Part. 5

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- Por que seu interesse nisso, garotinho? - perguntou Marie

- Gosto de histórias...

- Quer saber a minha?

- Quero.

- Me trouxeram pra cá porque acham que eu sou uma vampira.

- Como? - Pedro perguntou, sem entender

- Deixa eu ser mais clara, o que aconteceu foi isso: Quando eu criança meu irmão me ensinou a chupar o meu sangue quando eu caísse, assim eu não perdia sangue do meu corpo, eu fiz e comecei a gostar disso, mas só fazia isso quando eu caía, nada proposital, aos meus 15 anos eu me cortava para tomar meu sangue, mas com o tempo meu sangue passou a perder a graça pra mim, eu comecei a namorar com um garoto que gostava de sado-masoquismo pesado, ele deixava eu cortar ele, principalmente na hora do sexo e eu tomava o sangue dele, o vício foi só aumentando e chegou ao ponto de eu matar ele quando ele não quis deixar eu cortar ele, porque ele não estava com ânimo...

- Como você o matou? E como pegou seu sangue?

- Ele foi ao banheiro, queria tomar banho de banheira, então quando ele se aproximou da banheira eu bati com o abajur na cabeça dele e ele desmaiou, eu o coloquei dentro da banheira e tampei o ralo pra que não saísse sangue, cortei os pulsos dele, a barriga e outras partes, quanto mais sangue saísse, melhor. Ele morava sozinho, então eu fui morar na casa dele, coloquei em potes o que podia de sangue, mas também foi me enjoando com o tempo, eu tomava toda noite ou quando estava com sede, era como água pra mim, mas depois que me enjoei do sangue dele, eu comecei a fazer essas coisas com outras pessoas, eu não gostava de matar, então sempre procurava pessoas que fossem masoquistas e deixassem que eu as cortasse ou pessoas que queriam morrer, mas quando eu não tinha escolha, eu matava, matava de diferentes formas, mas sempre que dava eu matava na banheira. Mas uma vez eu tirei a sorte grande, eu estava namorando com um garoto que gostava dessas coisas, um dia eu descobri que ele estava me traindo, eu fiquei louca com aquilo, eu gostava dele de verdade. Mas não deixei ele perceber, disse que eu sabia da traição e que não precisava daqui, que ele podia chamar ela pra transar com a gente, afinal, era só sexo e ele aceitou, no dia em que ele levou ela pra casa para que fizéssemos a três, antes de acontecer, eu perguntei se queriam cerveja, eles aceitaram, fui a cozinha, coloquei um sonífero na cerveja deles e dei pra eles, eles dormiram rápido, não coloquei eles na banheira, queria que eles sofressem, assim como eu sofri com a dor da traição. Eu já tinha tudo preparado, tinha colocado ganchos no teto, amarrei cordas neles e amarrei a corda no ganho, deixando eles em pés, ah, é, antes de amarrar eles, eu quebrei seus pés, assim eles não teriam como usar os pés pra se defender... Depois que eu os amarrei, esperei eles acordarem, quando eles abriram os olhos e ficaram ciente do que estava acontecendo, ficaram assustados e a se mexer, quando tentaram usar os pés tentaram falar algo, mas eu não consegui entender o que eles falaram, pois eu tinha cortado suas línguas, só vi eles chorarem, aquilo me divertia, mas quando passou a ser indiferente pra mim, eu comecei a cortá-los, deixando que o sangue deles caísse na banheira, fiz cortes fundos, mas não letais, fiz cortes em seus braços, barrigas e pernas e deixei escorrer pelo corpo deles, Tales nunca foi valente, desmaiou rápido, mas aquela vadia, não, ela ficou chorando e olhando, deixou o medo dela se tornar raiva, mas não havia nada que ela pudesse fazer e quando eu vi que eu já tinha sangue o suficiente na banheira, eu tirei eles dali, os coloquei na cama, peguei uma taça, enchi de sangue, me sentei na frente deles, falei coisas para a amante de Tales e depois atirei em suas cabeças. Quando ouviram os tiros, meus vizinhos ligaram para a polícia, falaram que os tiros vieram da minha casa, a polícia entrou e viu o que tinha acontecido, então foram revistar a casa pra ver se tinham mais corpos, dois policiais ficaram no quarto me olhando pra garantir que eu não sairia de lá e me fizeram perguntas, eu respondi as perguntas e continuei bebendo o sangue até que não restasse mais nada na taça. Encontraram os corpos no porão da casa, eu não neguei quando perguntaram se eu havia os matado, fui julgada e mandaram eu fazer um tratamento psiquiátrico, no meu laudo constava que eu tinha problemas mentais. Agora eu estou aqui, eu ficava presa num quarto daqui, mas depois que eu parei de gritar por estar com abstinência e parei de me arranhar tanto, me deixaram sair.

SanatoriumWhere stories live. Discover now