o que estava acontecendo. Sua mãe estava morta.
[...]
- Ela não tem ninguém- a diretora do orfanato falou ao casal que observava a garotinha sentada no canto do pátio, sozinha- encontrou a mãe morta, depois de ter uma overdose por remédios para depressão. Ela não fala nada desde que chegou aqui.
- Podemos a adota-la? Acho que somos um dos poucos casais que iriam querer adotar uma garota assim- a mulher falou.
- Ela precisa de uma família- a mulher de cabelos brancos falou sorrindo para o casal, que se sentiu feliz ao saber que teria mais um filho, ou melhor, filha.
[...]
- Annelize?- a mulher a chamou quando os três entraram na casa. A garotinha observava ao redor vendo que era muito maior que sua antiga casa.
- Vou te mostrar seu quarto- a mulher disse e olhou o marido que assentiu sorrindo.
A garotinha acompanhou a mulher escada a cima, agora com seus seis anos recém completados a garotinha se julgava sozinha no mundo. Nunca conhecera o pai, a mãe se matou com anti depressivos e não tinha mais ninguém.
Nem percebeu quando a porta foi aberta, observou ao redor dando um sorriso de canto para o quarto lilás com prateleira de bichinhos.
Sua cama era enorme, e tinha um banheiro pra ela mesma.
- O que achou?- a mulher perguntou esperançosa, mas ficou decepcionada com a falta de palavras da garota. Estava tudo bem, ela precisava de um tempo para se acostumar.
- Vou fazer algo para você comer, depois seu irmão vai chegar, qualquer coisa, é só me chamar- a mulher se virou saindo do quarto, mas parou no meio do corredor ao ouvir a voz da garota, que estava no batente da porta de seu novo quarto.
- Obrigada, mamãe- ela sorriu para a garotinha que tinha um sorriso pequeno e constrangido.
Essa era sua nova família.
[...]
- Hey Justin- Anne o chamou enquanto coçava seu braço atrás do corpo- posso te perguntar algo?
Agora com 15 anos completados era uma garota admirável. Sentia falta daqueles que cuidaram dela quando mais ninguém queria, mas estava feliz em os ter protegidos. Era isso que Justin dizia, quanto mais longe ela ficasse, mais protegidos eles estariam, por mais que ele não respondesse suas perguntas.
- Pode Anne, o que é?- Justin continuava lendo seus papeis sobre a mesa. Com 19 anos era um cara de negócios. Anne sabia que negócios eram esses, e sabia que era perigoso.
- Quando se sabe que um cara está a fim de você?- mordeu os lábios se recostando no batente da porta.
Justin parou o que estava fazendo e a encarou.
- Por que quer saber? Algum pretendente?- perguntou para a garota que riu e entrou no escritório se sentando na cadeira a sua frente.
- Acho que sim- ela sorriu de lado lembrando do garoto que havia chamado sua atenção.
[...]
- A corte, juntamente a mim- acordei de meus devaneios com a voz da juíza dando a sentença.
Parecia que eu havia saído de meu corpo e visto partes de minha vida novamente. Era estranho.
-Decidimos, considerar Justin Drew Bieber, inocente e absolvido de toda e qualquer acusação feita a ele por essa corte- suspirei aliviada sorrindo.
Ele estava livre. Vi retirarem as algemas de Justin, que sorria e comemorava com seu advogado. Mas, e agora? Eu não ia voltar com ele, ia?
- Vamos Anne- meu pai me chamou calmamente, sorrindo torto para mim, ele acreditava em mim agora, mas minha mãe era outra história.
- Vou só falar com Justin, um minuto- minha mãe revirou os olhos quando passei ao seu lado.
Parei um pouco atrás de Justin e sorri para ele que fazia uma dancinha engraçada. Ri de sua animação, atraindo sua atenção.
- Anne- ele veio até mim e me abraçou- eu estou livre- disse com o rosto escondido em meu pescoço.
- Estou vendo, e estou feliz por isso- falei para ele o apertando em meus braços.
- Eu não estou tanto agora- senti sua respiração ficar mais pesada em meu pescoço.
- Justin...
- Você vai embora, não vai? Vai ficar aqui com sua família- me afastei o suficiente para ver seu rosto.
Acariciei sua bochecha enquanto sorria. Eu não queria ter que ir embora, deixar ele, mas não podia simplesmente ir morar com ele, depois de meus pais terem me achado.
- Eu queria poder ficar com você, mas não posso, não depois deles terem me achado- suspirei sorrindo fraco logo em seguida- você poderia ficar aqui né?
- Não posso, preciso voltar e cuidar dos meus negócios- assenti olhando para baixo, sua mãe levantou meu rosto delicadamente, seus lábios se selaram sobre os meus rapidamente- vou vir te visitar.
- Tudo bem- o abracei forte suspirando seu perfume, queria guardar pelo tempo que ficaríamos longe um do outro.
Me afastei dele, não queria dizer tchau então apenas me virei. Senti sua mão segurar meu pulso, me impedindo de continuar.
- Não vou te dizer adeus porque seria demais para mim- ouvi sua voz num sussurro- então vou apenas dizer até logo, porque eu sei, que a gente, isso que temos, não terminou aqui- sorri para ele assentindo com lágrimas nos olhos, assim como ele- até logo.
- Até logo- disse com a voz embargada sentindo minha garganta se fechar- eu vou ficar aqui e te esperar- sorri de lado sentindo sua mão se afrouxar e me soltar.
Definitivamente, hoje, não era meu melhor dia. Justin estava livre, isso era ótimo, mas agora ele estava mais distante ainda do que já era. E eu sei que ele vai demorar em aparecer, para deixar as coisas esfriarem.
Vai ser difícil acordar e não ter ele no quarto ao lado, não ouvir sua voz todos os dias. E só agora eu percebo, que todo esse tempo, eu não queria voltar para casa, queria ter ficado com ele.

Gente, realmente sinto muito por demorar uma semana, mas como é fim de ano, minha escola teve que colocar um monte de prova na mesma semana, sai com minha amigas e foi aniversario de 18 da minha irmã.
Vou tentar ser mais rápida, mas ainda tenho quatro provas para fazer. Por hoje é só, comentem curtam e compartilhem, obrigada a todas Bjuuus😘

My Dear PossessiveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora