Essa noite compreendi que não sou invisível.
Essa noite compreendi que as luzes coloridas me fazem esquecer. As luzes e vários goles de uísque.
Essa noite compreendi que não há lábios como os de Louis. Não há beijos, não há caricias nem corpo como o seu, mas há outros disponíveis para consolar.
E acordei aqui. Em minha cama. Entre braços que não eram os dele, mas que me abraçavam com força. Senti um aroma que não era o meu, que não era o dele, mas que parecia doce e relaxante.
Tive uma noite de sexo. Não rápido e apaixonado. Não na sala, no tapete ou na cozinha. Uma noite de sexo na cama, lento, terno, cuidadoso.
Uma cabeleira loira se movia entre meu peito e uns olhos castanhos se abriram pesadamente. Olhei-lhe e sorri. Suas jovens bochechas se coloriram de um lindo tom rosado.
Shane. Seu nome é Shane e é um garoto de 18 anos. Tímido ao lado do balcão estava ele. E eu triste, perdido, e novamente decepcionado. Ao vê-lo foi como cruzar com minha própria insegurança. Toda inocência e ternura, o garoto me inspirou o necessário para leva-lo ao meu apartamento. Ele se deixou ser dominado facilmente e meu corpo logo cobriu o seu. Meu membro profanou sua virgem entrada e meu ego pisoteado levantou quando gemeu meu nome.
Foi lindo ser sua primeira vez. Ser a primeira ilusão de alguém.
— Olá – me sorriu. Mexi um pouco seu loiro e longo cabelo e sorri.
— Bom dia – respondi.
Nos levantamos e tomamos banho juntos. Voltei a fazê-lo meu e de seus lábios voltou a sair meu nome em um gemido de completo êxtase chegando ao orgasmo.
— Deus... – sussurrou Shane com a testa apoiada na parede de mosaico do meu banheiro.
Sorri e sai. Seguiu-me. Sequei seu corpo e senti que tinha em meus cuidados um pequeno garotinho. Fez-me feliz por umas horas. Doce e inocente. Entregado a mim.
— Espero te ver outra vez.
— Eu também espero, Shane.
Nos demos um ultimo beijo.
—Cuide-se Hazz.
E lhe vi pegar seu modesto carro verde escuro. Incrível que um homem vinte anos mais novo que eu já tenha um carro e eu, com medo da vida, não tenha.
Fechei a porta e me deixei cair de novo sobre o colchão de minha cama. Uma hora mais, só uma hora e iria trabalhar.
Encolho-me com o silencio. Minhas recordações estavam se escurecendo até se perder em algum lugar de minha mente. Olhos marrons e um emaranhado de cabelos loiros são o ultimo que vejo antes de cair dormindo.
* * *
Uma hora depois.
Disse a mim mesmo que iria ao meu trabalho em uma hora depois, mas quando abri meus olhos eram duas da tarde.
Molhei meu rosto e corri para a livraria.
Enquanto virava uma rua para ver meu objetivo a figura de minha mãe me surpreendeu. Tinha entre seus braços abraçando ao seu peito varias pastas com papeis que saiam destas. Estava de costas para mim e pensei que Gemma já tinha ido, mas não, antes de abrir a porta minha irmã a abriu e seu olhar me fez sentir pequeno de repente.
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F R A G I L E » larry
FanfictionUm locutor e um vendedor de livros. Duas vidas que se encontram. O que dói mais? Um déficit na genética ou no coração? Frágil. "... O sangue continua caindo. Não posso parar... Eu, Harry Styles, tenho hemofilia."