28 - Revival

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N/A: Hey, guys! A gente espera, de todo coração, que ninguém tenha esperado por muito tempo HAHAHAHA Aqui está mais um da nossa querida Águas de Março e, como brinde, uma foto da carioca mais cobiçada de todas. Curtam mais esse. Enjoy(:

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LAUREN POV


"A minha vida era só melancolia

Até você me aparecer um dia

Como se fosse uma rosa fugidia

Fez dos meus sonhos esta louca fantasia"

- Marisa Monte


Quando levantei às seis pra tomar um café, notei que enfim o tempo tinha fechado. Nuvens negras tampavam o sol, deixando a Cidade Maravilhosa cinza, uma rajada de vento fazia as janelas do apartamento tremerem. Me espreguicei com os pés para fora da cama e me arrepiei ao tocar o chão de porcelanato gelado graças ao ar-condicionado. Camila não tinha passado a noite comigo, precisou ir pra casa preparar suas coisas da faculdade.

- Não se preocupe, amor, não vamos ficar sem nos ver por muito tempo, posso dormir na sua casa alguns dias.

Foi o que ela disse antes de me dar um beijo e ir embora na noite anterior, me deixando sozinha e já morrendo de saudade do calor do seu corpo. Não imaginava que seria tão difícil ficar uma noite sem ela, mas o costume e a convivência já estavam me deixando mal-acostumada. Camila era a melhor coisa que já tinha acontecido comigo em muitos anos e eu não conseguia segurar a vontade de tê-la por perto vinte e quatro horas por dia, era como um vício bem perigoso, onde a abstinência mostrava-se tão pesada quanto a de heroína. O sorriso dela era o que me dava toda energia para levantar e encarar mais um dia cansativo na empresa. Resumindo, Camila era a minha fonte de alegria por tempo integral, meu ponto focal quando sem ela por perto eu era apenas uma florzinha murcha.

- Quem te viu, quem te vê, Lauren Jauregui. – falei comigo mesma através do reflexo no espelho do banheiro. – Olhe só pra você, quem diria que estaria tão envolvida com alguém depois da péssima experiência no passado? Olhe só! Estou orgulhosa.

Geralmente eu gostava de me auto parabenizar por algo, era bom me sentir feliz comigo mesma. O costume de ser assim tinha motivo; sem minha família por perto enquanto morei em Washington e com uma namorada que não gostava muito do que eu fazia, eu não tinha com quem comemorar. Portanto, não me sentia estranha por vibrar sozinha quando conseguia algo muito bom. Outra coisa que fazia com muita frequência era dar bons conselhos a mim mesma, mas raramente os seguia, exatamente como Alice no País das Maravilhas. Me sentia ótima aconselhando amigos, mas se eu tivesse seguido metade do que falei para muitos deles, teria me livrado de Valerie muito antes do esperado.

Águas de MarçoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora