XXI - Um soneto

10 1 0
                                    

Fúnebre sentimento de renascer
E saber que esteve morto por uma eternidade
Agressivo modo de se crescer
E perceber que de nada adianta a piedade

Deve-se deixar preencher pelas chamas
Ou pelo gelado sentimento de temor
De conseguir fazer o que tu mais amas
Ao fugir e mostrar a outrem, teu interior.

É como a passagem do inverno à primavera
É como subir até a parte mais externa da atmosfera
E pousar ao solo seguro e leve como uma pena

É obrigar os olhos a não fechar
E a boca a não calar
Mas principalmente, sonhar e fazer sonhar.

A Filosofia da MorteWhere stories live. Discover now