Capítulo 31

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Acordei e não sabia onde eu estava, mas a julgar pela claridade do quarto eu deveria está no hospital.

Tento me recordar exatamente do que aconteceu ontem e aos poucos vou me lembrando de algumas coisas e de alguns flashes da noite passada.

Eu não querendo falar com o Christian, e depois a dor quando  tentei me levantar, a Emma e o Gustavo me ajudando e depois de um tempo eu apaguei.

E olha eu aqui de novo em um quarto de hospital.

Olho para o meu braço onde uma agulha estava me incomodando, mas quando vou tentar tirar ela uma mão me para.

"Não faça isso Izy, você precisa desse soro " Fala minha  mãe com a sua voz doce.

Ela passa as mãos pelos meus cabelos, fazendo carinho neles, da mesma forma de quando eu era criança, e posso afirmar que eu senti saudades desses carinhos.

" O que eu ainda estou fazendo aqui? Por quanto tempo eu apaguei? " Pergunto, pois minha mente não estava me deixando raciocinar direito, minha cabeça doía, pelo menos aquela outra dor não estava mais presente.

" Aconteceu que você passou mal durante a festa e veio para cá " Minha mãe me fala.

" Mas o que eu tenho? " Pergunto, fazendo com que ela desviasse o olhar.

" Descansa meu amor, depois a gente conversa " Ela fala se afastando.

" Mas mãe, eu quero saber o que aconteceu, é alguma coisa grave? Conta por favor! " Falo realmente preocupada.

" Não precisa se preocupar, depois a gente conversa, tudo bem? " Mamãe me pergunta.

" Tudo bem então " Eu falo para a minha mãe, mesmo não estando totalmente convencida.

" Você está com fome meu amor? " Ela me pergunta.

" Um pouco mamãe, mas minha cabeça ainda está doendo, e não aguento mais esse soro,ele está me incomodando, quando vou poder tirar isso? " Pergunto.

" Só quando a médica deixar, ela disse que você estava um pouco desidratada, mas vou pedir para trazerem alguma coisa para você comer " Minha mãe fala saindo do quarto e me deixando sozinha.

Eu estava quase dormindo novamente, quando minha mãe entrou acompanhada de uma enfermeira, ela veio até mim e perguntou como eu estava.

Eu disse para ela que estava com dor de cabeça, mas ela me garantiu que era normal, pois eu tinha bebido, ela também tirou o soro me deixando contente, ela disse que depois voltaria para colocar outro, o que eu já não gostei muito, e disse também que logo alguém iria trazer alguma coisa para eu comer.

Na verdade eu estava com muita fome, pois não tinha conseguido comer nada na festa, mas assim que a comida chegou não conseguir comer nada, pois só de olhar para aquela sopa eu já fiquei enjoada.

E assim que o cheiro da sopa chegou onde eu estava, uma ânsia subiu pela minha garganta, e sorte que a enfermeira já havia retirado o soro, pois eu corri para o lugar que eu achava que era o banheiro, e por sorte era mesmo, e vomitei tudo que tinha no meu estômago e aquilo que também não tinha.

Sinto alguém puxando meus cabelos para longe do meu rosto, mas não me viro para ver quem era.

Quando parei de vomitar, fui tentar levantar, mas uma tontura quase me derrubou, e eu tive que me segurar na pessoa que estava comigo no banheiro, percebendo que a pessoa era minha mãe.

" O que foi querida, está tudo bem? " Ela pergunta ainda me segurando.

" Mais ou menos, mamãe, parece que cabeça está girando, e eu estou me sentindo fraca " Falo para ela.

" Vem descansar filha " Ela fala, mas antes de me levar para o quarto eu tive que escovar os meus dentes, para sair o gosto ruim da minha boca, só depois que ela me leva para o quarto e me ajuda a deitar.

Quando eu já estava  deitada, ela apertou um botão que tinha perto da minha cama, e algum tempo depois entra uma mulher que aparenta ter uns 25 anos por  aí.

Ela vem na minha direção e pergunta o que tinha acontecido, e minha mãe explica o que aconteceu.

Eu não tinha nem forças para falar nada direito, eu nunca tinha me sentido assim, parecia que minhas forças tinham sido sugadas.

A médica então vem na minha direção.

" Vou aplicar lhe uma bolsa de soro, pois você está muito  pálida, e caso você não melhore, vamos fazer outros exames para saber como anda você e os seus  bebês, tudo bem? " Ela fala me fazendo arregalar os olhos quando ela cita " bebês " ? Que  bebês, eu não estou  grávida ou estou? " Penso.

" Que  bebês? " Eu falo ainda em choque.

" Você ainda não sabe" Ela fala olhando para minha  mãe, e a mesma nega com a  cabeça. " Eu não sabia, desculpe " Ela fala.

" Não tem problema doutora, eu ia contar " Minha mãe fala.

" Bom, então quando esse soro terminar eu venho avaliar como você está tudo bem Isabele? " A médica me pergunta e eu apenas confirmo, incapaz de falar mais alguma coisa.

Quando a médica sai, minha mãe vira a sua atenção para mim.

" Filha?" Ela fala.

" Eu não quero conversar agora, estou cansada " Falo para ela, e não era porque eu estava com raiva, mas sim porque eu queria ficar um pouco sozinha.

" Tudo bem então, descansa amor e depois eu volto tudo bem? " Ela fala.

" Tudo bem " Falo e antes que ela saia eu a chamo.

" Mãe?" Eu falo e ela me olha. " Amo você " Falo antes que ela saia.

" Eu também querida, agora descansa " Ela fala deixando um beijo na minha testa.

E eu fico pensando que no que a médica disse.

Eu estava grávida, meus Deus, eu nunca imaginei ser mãe tão cedo e ainda por cima de gêmeos.

Lembro da conversa com minha mãe, logo depois que me casei, eu disse que estava com medo de ser mãe e ela disse que eu não precisa ficar com medo, pois quando eu fosse mãe eu iria saber como é boa a sensação e eu descobri isso agora e mesmo assim não penso em abandonar meus  bebês.

Eu nem acredito nisso, penso levando minhas mãos até minha barriga ainda plana e a acariciando.

Sorrio com isso, pois são os meus filhos, meus e do Christian.

E por falar nele, será que ele sabe que eu estou grávida? 

Era isso que eu queria saber.

Os Filhos Da MáfiaWhere stories live. Discover now