Meu Lorde

Eu odeio você

Assim que acordou Hana percebeu que já estava em outro lugar. Estava deitada em um quarto grande, onde os únicos móveis era o futon que estava deitada, uma pequena mesinha e um guarda roupas. Logo percebeu que suas roupas estavam diferentes.
- alguém me trocou enquanto eu dormia?! Filho da mãe?! -Sussurrou raivosamente.
Decide então sair do quarto e ver como era o lugar que estava. Ficou impressionada, pois era um enorme palácio estilo chinês, em cima De uma montanha que lhe permitia ver o mundo das raposas inteiro. Era enorme, mundo rico, e todos que via tinham orelhas de raposa e cauda.
-nossa...que lugar enorme...
Logo uma senhora de idade aparece e lhe puxa pelo braço.
-eita que você dorme demais garota! Pensei que estivesse morta. Vamos logo que o lorde Cociel vai dar suas funções. - diz apressada a senhora.
A medida que iam caminhando, Hana observava as partes do palácio, e como era grande e lindo. Depois chegam a um corredor com uma enorme porta vermelha . A Senhora bate três vezes, e empurra a porta.
-Lorde Cociel, trouxe a garota para que desse as funções dela.
-sim, Zorá, mande ela entrar. Você já pode voltar ao seu posto!
-sim senhor.
Hana entra de cabeça baixa e apertando as mãos, caminha até a mesa onde Cociel está escrevendo pergaminhos.
- você durmiu bem?- pergunta ele.
-nunca vou conseguir durmir bem longe da minha casa.
- é melhor começar a se acostumar, você vai me servir por um longo tempo!
Hana enche os olhos de lágrimas, aperta a barra do vestido e olha raivosamente.
- eu odeio você!
- nossa, assim você me magoa! -Diz ele sarcasticamente. Você acha que eu ligo, apenas me sirva, não precisamos ser amigos.
- você deve ser muito cruel, pra gostar tanto de fazer as famílias dos outros sofrerem! Eu odeio você, odeio, odeio, odeio. - Hana começa a tremer.
- então você me odeia? Como pode se dirigir assim ao seu Lorde? Devo lhe ensinar uma lição? - Cociel fala calmamente enquanto continua a escrever. Vamos ver que trabalho dou a você.... Deixe- me pensar...
Ele olha pra Hana, sorri e fala.
- já sei, já que me odeia tanto, você vai ser como minha dama de companhia. Vai ficar o tempo todo ao meu lado e fazer tudo o que eu quiser. Que castigo seria pior hum? Do que passar o tempo todo do lado de quem você odeia.
- preferia catar merda por aí do que ficar meu tempo com você.
-ZÓRA! VENHA AQUI! -grita ele.
Logo a senhora chega.
- o que deseja meu senhor?!
- traga o futon dela pro meu quarto, e coloque as coisas dela lá.
- certo! - e sai pra cumprir o mandado.
De noite, já na hora de durmir, Hana está sentada em seu futon e começa a pensar em seu pai e seus irmãos. Cociel que já estava deitado ouve, e se irrita.
-você pode chorar mais baixo?! Não consigo durmir com seus gemidos!
Hana se levanta e sai em direção a porta. Quando está abrindo pra poder sair, Cociel se levanta e coloca o braço em sua frente.
- você não pode sair sem minha permissão!
- você não ta incomodado? Então vou sofrer sozinha lá fora!
-peça pra sair!
-posso sair ?! -Pede com raiva.
-peça direito?
- o que você quer que eu fale?!
- sou seu chefe. Demonstre respeito por mim!
- e-eu, po-posso sair, MEU LORDE?!?!
-claro que pode. Mas não demore. Ou eu vou buscar você, me entendeu?
- sim senhor!
Hana sai caminhando como um furacão, de tanta raiva. Enquando anda pelas partes do palácio, se depara ao longe com um grande campo de flores. E se direciona pra lá. Era realmente maior do que aquele que costumava a ir com sua irmã. Era uma noite com muitas estrelas no céu, e a brisa estava fria. Acabou se deitando e olhando as estrelas, enquanto tinha mil lembranças de quando estava com sua família.
- mãe..... Será que eu ainda vou conseguir ver o papai, a Marie, a Nana e o Halfor de novo?! Eu não quero ficar sem ver eles pra sempre! Aqui não é meu lugar.
Quando está voltando pro quarto ouve barulhos lá dentro, e se esconde ao ver alguém saindo. Era uma mulher, de olhos azuis e cabelos castanhos escuros, que ia fechando o roupão enquando caminhava. Hana esperou ela sair pra voltar ao quarto.
Enquanto abria a porta se sentia muito constrangida pelo fato de saber o que havia acontecido entre Cociel e a tal mulher.
- você demorou muito! -Fala ele, enquanto ela se deita.
- o lugar é muito grande, eu me perdi. - e se deita.
Cedo pela manhã quando acorda, Cociel já está vestido pra sair do quarto.
- essa sua cara de depressão está me irritando.
- eu estou aqui servindo você não é? Então me deixa em paz.
- já disse a você, demonstre respeito por mim, sou seu mestre, e se continuar me irritando vou acabar tendo que fazer um mal maior pra você....ou à sua família quem sabe.
Hana fica assustada, e olha paralisada pra ele. Com um raiva enorme que cresce dentro dela.
- NUNCA FALE DA MINHA FAMÍLIA OUVIU?! DISSE QUE SE VIESSE DEIXARIA ELES EM PAZ. COMO PODE SER TÃO MAL ASSIM . EU VOU SEMPRE ODIAR VOCÊ!!! SEU MONSTRO. -Hana se levanta, abre a porta e sai correndo.
- essa garota...que teimosia sem fim. - resmunga Cociel.