Meu Lorde

Lorde dos lobos

Todos do palácio acordaram cedo com a chegada do Lorde Amiro, o imperador dos lobos, um senhor de aparência 60 anos, com uma barba espessa e cabelos grisalhos, ele chega acompanhado de 10 soldados e o pai de Hunter general Mansour, um homem de cabelos acinzentados extremamente forte e com um olhar desagradável.
Eles se dirigem até Cociel e pretendem discutir a situação dos três mundos que está cada vez mais tensa.
Hana leva um chá para todos eles e acaba se sentando pra ouvir a conversa de forma disfarçada.
- É um prazer tê-lo aqui Amiro. - Cociel fala educado.
-Já fazia muito tempo que não nos víamos não é? Você era só um garotinho quando vim visitar seu pai. Você se tornou um grande homem. - Amiro fala de forma amigável.
- o senhor certamente era um dos melhores amigos de meu pai.
- hahaha, seu pai foi um cara incrível, não se esqueça disso filho!
- tenho certeza disso.
- viemos resolver a respeito do governo ou confraternizar e falar da família. - Mansour ignorante.
- ora Mansour não seja tão ranzinza. Certo, vamos ao que interessa. - Amiro fala sorridente.
- soube que seu palácio foi invadido pelos escorpiões e suas armas roubadas também. - diz Cociel dando um gole no chá.
- É, foi terrível, o pior é que haviam muitos lobos lutando ao lado deles. Meu povo me traindo, que decepção não acha? - diz Amiro chateado.
- de qualquer forma, isso não é problema pra nós, temos um porão cheio de armamentos. - diz Mansour. - e Vocês? Também foram atacados, e aí?
- o rei de Chandaya está produzindo novas armas para nós. - fala Cociel.
- O que me intriga é de que forma eles pretendem achar aquela armadura. À séculos não se ouve falar nela. E qual o propósito depois que encontrarem ela? - Amiro diz sentido.
- Quem seria o tal mestre à quem aqueles rebeldes demonstram tanta devoção? - Mansour fala.
- O que faremos Amiro? - Pergunta Cociel.
- nos unir, e também ao Lorde C-zar, temos de lutar um ao lado do outro na guerra. É a única forma de co seguirmos a vitória e impedir o fim de nossos impérios.
- É... Agora essa é a única forma.
Mansour percebe a presença de Hana e se fica extremamente irritado indo até ela e segurando seu pescoço imprensando ela na parede.
- o que essa criada está fazendo aqui ouvindo a conversa alheia. - fala furioso olhando nos olhos de Hana que nem consegue falar.
Cociel se levanta rapidamente e se coloca entre os dois tirando as mãos de Mansour do pescoço dela com cara de desgosto aquela situação.
- ela é minha dama de companhia e minha soldada. Não encoste suas mãos sujas nela. - Cociel fala seriamente.
- que seja.... - Mansour fala com rancor.
- Cociel, essa garota é só uma criança, não pensa em deixar ela lutar na guerra certo? - Amiro fala surpreso.
- luto melhor que você velhote. - Hana fala séria.
- hahaha, força de vontade eu sei que você tem minha jovem. - Amiro diz de forma amiga.
- general Mansour, seu filho está aqui conosco. - Cociel fala.
- Hunter ? O que aquele moleque faz aqui? - fala ele com irritação. - onde ele está?!
- no pátio com minha irmã. - Hana responde.
O general se levanta e caminha furiosamente em direção ao pátio.
Enquanto isso Hunter e Marie estão conversando sobre suas vidas. Marie está na verdade enrolando ele pra conseguir vasculhar suas memórias. A questão é que sempre que tenta fazer isso acaba apagando todas as memórias da outra pessoa sem querer, mas dessa vez não podia fazer isso, então tinha que ter bastante concentração. Assim que começa a invadir a cabeça de Hunter, o general chega extremamente irritado.
- Seu moleque?! O que você está fazendo aqui!!
Marie fica assustada quando um homem daquele tamanho chega perto dos dois, ainda mais irritado.
- Eu persegui um escorpião e acabei sendo atacado. Então a garota com cabelo vermelho ali, me salvou de morrer.
- atacado?! Hahahahahahahahaha, você nem parece meu filho, fraco, tenho vergonha de um moleque que se deixa ser pego por um inseto. - Mansour fala irônico, enquanto fecha a cada mais ainda.
- sinto muito pai. Vou treinar mais, prometo.
- devia ter deixado você morrer na barriga da sua mãe. Seu inútil. - Mansour fala se retirando.
Marie fica nervosa em ver um pai tratando o filho daquela forma. Até por que podia sentir os sentimentos de Hunter e ouvir cada pensamento que se passava na cabeça dele.
" por quê me fez nascer então? Devia ter me deixado morrer mesmo. Eu odeio você, preferia ter morrido a ter um pai assim."
- seu velho idiota!! - Marie fala baixo.
Mansour ouve aquilo e para, estrala o pescoço e se vira pra Marie de novo.
- o que você disse garota?! - Mansour fala se aproximando de Hana que está com a cabeça baixa, deixando o rosto coberto pelos cabelos.
- te chamei de idiota seu bosta.
Mansour agarra Marie pelo pescoço e levanta.
- vou quebrar seu pescocinho bem devagar pirralha insolente. - Mansour diz sádico.
- pai, não faz isso, solta ela !!! É só uma garota! Não pode machucar ela!! - Hunter grita desesperado segurando as mãos de Mansour, mas é chutado na barriga pelo mesmo pra longe, e se contorce no chão de dor.
- nunca me interrompa, me entendeu? Agora, vou resolver meu problema com você pirralha.
Assim que ele diz isso, Marie está apenas com um olho visível enquanto o outro está coberto pelo cabelo, seu rosto fica sem expressão, e seu olhar parece de um monstro sem alma. Nesse minuto o corpo de Mansour começa a pegar fogo fazendo com que ele comece a gritar desesperado.
- Ahhh, que merda é essa!!! Que p**** você fez menina!!! Aaahhh.
- você é um lixo... - Marie está fora de si, como se estivesse bloqueado a consciência e se transformado em um ser sem alma.
Mas o fogo no corpo de Mansour se apaga enquando ele cai no chão aliviado mas com graves queimaduras.
Quem apagou o fogo foi Nana que apareceu apressada, e surpresa por Marie conseguir fazer aquilo já que elas não conseguiam usar os poderes direito se não estivessem juntas.
- Marie!! - Nana fala sacudindo Marie pelos ombros fazendo ela retornar a consciência. - o que você ta fazendo?! Esqueceu do que papai nos ensinou?! Não devemos usar os poderes pra machucar os outros! Se eu não tivesse ouvido seus pensamentos você teria matado ele.
- desculpa... - depois disso desmaia.
Assim que acorda Hunter está sentado em uma cadeira ao lado. Ela se levanta e coça os olhos.
- você está bem? - Marie pergunta.
- tô, e você?
- sim...desculpe por fazer aquilo ao seu pai...
- meu pai é forte, não morreria fácil assim. Obrigado por me defender Marie.
- foi ele Hunter?
- ele o que?
- que fez isso nas suas costas...
- sim... Minha mãe morreu antes de eu nascer, então meu pai me tirou ainda com vida da barriga dela. Depois que eu completei cinco anos ele decidiu me treinar pra ser um soldado. Resumindo uma arma...e...sempre que eu não ia bem ele batia nas minhas costas com um chicote de espinhos, pra que eu me lembrasse daquilo e fizesse melhor na próxima. Só depois dos meus doze anos eu parei de apanhar . to com 17 agora, mesmo que estejam cicatrizadas, eu ainda sinto dor.
Assim que ele olha pra Marie ela está derramando inúmeras lágrimas parada com os olhos arregalados.
- por que você ta chorando Marie....? - Hunter pergunta assustado.
Assim que termina de falar é abraçado por Marie, enquanto ela começa a chorar mais ainda, e ele fica sem entender nada.
- sinto muito por essa dor que você carrega Hunter.... Deve ter sido difícil não poder ser uma criança normal, e não ter felicidades na vida. Eu sinto muito por isso... Queria ser capaz de curar as feridas do seu coração...
Hunter apenas ouve tudo aquilo surpreso, por que Marie era a primeira a se importar de verdade com ele... Apenas encostou a cabeça no ombro dela e aceitou o abraço, o primeiro que recebia na vida... E ela continuou chorando.