Meu Lorde

O abraço

Ao acordar, Hana estava sendo abraçada fortemente por Cociel, se sentia tão protegida, e sua dor havia passado. Estava molhada e já que era inverno mesmo com o corpo quente de Cociel ainda sentia um certo frio.
E cada vez mais e mais Cociel lhe apertava como se não quisesse mais soltar.
- Senhor, do jeito que está me apertando vou acabar morrendo de verdade...- Hana diz meio sufocada sorrindo.
- ainda bem que você está bem de novo, fiquei com medo que morresse. Acho que dessa vez me descuidei... desculpe.
Hana coloca a mão em seu rosto e levanta sua cabeça e olha em seus olhos...
- mas eu estou bem agora.... Olha pra mim... - ela sorri.
- é mesmo né... Vamos voltar?
- espere Cociel!! - ordena Yu-shuu.
-errado?
-traga a garota aqui...
Cociel se levanta junto com ela, mas Hana parece assustada pois nunca viu nada parecido com aquele sábio.
- não fique com medo Hana, ele é bondoso. - fala Cociel tentando deixá-la menos nervosa.
Yu-shuu segura a mão de Hana, e olha bem em direção ao seu rosto. Fecha os olhos e fica parado por cerca de um minuto. Nem o Lorde nem Hana entendem nada...apenas ficam em silêncio. O sábio então abre os olhos, parece confuso.
- você certamente será muito importante para todos dos três mundos garota, acabamos de salvar a vida da pedra mais preciosa que existe.
- o que você quer dizer com isso? - pergunta Cociel.
- um dia você saberá meu jovem imperador. -Como num passe de mágica Yu-shuu desaparece. Deixando os dois sem entender coisa alguma.
Voltam ao palácio, todos os criados estão à espera preocupado, pois tinham muito carinho por Hana, inclusive Daniel e Zorá.
- ainda bem que você não morreu, não sei o que faria se algo te acontecesse! - Daniel fala aliviado.
- não posso morrer e deixar meu irmão postiço cego sozinho, vamos sempre estar juntos. - Hana o abraça.
- muito bem garota, você precisa aprender a se defender, é mole demais pra viver conosco, nem sempre poderemos te proteger. - Zorá fala chateada.
- certo...pensei que nunca mais te veria também Nona- abraça Zorá também.
No dia seguinte, Zorá decide ensinar Hana a lutar, o que será um longo trabalho já que Hana nunca tocou em armas e era só uma garota ainda. Os dias vão se passando, Cociel sempre à observa da janela, o que o encanta já que ela se esforça incrívelmente pra se tornar forte, mais dias se passam, logo mais quatro meses se passaram, Hana era uma ótima lutadora, sabia manusear uma espada como alguém com anos de experiência. Seu treinamento estava terminado
Depois de jantar e voltar para o quarto, Cociel está lendo de forma concentrada, então ela fecha a porta devagar e se senta em seu futon.
- Hana, como estão suas mãos? - ele demonstra preocupação.
- ahh, err....- Hana não tinha percebido os calos que tinha feito durante tanto treinamento.- estão bem. Não se preocupe tá Senhor. Boa noite.- Ela se deita com um sorriso alegre pois estava feliz por Cociel se importar.
Já era primavera, as flores no campo estavam mais coloridas que nunca, o palácio estava mais animado com tantas cores. Depois de três dias seria o festival da raposa, e aniversário do imperador. Grandes preparativos estavam sendo feitos, toda a cidade estava animada pois eram sempre grandes comemorações.
Como sempre o Lorde estava no salão de pergaminhos escrevendo, Hana estava estudando, Benjamin então entra e parece querer conversar sério.
- Lorde Cociel, log logo o Senhor fará 29 anos, sei que está bem do jeito que está vivendo, mais o senhor precisa se casar. Todo imperador precisa de uma imperatriz, e mesmo que não queira, seu pai me deixou o dever de casá-lo.
- Benjamin, eu não quero me casar. Sou feliz vivendo assim.
Hana ouve tudo aquilo e começa a sentir seu peito doer.
- sinto muito. No seu aniversário o senhor irá conhecer a filha de um rei de uma província próxima. Dizem que ela é muito linda.
- eu não quero me casar, já disse.
- do jeito que este reino está a beira de um colapso com a ameaça dos escorpiões uma noiva seria uma boa opção pra acalma-los.
- me deixe pensar Benjamin, preciso de tempo......
- não demore, podemos ter mais fortalecimento com ajuda de um reino vizinho, pense no bem de todos que vivem aqui, por favor senhor.- Benjamin sai e fecha a porta.
Hana não consegue se mover, seus olhos estão pesados e sente um nó na garganta.
- ele fala como se eu não amasse meu povo haha- ri forçadamente.
Quando olha pra Hana, vê apenas seus longos cabelos cobrindo o rosto, e as lágrimas que pingam constantemente nas folhas.
- Hana, por que está chorando? - Cociel pergunto assustado.
- eu.....preciso....sair...com licença Senhor. - e sai correndo.
Enquanto corre ela sente uma tristeza sem fim em seu coração, não sabe pra onde ir. Não sabe o por que estava tão triste depois de saber que Cociel poderia se casar, além do mais não tinha nada com ele além de sua amizade. Como queria ter sua mãe ou suas irmãs ali pra perguntar o que devia fazer pra não se sentir tão triste. Fazia sete meses que estava com Cociel, e já tinham passado por várias coisas que vinham como um turbilhão de memórias atravessando seus pensamentos. A mais marcante era o abraço que ele havia dado quando ela quase morreu envenenada. Queria que ele à abraçasse naquele momento e ao mesmo tempo não queria olhar pra ele. Estava completamente perdida em Sua confusão mental e em seus sentimentos....