Capítulo 6

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Acordo morrendo de dor de cabeça, tento me mexer, mas parece que tem um peso me segurando na cama e não é o meu irmão, isso eu tenho certeza.

Assustada levando da cama em um pulo e dou um grito olhando para a pessoa que estava deitada comigo, fico em choque, é o Christian.

Com o meu grito ele levantou da cama rapidamente e pegou uma arma que estava em cima da mesinha de cabeceira da cama e apontou para mim, mas quando me viu ele relaxou e deixou a arma no lugar.

" Você ficou louca foi? " Ele grita perto de mim, fazendo minha cabeça latejar de dor.

" Não grita " Falo com a mão na cabeça para tentar abafar a voz dele que ainda ecoava na minha cabeça.

Não deveria ter bebido daquela forma, nunca bebi assim, só em alguns eventos que eu era obrigada a ir, e mesmo assim bebia apenas uma ou duas taças de champanhe.

" O que você está fazendo aqui? " Eu falo e observo ambiente, mas não reconheço onde eu estou, então observando melhor o ambiente em que estou, reformulo minha pergunta.

" Ou melhor o que eu estou fazendo aqui com você? " Pergunto olhando para ele.

" Você não se lembra?" Fala com um sorrisinho irritante na cara.

" Não, o que aconteceu ontem à noite?" Falo com medo da resposta, eu não posso ter transado com ele, não posso ter perdido minha virgindade assim.

"Nós dormimos juntos." Fala e sorri safado. Não isso não pode estar acontecendo.

" Nós...?" Pergunto com um nó na garganta.

"Sim." Fala simples e eu caio sentada na cama aos prantos, isso não pode está acontecendo.

Meu pai me mataria se soubesse que isso tinha acontecido, afinal o esforço para me manter longe de todos os meninos não é em vão para ele, e caso ele ao menos sonhasse com isso ele me mataria.

"Ei, o que houve por que você está chorando?" Ele pergunta vindo até mim.

" Eu era virgem, isso não pode estar acontecendo, papai vai me matar." Falo chorando sem parar.

" É mentira, eu estava brincando com você, nós não transamos." Olho para ele com raiva. Agora eu mato ele.

" Como você me fala isso então, você quer me matar do coração, seu idiota " Falo batendo nele que nem uma louca, tentando descontar o susto que ele me causou.

" Não sei porque se preocupar, amanhã é o nosso casamento e você vai ter quer dormir comigo de qualquer forma, mas pensando bem, dormir é uma coisa que não iremos fazer se é que me entende " Ele fala com cara de safado.

" Eu não vou dormir com você seu idiota, e nem fazer nada com você " Falo voltando a bater nele.

Ele segura os meus braços, jogando-me na cama e fica por cima de mim segurando meus braços a cima da minha cabeça.

Minha respiração começa a ficar irregular ao ver ele assim tão perto de mim.

" Você vai ser minha mulher, vamos dormir juntos sim e você vai implorar para isso acontecer, pode ter certeza." Fala quase me beijando.

" Você se acha né? Não vou implorar coisa nenhuma, idiota." Falo brava e ele sorri.

Cachorro.

" Vou te provar que estou certo, espere e verá." Fala me dando um selinho e indo para o banheiro que tinha no quarto.

Meus Deus que homem é esse. Preciso me controlar esse casamento é apenas um contrato, não é real.

Levanto-me da cama, pego a minha roupa que estava no pé da cama e me visto, só agora que percebi que eu estava apenas com uma camisa masculina que deve ser do Christian.

Não quero nem imaginar ele tirando o vestido que eu estava e colocando uma camisa dele, pego o meu sapato que estava jogado ao pé da cama e calço.

Depois de vestida, estou quase saindo do quarto, mas paro quando escuto meu celular tocando, sei que é o meu, pois reconheço o toque dele, corro até uma poltrona do quarto que está a minha bolsa.

Abro a bolsa e vejo meu pai ligando, agora que eu estou lascada. Atendo o celular até com medo do que vou ouvir dele.

" Alô? " Atendo já afastando o celular do meu ouvido.

" ONDE DIABOS VOCÊ SE METEU ISABELE? " É a primeira coisa que escuto quando atendo, o que faz minha cabeça latejar de dor.

" Não grita papai " Falo.

" NÃO GRITA? COMO NÃO GRITA. VOCÊ SAIU DE CASA ONTEM E ATÉ AGORA NÃO VOLTOU "

Ele grita tanto que tenho que afastar meu celular para não ficar surda.

" Pai, eu já vou para casa, não se preocupe "

" FALA ONDE VOCÊ ESTÁ QUE EU VOU LHE BUSCAR AGORA ISABELE, ANTES QUE EU PERCA O RESTO DE PACIÊNCIA QUE AINDA TENHO "

Ele fala, mas antes que eu possa responder o celular é arrancado da minha mão.

" Não se preocupe senhor, ela está comigo." Christian fala e começa a conversar com meu pai.

5 minutos depois ele desliga a chamada e me devolve o celular.

" Desça o café já deve estar pronto, depois que comer vamos embora."

Não falo nada, apenas desço para cozinha e encontro uma mesa cheia de comida, o que eu acho exagero para duas pessoas, eu como alguns pães de queijo e tomo um suco de laranja.

Não demora muito e Christian desce, ele toma apenas um café preto em silêncio total.

" Vamos embora." Fala grosseiramente e vai em direção a garagem, eu claro que o sigo já que não conheço nada dessa casa, nem me lembro como cheguei aqui ontem, e meu pai não pode nem sonhar uma coisa dessa.

O caminho inteiro para a casa dos pais dele foi feito em silêncio, escutávamos apenas o som do rádio, eu não falei nada, muito menos ele que permaneceu com aquela cara de bunda. Assim que ele estaciona na frente da casa dos seus pais, ele vira para mim.

" Desculpe pela brincadeira de hoje cedo, não quis te assustar." Fala sorrindo e sai do carro. Caramba ele é bipolar só pode, penso saindo carro também.

***


Os Filhos Da MáfiaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum