Os rebeldes

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Já pelo fim da tarde, todos haviam se recolhido, corriam informações que o o grupo de escorpiões estava atacando moradores raposas. Todos estavam assustados, pois os escorpiões eram de todos os mundos os mais violentos, sádicos e cruéis, apesar de raramente atacarem os outros mundos depois do pacto, este grupo apresentava ser uma ameaça ao mundo dos lobos e das raposas, até mesmo pro próprio mundo. Logo um dos conselheiros chegam pra conversar com Cociel pra tentar resolver o problema.
- Olá Lorde, vim assim que me chamou.
- bem vindo Benjamim estava aguardando você. Sente-se.
- Senhor, temos que montar uma estratégia pra prender os rebeldes. Informantes da cidade me disseram que eles estão rondando o salão de armamentos. Senhor... A única intenção desse grupo, é causar uma guerra. É uma ameaça pros três mundos.
- entendo. Só não quero causar algum tipo de conflito que machuque minhas raposas. Mas faça o que for preciso.
- vou mandar o chefe da guarda reunir um grupo de soldados.
- faça isso secretamente pra evitar tumultos Benjamin!
- Sim senhor! Estou me retirando.

Benjamin sai da sala. O Lorde está realmente preocupado. Os três mundos foram criados pra proteger o que chamavam de armadura de diamante, o mais forte poder que existia na terra, aquele que a usasse dominaria tudo ao seu redor. Mas em tempos muito antigos, um dos três Lordes, o dos escorpiões tentou se apossar dela pra se tornar o mais poderoso rei do universo, o que gerou uma guerra que quase extinguiu todos aqueles que viviam nos três mundos. Um grande mago chamado Sanchiun selou a armadura de forma que ninguém pudesse a encontrar ou usá-la, de forma que os mundos fizeram um pacto para que ninguém tomasse posse da armadura ou seria a extinção das três raças.
- Lorde! Está me ouvindo?
- ah, Hana, desde quando está aí?- Cociel pergunta após retornar de seus pensamentos.
- Zorá me pediu pra fazer esse chá pro senhor. - Hana ainda estava com receio a respeito do que havia acontecido na noite passada.
-sobre ontem, eu realmente não queria ter agido daquela forma.
- certo.
- ah, você quer ir em um lugar comigo?
- onde?
- apenas venha comigo. - Cociel sai, e Hana vai atrás.
Estão caminhando no meio da floresta, era um fim de tarde calmo, o vento soprava, ainda era inverno o chão estava coberto de neve, todas as folhas já haviam caído das árvores, e os raios de sol penetravam facilmente no meio dos galhos. Por ser branca o nariz de Hana, orelhas e boca ficavam avermelhados, o que estava começando a deixar Cociel nervoso.
A noite já estava começando a cair. Hana não estava entendendo o que estavam fazendo no meio da floresta a noite ainda mais naquele frio.
- o que estamos fazendo aqui? - Hana pergunta.
- fique quieta, Hana, apenas observe!
Logo, pequenas luzes começam a se acender no meio das árvores.
- vagalumes?
- não, fadas! Ouça.
Hana então começa a ouvir vozes baixinhas vindas das luzes. "Olha o Lorde Cociel", " quem é aquela que está com ele?" " como ele é lindo".
Uma fada então se aproxima do rosto de Hana. Era amarela, tinha orelhas cumpridas, cabelos brancos e olhos vermelhos, porém era fofa de um jeito que deixou Hana encantada.
- oi pequenininha! - Hana sorri de forma carinhosa. Logo várias e várias começam a rodeá-la. - aí faz cosquinha! -Ela começa a girar e correr, uma felicidade enorme toma seu peito.
- elas são lindas Lorde! - Hana sorri de uma forma que Cociel ainda não tinha visto.
- sim, são mesmo. - ele sorri de forma gentil.
Depois de passar um tempo com as fadas Cociel decide que é a hora de voltar. Os dois estão se preparando para o jantar.
- e agora Hana... Pode aceitar este lugar como seu lar?
- não sei se vou poder algum dia! Meu lar é com minha família, e eu nunca vou poder esqucê-los.
Três meses se passam, e o império das raposas já está mais calmo, não se ouve mais falar dos escorpiões rebeldes, o que mais assusta Cociel.
- creio que eles estão planejando algo senhor, ficaram quietos de repente. - fala Benjamin.
- creio que sim. Aumente a guarda. Temos que acabar com esse problema o quanto antes.
Hana está na cozinha com Daniel e Zorá preparando o almoço. Ela já está se acostumando a vida no palácio, os dias eram sempre calmos, o trabalho era pouco, era bem tratada. Não podia confiar em seu Lorde ainda, mais tinha respeito.
- não vai aprender kanjis hoje Hana? - pergunta Daniel.
- o senhor está ocupado com o Benjamin. Mesmo problema de sempre.
- Hana, você é a que passa mais tempo com o Lorde. Aumente seus cuidados com o senhor por que ele está sob muita pressão. - pede Zorá.
- a Nona tem razão, todos deste reino confiam suas vidas nele, esse grupo de rebeldes pode causar um estrago grande nas raposas, e isso o deixa nervoso.- diz Daniel.
- certo. Vou ser mais prestativa pra ele.
Depois, pela noite, Hana faz um lanche e se dirige ao quarto para levá-lo ao seu Lorde. Pensa coisas do tipo, " melhor que ele não se estresse, vai que a fera se solta dentro dele" " ele tem sido legal comigo, vou retribuir". Quando chega ao quarto apenas empurra a porta. Mas tem uma surpresa ao ver algo que a deixa sem reação. Cociel está sentado só de calça e Quinara está em seu colo o beijando apenas de sutiã. Com o susto Hana derruba a bandeja sem querer.
- m-me desculpe!!!- e sai correndo.
-HANA!! -Grita Cociel.
Depois disso ela fica tão envergonhada e ao mesmo tempo sente muita raiva, não sabe o por que. Sente dentro de si uma vontade enorme de espancar Cociel. E continua correndo, e correndo.

Meu LordeOnde histórias criam vida. Descubra agora