I'm not my mother

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Comunicado importante no fim.

Encarava aqueles olhos seriamente, sentindo as lágrimas caírem dos meus.
Era muita coisa para absorver. Marco conhecia minha mãe biológica? E ainda por cima foi apaixonado por ela.
- Solte ela agora- aquela voz me fez sorrir e olhar para a porta do quarto- anda Marco.
Justin apontava uma arma para o homem que me segurava fortemente.
- Eu só quero ela de volta, você sabe como é estar apaixonado por alguém e perde-la? Claro que não, a sua está viva, bem- engoli em seco quando ele me chacoalhou enfatizando o que disse.
- Isso não é motivo para tentar usa-la. Solta ela- me debati tentando me soltar, uma tentativa falha, pois seus braços me seguraram mais fortemente.
- Suzana teve apenas uma filha. Sabe como foi difícil achar Anne? Claro que não, porque você não teve todo esse trabalho. Eu tinha que acha-la, ela é minha ultima lembrança. E qualquer um que tentar tira-la de min, vai morrer- me colocou em frente ao seu corpo e apontou a arma para Justin- você escondeu ela bem, achei que tinha matado ela. Quando Scoot disse que tinha achado ela, eu não pude acreditar, mas ai o idiota não quis trair a amiguinha, eu tive que tira-la do Canadá pra conseguir o que queria.
Senti Marco se mexer atrás de mim, e começamos a andar.
- Seja uma boa menina e venha comigo- sussurrou em meu ouvido. Quando minha vida se tornou tão perigosa?
Olhei meu irmão que tinha um homem apontando uma arma para ele. Ele iria ficar bem, não ia deixar nada acontecer.
Franzi a sobrancelha vendo um pontinho de luz vermelha na testa do homem armado.
Em um segundo ele estava no chão, com sua testa sangrando.
- Merda- Marco sussurrou e começou a correr sem me soltar- não vou te perder de novo Suzana- apertou meu pulso, que segurava.
- Eu não sou ela- murmurei atordoada vendo as escadas.
- Claro que é- parou abruptamente segurando meus ombros- você é ela, ela é você. Ela sabia que eu viria atrás- voltou a andar e saímos da minha casa ido até um carro enquanto eu tentava me debater e jogar meu corpo no chão para tentar para-lo.
Senti um pano cobrir minha boca e nariz. O cheiro era bem familiar, dois anos atrás eu havia sentido o mesmo cheiro.
[...]
- Ela vai ficar aqui- senti minha cabeça latejar, ouvindo a vozes ao fundo.
Abri os olhos não vendo nada. A escuridão me cobria e o desespero tomava posse de meu corpo.
Tentei me mexer, percebendo meus pulsos amarrados atrás de meu corpo e meus tornozelos amarrados um junto ao outro embaixo de meu corpo. Estava encostada em uma parede gelada, me fazendo sentir desconforto e dor. Minha boca tinha uma espécie de fita grossa, me impedindo de abrir a mesma.
O cheiro de mofo me deixava enjoada, e os ruídos de passinhos me deixavam assustada. Ratos.
O ruído de uma porta a minha frente me chamou a atenção, a luz invadiu a sala escura e me permitiu ver a silhueta de Marco.
- Como está Anne?- o encarei sem expressão- deixe-me tirar isso para você.
Se aproximou e arrancou a fita com tudo de meu rosto.
- Au?- meio que questionei em ironia sentindo o local arder.
- Me agradeça por deixa-la falar- revirei os olhos e tentei me arrumar, conseguindo tirar as pernas de baixo de meu corpo e as dobrando bem a minha frente. Apoiei meu queixo no joelho e encarei o nada.
- Não quero que me odeie- ri debochada o encarando.
- Isso é sério? Você me sequestrou.
- Detalhes- desprezou com a mão.
- Detalhes- repeti o imitando e revirando os olhos.
- Você ficou muito tempo com o Bieber. Está debochada demais. Se eu quiser posso te matar assim- estralou os dedos na minha cara.
- Nada te impede, pode me matar a vontade- dei de ombros.
- Não quero. Sabe Anne, nunca tive nada contra Justin, pelo contrário, acho que ele foi o melhor segurança que tive. Mas ai ele me traiu, te escondeu- se sentou ao meu lado- mas vamos ignorar isso, não queremos machuca-lo certo?
- Me deixe ir, por favor, eu não sou minha mãe.
- Me impressionou bastante ver Justin crescer dentro do tráfico- ele me ignorou e continuou seu monologo.
Ficou em silêncio me encarando.
- Não vou deixar ninguém te tirar de mim- sorriu para mim se levantando e saindo da sala. Ótimo, eu estava morta.
[...]
Marco havia dado ordens de me desamarrar e me levarem para o outro quarto, que era bem melhor que o primeiro.
No momento eu estava no banheiro do quarto lavando meu pulsos que estavam machucados por conta das cordas.
Os cortes continuavam a sangrar enquanto eu lavava, abri o armário em busca de algo para enfaixar e achei uma maleta se primeiros socorros. Coloquei os curativos envolta de meus pulsos vendo as faixas serem tangidas de vermelho pelo sangue.
Fechei o armário vendo meu rosto no espelho. Meus lábios estavam mais pálidos assim como minha pele. Eu estava apavorada.
Pelo espelho conseguia ver a consequência de uma noite mal dormida.
Voltei ao quarto vendo uma caixa sobre a cama que não estava lá antes. Me sentei colocando a pequena caixa de madeira em meu colo. Seus detalhes talhados na madeira eram delicados e me lembravam uma cerejeira japonesa, como no desenho do meu quarto. Essa caixa me era familiar.

- Que caixa é essa mamãe?- perguntei me apoiando na mesa olhando minha mãe. Seu rosto era só um borrão que eu não conseguia lembrar.
- Aqui, eu vou guardar nossas fotos Anne.

Arregalei os olhos lembrando disso e abri a caixa vendo algumas fotos de uma garotinha com uma mulher.
"Suzana e Annelize" era o que estava escrito atrás da foto. Era minha mãe. Ela sorri para mim enquanto eu sorri para a câmera. Parecíamos felizes.
Seus olhos eram de um verde intenso e seus cabelos eram castanhos como os meus. Dava para quem eu havia puxado, menos nos olhos, já que os meus eram castanhos.
Peguei a foto seguinte vendo minha mãe em um parque, sentada na grama.
"Suzana O'Brien"
Eu pedi aos meus pais para ficar com o sobrenome, para nunca esquece-la.
Sorri vendo uma foto de um bebê, com um pequeno macacão rosa claro. Atrás da foto estava meu nome, com um coração.
Me lembrava um pouco da época que vivi com minha mãe biológica. Eu adorava.
- Ele gosta de você- ouvi uma voz feminina vinda da porta. Nem havia. Percebido ela se abrir, estava muito entretida.
A mulher usava um moletom com um capuz que fazia sombra, me impedindo de ver seu rosto.
- Quem é você?- perguntei me levantando.
- Você sabe quem eu sou Anne- ela segurou em meu capuz e o abaixou deixando seus fios loiros serem liberados.
Ela levantou seu rosto me permitindo vê-lo. Ela estava diferente, mas eu conseguia reconhecer.
- Sarah- sussurrei olhando em seus olhos, iguais aos do irmão.

Oiiiie gente, dessa vez fui rápida, porque não tenho mais aula, então fiquei escrevendo. tenho um comunicado muito importante.
My Dear Possessive está na reta final. Ou seja, está acabando, mas eu ainda não sei como terminar, eu tenho algumas ideias, mas não sei qual usar.
Por hoje é só, obrigada pelos comentários e estrelinhas, bjuuus, até o próximo😘

My Dear PossessiveWhere stories live. Discover now