Não, eu não estou triste.
Dessa vez, eu não deixei minh'alma se afogar
Em arrependimento, tristeza e desespero.
Dessa vez eu não estou triste.
Consegui segurar, consegui conter - por mais árdua que tenha sido essa tarefa
O que há por dentro. Consegui deter.
E por mais que minhas mãos calejadas doam, e o meu corpo grite na abstinência
Não lhe darei a sua única forma de escape. Dessa vez as lágrimas não cairão.
E se caírem, não serão de mágoa, e nem de sentimentos obscuros,
Se caírem serão provas de que eu estou vivo
Provas de que eu consegui conter o mais obscuro dos sentimentos suicidas.
Enquanto eu não puder controlar meu corpo, minh'alma ficará no escuro
Padecerá junto aos restos da minha dignidade,
Realizando, um sonho para mim, que é morrer
E padecer meu corpo ao carbono da terra.
Morrer, é de certa forma um alívio, um fim
Para minhas reencarnações diárias, que a vida me trouxe
Sobre as quais minhas mãos sangram, nos invernos dessa vida
Não posso deixar tomar conta de mim, este triste fim.
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A Filosofia da Morte
PoetryEssa obra é sobre a pequenez do ser humano, as sensações que abalam nossa existência, os amores, os desperdícios e os pensamentos que nos impedem de dormir. Sobretudo é uma confissão da minha existência, sobre a qual passa a narrar os meus dias mais...