Part. 11

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Letícia me acordou no dia seguinte, eu tinha dormido no seu quarto, ela disse que Pedro estava me procurando, Letícia lhe disse que eu estava dormindo no quarto dela, então ele pediu que ela me acordasse, pois queria falar comigo.

Me levantei, fui pro meu quarto, fiz minha higiene matinal, peguei minha toalha, meu sabonete, o shampoo, e o condicionador e saí do quarto, rumo ao banheiro, eu e Pedro nos encontramos no caminho.

- Estava me procurando?

- Sim... Achei que fosse me procurar, quando Letícia disse que você estava se arrumando.

- Eu ia, não terminei de me arrumar ainda. O que precisa falar comigo? - perguntei andando

- Onde você foi ontem? Não te vi o dia inteiro...

- Eu fui tomar sorvete com a Letícia e a Olga.

- Sorvete?

- É... Bom, ela tomou sorvete, eu tomei capuccino e a Olga tomou café, depois saímos para dar uma volta. Eu ia falar com você quando cheguei, mas você estava com o David...

- E o que tem? Você podia ter falado comigo mesmo assim...

- Poderia, mas Letícia me chamou para ver filme com ela, então eu fui.

Entramos no banheiro e eu comecei a tirar minha roupa, ele ficou no banheiro, me olhando enquanto eu me despia, entrei no box e fechei a cortina dele, liguei o chuveiro e comecei a tomar banho.

- Mas afinal, o que você queria, Pedro?

- Não queria nada, só queria saber onde estava ontem.

- Por quê?

- Estava curioso... Ahm, você bi, Diego?

Estranhei a pergunta, abri a cortina do box e olhei pra ele

- Por que a pergunta?

- Você é ou não?

- Responde você primeiro.

- Porque você dormiu no quarto da Letícia... Queria saber se vocês... - eu ri ao ouvir aquilo e disse

- Eu sou gay, Pedro. Não se preocupe com isso, mas qual seria o problema se eu tivesse transado com a Letícia? - terminei meu banho e comecei a me secar

- Nenhum... - ele disse e desviou o olhar para o chão e disse

- Está com ciúmes da Letícia, Pedro?

Ele não respondeu, apenas olhou pro chão, enrolei a toalha na minha cintura, peguei minhas coisas e andei para fora do banheiro, chamei Pedro pra ir comigo, entramos no meu quarto, Pedro fechou a porta, tirei a toalha e comecei a me vestir. Ele não disse nenhuma palavra. Me vesti, sentei ao seu lado na cama e dei um selinho ele, olhei nos olhos dele e disse.

- Não precisa se preocupar com essas coisas, ta bem? - ele assentiu.- Sabe o porão no qual estívemos aquele dia em que você não conseguiu dormir?

- Sim, o que tem?

- Então... Tem uma porta lá, a qual é proibida a entrada, a Olga disse que é porque além de ter um cheiro horrível, também não é um lugar seguro, mas alguns pacientes, mais antigos, disseram que é uma entrada pra parte abandonada do hospício, Olga diz que é mentira, que não tinha nada aqui quando construíram o hospital, mas a Letícia já conseguiu entrar nos registros do hospício, quando Olga não estava e disse que antes de isso daqui ser o hospício que é hoje, era um sanatório, ela pesquisou no computador da Olga sobre o hospício e muitos dizam que é assombrado, que pessoas morreram e se matar lá, que era como um inferno... Eu sempre tive vontade de ir pra lá, mas não queria ir sozinho.

SanatoriumWhere stories live. Discover now