É bem André

990 48 2
                                    

-Desculpa, Inês- digo após a chapada- Mas não tinhas nada que me chamar o que me chamaste.

-Eu odeio-te- diz e depois dá-me um estalo ainda mais forte do que o que eu lhe dei.

-Pára, Inês- diz o Tomás agarrando a prima.

-Tinhas que vir defender a tua prima querida não é?- diz gritando com o Tomás e levantando-lhe a mão.

-Estás parva. Deixa o Tommy em paz- digo pondo-me à frente do meu primo.

-Parem, meninas- dizem os nossos pais.

-Vocês não percebem que esta cabra quer acabar com tudo o que eu tenho de bom?

-Pára de tratar assim a tua prima- diz o meu avô.

-Eu vou para casa-digo saindo e indo a pé até casa.

No dia seguinte

Eu tenho que falar com o André, mas ele hoje tem jogo e eu não o quero desconcentrar é melhor esperar pelo fim do jogo para falar com ele. Já para não falar que vou ver o jogo ao estádio e vou ficar a fazer de vela., porque o Afonso e a Maria vão estar aos beijos como já era de esperar.

Chego ao estádio e já está quase na hora do início do jogo. Decido mandar uma mensagem ao André para lhe desejar boa sorte.

Eu: Boa sorte para o jogo. Lembra-te que vou estar sempre aqui nos bons e nos maus momentos. Amo-te.

Bae ( André): Obrigado, baby. Amo-te muito. Vem ter comigo ao balneário no fim do jogo.

Guardo o telemóvel e o jogo começa. No fim do jogo estou super feliz, o Porto ganhou com um golo do meu amor, um golo do Óliver e um do Marcano. Grande jogo de uma grande equipa. Como o André disse vou ter com ele ao balneário.

-Estão todos vestidos? Posso entrar?- digo batendo à porta.

-Podes, baby- diz o André abrindo a porta.- Pessoal. Eu quero apresentar-vos a minha namorada, a Matilde- diz dando-me um beijo e fazendo-me corar.

-É bem André. Parece que termos ido ao aniversário da menina deu um empurrão na relação- diz Otávio rindo e o André faz-lhe uma careta. Estes dois são tudo. Já tenho saudades de os ver a jogar juntos.

-Estás bem, Matilde?- pergunta André ao meu ouvido.

Apenas faço que sim com a cabeça mas ele não ficou muito convencido.

Já em casa do André

-André, eu preciso de falar contigo- digo mal entramos.

-Eu sei o que aconteceu. O teu primo mandou-me uma mensagem mal saímos do balneário. Eu não acredito que ela te bateu- diz abraçando-me.

-Eu bati-lhe primeiro- digo afastando-me.

-Ela não tinha nada que te ter chamado o que chamou. Eu amo-te a ti e não tem nada a ver com te teres atirado a mim, pois não o fizeste.

-Eu também te amo André, mas eu não consigo fazer mais isto- digo quase a chorar-

-O que é que queres dizer com isso?- pergunta confuso.

-Eu tenho um peso demasiado grande na consciência, André. Eu não quero perder a minha prima e não lhe quero estragar a felicidade. É melhor acabarmos, André- digo já a chorar.

-Não, Matilde, eu não quero acabar. Eu não vou voltar para ela só para ela ser feliz. Eu amo-te mais do que tudo. Tu não podes sacrificar a tua felicidade por ela.

-Desculpa, André. Mas tem de ser. Acredita que eu te amo mais do que tudo, mas eu não consigo continuar assim.

-Preferes ficar infeliz e fazer-me infeliz? Tu não me podes fazer isto, Matilde. Não nos podes fazer isto. Eu nunca senti nada tão forte por  ninguém.

-Eu também não, André. Mas acabou- digo saindo de casa dele a chorar.


Oops...I love you- André SilvaWhere stories live. Discover now