Tu és tão casmurra

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Matilde


    O André acabou de me beijar. Os lábios dele sabem aos chocolates que comemos durante o caminho. Porque é que eu estou a apreciar o beijo. Eu gosto dele. Mas isto não devia ter acontecido. Decido parar o beijo e afasto os nossos lábios.

    -André- digo olhando-o nos olhos- isto não devia ter acontecido.

    -Eu sei, Matilde, mas eu não aguentei- diz o moreno agarrando a minha mão.

    -Não aguentaste o quê?- pergunto a medo. Eu gosto dele.

    -Eu sei que não devia, Matilde. Mas eu gosto de ti. Tu gostas de mim?

    -Tu só podes estar a gozar. Como é que tu me perguntas isso? Tu namoras com a minha prima.

    -Isso resolve-se. Mas eu só quero saber o que tu sentes. O que é que sentiste com o beijo?- pergunta aproximando-se mais de mim.

    -André...

    -Matilde. André- dizem o Afonso e a Maria ao chegarem à nossa beira. Salva.

   -Onde é que vocês estavam?- pergunto desviando o olhar do André e ouço-o a bufar.

   -Nós perdemo-nos na confusão. Mas já vos encontrá-mos- diz Maria.

   -Vamos almoçar?- pergunta Afonso.

   Começamos a andar e a Maria vem ter comigo.

   -Porque é que não estás à beira do Andrézinho?- pergunta.

   -O André beijou-me- digo tirando um grande peso de cima dos meus ombros.

   -Isso é ótimo, amiga. É sinal que ele sente o mesmo por ti.

   -Ele namora com a Inês.

   -O que é que ele disse?

   -Ele perguntou-me se eu gostava dele.

   -E tu?

   -Eu não disse nada. Vocês chegaram entretanto.

   -Tu és tão casmurra.

Algumas horas depois

    Já é de noite, já jantámos e já chegamos ao hotel. O André não me falou mais durante todo o dia. Acho que já fiz merda. A Inês e o João estão melhores e já foram dormir. Estou neste momento a falar com a Maria.

     -E depois a burra sou eu. Quer dizer, o Afonso tenta beijar-te e tu viras a cara para veres os patos no rio. Só pode ser para rir.

     -Ao menos não sou eu que recebo uma declaração e depois deixo o rapaz no vácuo- diz e nesse preciso momento batem à porta.

     Vou abrir e vejo o André à porta.

     -Podemos falar?- pergunta com um ar triste. Olho para a Maria.

    -Eu vou ter com o Afonso- diz levantando-se da cama e saindo- Vocês têm muito que falar.

    -Entra- digo para o André fechando depois a porta.

    -Matilde. Tu ainda não me respondeste- diz caminhando para o meio do quarto.

    -O que é que queres que te diga, André?- pergunto caminhando para a beira dele.

    -Sei lá. Diz que me amas, ou então diz que me odeias. Mas diz alguma coisa, Matilde. Eu gosto de ti, porra.

    -André. Eu também gosto de ti- digo e André puxa-me pela cintura e encosta-me a si, acaraciando-me a bochecha e encosta as nossas caras tentando começar um beijo, mas eu baixo a cabeça encostando-a ao seu peito- Mas não pode acontecer nada entre nós- digo com a voz a fraquejar.

    -Eu sei que namoro com a Inês, mas eu vou acabar com ela mal cheguemos a Portugal. Eu sou doido por ti, Matilde. Não me faças isto. Não nos faças isto.

    -Eu não quero fazer isto André- digo abraçando-o com mais força. Eu gosto mesmo dele, gosto a sério- Eu também sou doida por ti.

    -Então vamos ficar juntos, mas vamos fazer isto bem feito- diz unindo os nosso lábios num beijo perfeito.

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    Desculpem o capítulo estar mais pequeno do que o habitual, mas espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de o escrever.



    



 

   


Oops...I love you- André Silvaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن