P.O.V Thomas

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Thomas se levanta enquanto Newt permanece adormecido em seus braços, ele tira seu braço lentamente e apoia a cabeça de Newt no travesseiro. Olha para o garoto adormecido e sabe que o garoto é importante até demais pra ele, ele suspira e pega sua jaqueta da cadeira, anda até a janela do garoto, observa a rua vazia e pula sua janela. Anda até o próximo quarteirão e avista sua moto inteirinha. Ele suspira em alívio e sobe na mesma.

– Onde você estava? – Pergunta Teresa ao ver Thomas entrar pela cozinha.

Mas que merda. Teresa nunca acorda tão cedo. Pelo menos não eram seus pais.

– Na casa do Newt.

Teresa sorri maliciosamente Thomas percebe seu cabelo molhado.

– Vai sair?

– Não. Eu perdi o sono mesmo.

Thomas pega a maçã que Teresa está comendo da mão da mesma e dá uma mordida.

– Você é uma estranha.

Teresa bufa e tenta tirar a maçã da mão do irmão, mas o mesmo não deixa, dando outra mordida.

– Garoto, você é um insuportável.

Thomas ama provocar a irmã, mas sabe que se não fosse por ela sua vida seria um inferno nessa casa.

– Também te amo. – Diz ele subindo as escadas.

Ele entra em seu quarto e tranca a porta como de costume, anda até o banheiro e tira suas roupas, liga o chuveiro, tomando seu banho quente e rápido. Provavelmente Newt não tenha acordado ainda. Pensa Thomas. Ele sai do box e enrola uma toalha na cintura, anda até o closet e veste uma skinny preta, veste a blusa que Newt havia emprestado a ele quando precisou voltar para o hospital, ela ainda tem o cheiro de Newt. Ele inspira fundo e sorri ao pensar no corpo do garoto. Ele desce depois de calçar seu tênis. Encontra seu pai tomando seu café preto e forte como de costume enquanto lê o jornal ignorando o que Teresa fala. Sua mãe está tomando seu café, muda como sempre.

– Você ouviu pai? – Pergunta ela.

Ele acena com a cabeça e toma mais um gole do café sem tirar os olhos do jornal. Thomas sente a raiva crescer dentro dele, sentia a vontade de falar umas verdades para o pai toda vez que ele fazia isso, ele não se importava quando Janson fazia isso com ele, mas com Teresa era insuportável para Thomas assistir. Teresa nota sua presença.

– Tom, você vai ver a Brenda hoje?

– Vou sim, depois da escola. – Diz Thomas.

Ele estende a mão para pegar a chave da moto, sua chave para a liberdade dessa casa fria, mas Janson a pega antes.

– Sem moto, sem carro também. – Diz ele em um tom frio.

Thomas não consegue acreditar no que o pai acaba de falar. Sem cartão de crédito ok, mas sua moto é a menina dos olhos dele. E seu pai sabia disso.

– O que? E como eu vou pra escola? – Pergunta Thomas indignado.

Janson levanta o olhar do jornal e o encara pela primeira vez no dia.

– Temos motorista pra isso. Te leva e te busca.

Thomas sente a vontade de gritar e seu sangue ferver.

– Pai, por favor. Não pode tirar a minha moto. Eu preciso...

– Poupe você mesmo de gastar a sua saliva comigo Thomas.

Thomas olha Teresa que suspira.

– Você também Teresa. O motorista leva os dois juntos.

Os dois estão mais indignados que uma torcida ao ver seu time perder. Mary lança o olhar de "eu vou conversar com ele, agora saiam daqui" para os filhos. Os dois saem porta a fora.

Bastard | Newtmas #Wattys2016Donde viven las historias. Descúbrelo ahora