malta vamos lá

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Matilde

Estou em casa a fazer a mala, pois amanhã vamos para o Hawaii, quando tocam à campaínha e espero que a minha mãe vá abrir, o que acontece, visto que passado uns minutos alguém bate à porta.

-Posso?- oiço a voz do Diogo e logo a porta é aberta.

-Claro- digo e o Diogo entra beijando-me e eu afasto-o rapidamente.

-Matilde, porque é que me andas a ignorar, juro que não percebo- diz olhando para mim.

-Eu não te ando a ignorar, Diogo, eu só tenho andado ocupada com a escola e agora com isto da viagem não tenho tido muito tempo- digo tentando desviar o assunto.

-Eu sei que não é só isso, Matilde. Tu estás diferente. As coisas entre nós estão diferentes. Passou-se alguma coisa?

-Eu não sei como te dizer isto, Diogo- digo com a voz trémula.

-Tem alguma coisa a ver com o André, não tem, Matilde?

-Tem. Desculpa- digo.

-Desculpa o quê? O que é que aconteceu entre vocês?

-Nós envolvemo-nos- digo a medo.

-Vocês o quê? Eu não acredito que vocês foram para a cama nas minhas costas. Eu pensava que tu eras diferente, Matilde. Eu pensava que tu eras melhor do que as outras, mas parece que ninguém resiste ao menino lindo, não é verdade.

-Não tem nada a ver com isso, Diogo. Tu sabes que nós temos uma história.

-Pois, claro. E eu sou o quê? Um tapa-buracos? Poupa-me, Matilde. Eu nunca mais te quero ver à frente.

-Não digas isso- digo quase a chorar.

-Digo isso e digo pior. Quando eu apanhar o cabrão do André à minha frente ele vai pagá-las- diz saindo porta fora.

No dia seguinte

Estamos (eu, a Maria, o Afonso e o André) agora em casa do André, pois dentro de momentos vamos sair para o aeroporto para apanharmos o avião. A Maria e o Afonso estão aos beijos, como sempre. Eu adoro-os tanto, nota-se que eles estão mesmo felizes. O André está estranho desde que me ouviu contar à Maria que eu e o Diogo tínhamos acabado. Ora não para de olhar para mim, ora nem para mim olha. Eu não sei se algum dia a nossa relação vai voltar a ser o que era. Nós quebrámos a confiança que tínhamos um pelo outro, embora o que sentimos continue a ser o mesmo, as circunstâncias mudaram e eu sinceramente nem sei o que pensar.

-Pombinhos, desculpem interromper mas temos que ir- digo falando para os meus melhores amigos.

-Sim, malta vamos lá- diz o André abrindo a porta, mas no momento em que sai porta fora leva um murro. Era o que mais me faltava.


Oops...I love you- André SilvaWhere stories live. Discover now