O Dono e A Empregada

Por que mãe ?

"Derramei uma lágrima porque estou sentindo sua falta
Ainda não me sinto bem o suficiente para sorrir
Garota, eu penso em você todos os dias agora
Houve um tempo que eu não tinha certeza
Mas você acalmou minha mente Não há duvida, você está em meu coração agora"
Paciência - Guns & Roses
🔫&🌹

***

E estranho, você está andando em um lugar, saber para onde você quer ir mas não saber ao certo chegar lá. Ou simplesmente saber que você tem que ir para aquele lugar, mas não não poder voltar, ou melhor, não querer voltar.

Uma fina chuva caia sobre o chão, eu já não me importava mais com o fato de estar encharcada, ou como muitos gostam de dizer, totalmente molhada.

A única coisa que se passava na minha cabeça era por que o Kaique tinha terminado daquele jeito comigo, seria uma competição entre ele e o Eduardo?
Ou eu era apenas mais um dos casinhos dele como a Letícia?
Ou pior, será que ele havia terminado comigo, porque tinha outra ou outro?
Seria ele gay?
A quem eu estou tentando enganar, está doendo, é muito ficar longe do Kaique. Por mais que eu não queira proferir me vejo obrigada a dizer,
Eu ainda o amo, como sei nunca vou amar ninguém, eu ainda o amo de uma forma estranhamente estranha, eu ainda o quero do meu lado, ao menos uma última vez.

E em pensar quão burra eu fui, de ter me entregado de novo para o cara errado. Por ter dito mais uma vez um "Eu Te Amo" e ter saído dessa forma de casa. Sem pensar muito, ou pesando em tudo e me preocupando com nada.

Respirei aliviada por vê que já estava na rua de casa, mas também senti o meu coração se aperta, eu não queria entrar naquela casa. Eu só não queria ter quer da de cara com o Kaique novamente.

Enfim entrei naquela casa me sentindo pela primeira vez, não vazia, não diminuída como muitas vezes, mas sim... Desapontada?

- Desculpa - alguém esbarra no meu ombro

Olho para a pessoa ainda estática e parada contra a porta. E como o meu subconsciente já imaginava, mas pedia com toda as força para não ser. Era o Kaique.
Ele estava todo arrumado, todas as suas tatuagens estavam em evidência, uma regata branca, uma calça preta preta rasgada, e um grande sorriso cínico no rosto.

"Como ele pode está tão bem?
Terminamos ontem a noite... E ele já está assim"

- Quando minha mãe chegar, avise-a que eu fui sair com a Letícia.

- Leee-ti- c-cia?

- Está surda agora, Carol? - ele disse de maneira seca e logo saiu.

Quando percebi lágrimas quentes já rolavam o meu rosto, eu só queria sumir, desaparecer, evaporar, sei lá, ir para outra galáxia.

Corri o mais rápido que eu pude até o meu quarto, minha única intenção era enfiar minha cabeça no travesseiro e esquecer por fim que eu sou, para amanhã quem sabe recomeçar, quem sabe sair com outro cara e da um fim em toda essa minha louca história com o Kaique.

Abri a porta do quarto, as luzes estava acessas, o clima, não se como explicar mas estava diferente.
Olho rapidamente para a cama, e lá estava minha mãe, que tentava por sua roupa desesperadamente, e logo ao seu lado, o sr. Felipe, ele estava apenas de calça, seu abdômen por incrível que pareça definido, estava totalmente exposto.

- Mãe? - disse espantada, deixando novas lágrimas se formarem em meu rosto.

- Filha, eu posso e-xx-pli-pli-car - ela diz de forma desesperada