Obsession - Livro 1 [REVISANDO]

6. CONFISSÃO

TRAVIS

Hoje a empresa estava a todo vapor, principalmente o pessoal do administrativo, os responsáveis pelo baile de máscaras que ocorrerá hoje a noite, uma hora após o fim do expediente.

Quando o diretor do setor da administração veio falar comigo, pedindo minha permissão para que o seu pessoal pudesse organizar uma festa para comemorar o halloween, nem pensei duas vezes para permitir, pois, sempre levei em consideração aquele ditado sem pé e sem cabeça do meu pai que ele sempre dizia: "Seja um chefe compreensível e amigo de seus funcionários, porque assim, quando estiver em uma situação muito difícil, independente de sua decisão, eles irão te entender e irão apoiá-lo no que for preciso."

É por isso que, de vez em quando, permito que meus funcionários façam festas comemorativas uma vez ou outra que caibam dentro de nosso orçamento. Considero-me um chefe bacana, igual ao meu pai foi um dia, no entanto, em situações que é preciso que eu seja um chefe mais duro e rigoroso, sou cinco vezes pior de que meu pai.

Faltava poucos minutos para o horário do almoço e eu já havia arrumado a mesinha de centro para que eu e Nicoletti pudéssemos comer. Talvez eu esteja sendo um perfeito egoísta em não querer saber se é isso que ela realmente deseja, almoçar em minha sala, comigo ou ir ao um restaurante comer sozinha ou na companhia de uma outra pessoa. De qualquer maneira, tinha medo de perguntar e ela escolher a segunda opção, pois essa era a única maneira que encontrei de passar um tempo ao seu lado, para poder seguir tranquilo durante o trabalho.

Maricá dramática

O filha da puta do meu subconsciente me acusou.

Dane-se você!

Os três dias inteiros que passei ao lado dela, não fora o suficiente. Principalmente depois de provar o gosto doce e suave de sua boca. E cá entre nós, ter autocontrole para não agarrá-la estava sendo um puta trabalho forçado do caralho.

Sempre me pegava imaginando beijando, explorando e adorando, não só a sua boca carnuda, mas sim todo o seu corpo.

Definitivamente, Nicoletti Blanchot é a pior das piores drogas mais viciante que possa existir, porém, uma droga que sou incapacitado de ficar longe.

Após deixar tudo pronto para o nosso almoço, praticamente corri até a porta abrindo-a com uma brutalidade desnecessária. Porém, logo uma tristeza súbita me tomou ao ver a mesa da minha morena vazia.

É, acho que hoje terei que almoçar sozinho.

Sabia que estava sendo um filha da puta egoísta em mantê-la ao meu lado a cada maldita chance que tinha. Deveria fazer igual à uma pessoa normal e lhe perguntar se ela gostaria de minha companhia para o almoço, mas não, eu preferi forçá-la a fazer isso do que fazer a porra da pergunta.