Onde está a Matilde?

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André

Estou neste momento como Afonso em casa. Já passaram quase 3 horas e nem a Matilde, nem a Maria ligaram a dizer que chegaram bem. Já lhes ligámos não sei quantas vezes e os telemóveis estão desligados. Eu e o meu irmão estamos a ficar seriamente preocupados e a a entrar em pânico. De repente o telemóvel do Afonso toca e ele rapidamente atende:

-Maria, aleluia. Está tudo bem?- pergunta pondo em alta voz.

-Afonso, meu amor- diz a chorar.

-O que foi Maria? Porque é que estás a chorar?  Onde é que estás?- pergunta o meu irmão.

-Eu estou no hospital, venham aqui ter. Tu e o André.

-Mas o que é que se passou?- interrompo- A Matilde?

-Venham aqui ter- diz a chorar.

Já no hospital

Entramos no quarto em que a Maria está. O Afonso vai logo abraçar a namorada. Está também lá a polícia, o que eu não percebo.

-Estás bem, princesa?- pergunta o meu irmão dando um beijo na testa da namorada- Não te aconteceu nada?

-A mim não- diz a chorar.

-Onde está a Matilde?- pergunto já ansioso.

-A Matilde- diz tremendo.

-Tenha calma, conte-nos tudo o que se passou calmamente- diz um dos polícias.

-Nós saímos de vossa casa- diz apontando para nós- e começámos a caminhar até minha casa e já íamos a meio do caminho quando apareceu, um homem com a cara tapada, não conhecia a voz dele. E ele agarrou a Matilde e tentou levá-la à força e ela tentou bater-lhe e não resultou. Então eu meti-me e tentei agredir o homem, mas ele mandou-me um murro na cabeça e ficou tudo preto. Acordei com uma senhora que me trouxe para o hospital, mas a Matilde foi levada. Raptaram a Matilde, Afonso, levaram a minha melhor amiga- diz abraçando-se ao meu irmão a chorar.

Eu não me consigo controlar as lágrimas começam a cair do meus olhos e a escorrer pelo meu rosto. O Afonso abraça-me.

-Tem calma, André tudo se vai resolver- tenta acalmar-me.

-Não, não vai. Um gajo qualquer levou a minha miúda, o amor da minha vida, e sei lá o que lhe vai fazer- digo a gritar e a chorar.

-Pela sua descrição, lamentamos informar, mas de facto trata-se de rapto- diz um dos polícias- Lamentamos muito.

-Eu faço o que for preciso, eu pago o resgate, mas não me venha dizer que lamenta muito, porque não é a sua namorada, a sua mulher- digo seco.

-Compreendemos como se sente, mas pedimos que tenha calma. Não foi pedido um resgate, por isso não podemos fazer nada, mas visto que a Matilde é maior de idade só poderemos ativar uma equipa de resgate dentro de 24 horas- diz o polícia mais arrogante.

-Mas os senhores são surdos? Não ouviram o que eu disse, ela foi levada à força por um homem e vocês estão a insinuar que ela foi por livre e espontânea vontade?- pergunta a Maria.

-São os protocolos que não podemos quebrar- diz o mesmo arrogante.

-E enquanto isso a minha namorada está com um tarado qualquer que lá sei o que lhe quer fazer. Por favor, eu pago o que for preciso para a ter de volta- digo já enervado.

-Não se trata de dinheiro. É o processo habitual.

-Eu quero que os protocolos vão para um sítio que eu cá sei, que não é apropriado para dizer à frente dos senhores, mas eu juro que se os senhores não começam o resgate podem ter a certeza que eu lhes vou por um processo em cima- digo a gritar.

-Muito bem. Vamos começar as medidas para o resgate- diz o polícia que me parece mais humano dos dois. Juro que se este não se metia o outro levava porrada.

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Olá, olá. Palpites? Quem será o homem? Espero que estejam a gostar.


Oops...I love you- André SilvaWhere stories live. Discover now