18. ENERVADO

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TRAVIS

Fora o pesadelo que Nicoletti teve no meio da noite com o monstro do pai, e minha falha missão de pelo menos fechar os olhos e descansar um pouco, tudo ocorreu bem

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Fora o pesadelo que Nicoletti teve no meio da noite com o monstro do pai, e minha falha missão de pelo menos fechar os olhos e descansar um pouco, tudo ocorreu bem. Como eu havia prometido a ela, não sai de seu lado um minuto sequer, nem mesmo para ir ao banheiro. Mantive-a em meus braços, segura, durante toda a noite, sempre apertando-a levemente uma vez ou outra numa tentativa de lhe dizer que eu ainda estava ali, com ela e por ela.

Quando os primeiros raios de sol atravessaram a cortina da janela da sala e entraram pela porta entreaberta do quarto, eu ainda queimava de raiva, desejando socar a cara do Henry e do Pietro — mais ainda de Pietro — até deixá-los inconsciente e se possível, em coma.

Com o braço livre alcancei o celular no criado mudo e mandei uma mensagem para o detetive Balthazar, questionando-o se ele já descobriu algo. Voltei o celular no criado aguardando pela a sua resposta, e abracei Nicoletti mais apertado, trazendo-a para mais perto de meu corpo — se é que era possível. Fechei os olhos pela milésima vez e tentei ao menos descansar por alguns segundos. Porém, o ódio que borbulhava nas minhas veias não me deixavam descansar e eu desconfiava que eu só teria paz quando matasse o responsável pelo o meu ódio.

As horas seguintes passou o mais lenta possível e Nicoletti ainda dormia tranquilamente em meus braços, por mim ficaríamos o dia todo na cama, mas eu havia feito planos com ela de passearmos em Berlim, e além do mais, não queria que ela ficasse relembrando da noite passada e da noite que aquele homem a machucou, sendo que eu poderia reverter a situação. Peguei o telefone ao meu lado e apertei o botão que ligava diretamente para a cozinha do hotel, pedi que trouxessem o cardápio do dia e que deixasse o carrinho com o nosso café da manhã na sala, sem precisão de bater na porta. Minutos mais tarde, um rapaz avisou da porta do quarto que ele havia trazido o café e posto a mesa para nós, agradeci e logo ele se retirou.

Em seguida, a contragosto, acordei Nicoletti para comer, ainda sonolenta ela murmurou sobre não estar com fome por causa das taças de vinho tinto que bebeu ontem na festa. No entanto, consegui convencê-la de pelo menos forrar o estômago com um corpo de leite morno e um pedaço pequeno de croissant de queijo.

— Não podemos apenas ficar deitados aqui, abraçadinhos do jeito que estamos? — pediu, a voz ainda meio grogue do sono. A mão que alisava meu peitoral por de baixo da camisa, desceu para a minha cintura enlaçando-a para um abraço.

— Já são quase onze horas, mon cher. Você não quer ir mais a àquele restaurante?

— O Fischers Fritz, aquele romântico do qual falei ontem? — ela levanta-se, apoiando todo o seu peso no antebraço direito e me olha com os olhinhos brilhando ao perguntar.

Balanço a cabeça confirmando.

— Podemos ir ao parque Tiergarten depois? Eu ouvi dizer que lá é um lugar lindo para passear a tarde.

Obsession -  Livro 1 [REVISANDO]Where stories live. Discover now