Capítulo 24

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Já estavam naquele hospital há três dias e nada de Kai acordar, mas de acordo com os médicos, não deveria se preocupar, pois o estado de saúde dele era estável e seu corpo se recuperava aos poucos do dos danos sofridos.

Kai continuava pálido, mas pelo menos não usava mais uma máscara para ajudar na sua respiração. Aproximou-se do filho e afagou os cabelos dele exatamente como quando fazia quando ele era criança e ficava doente. Seu menino sempre foi tão cheio de energia, que nem mesmo uma gripe era capaz de derrubá-lo; então, vê-lo daquela forma cortava seu coração de mãe.

O celular tocou e Josette o atendeu.

"Alô, Bonnie." Cumprimentou sem tirar os olhos do filho.

"Oi, Josette." A mulher suspirou, sentindo falta de quando Bonnie a chamava carinhosamente de tia. "Como vocês estão?"

"Bem. Kai ainda não acordou, mas os médicos garantiram que é normal. Felizmente, hoje, ele saiu da unidade intensiva. Fez novos exames."

"Ele está mesmo bem não é? Digo, já são três dias..." Sentiu a angústia na voz de Bonnie, que ainda guardava mágoas das atitudes de Kai, no entanto, amava-o tanto ou mais que antes.

"Logo ele acordará, Bonnie e quando isso acontecer, ligarei imediatamente para informá-la." Mudou de assunto. "E como vai minha neta?"

"Crescendo cada dia mais e ficando ainda mais linda." Bonnie falou com orgulho.

Conversaram mais um pouco até Bonnie ter de encerrar a ligação para dar atenção à filha.

Após guardar o celular na bolsa, Josette voltou para perto do filho, tendo a grata surpresa de encontrá-lo com os olhos abertos.

"Filho?" Tocou o rosto de Kai, que lhe sorriu fracamente. "Oh, meu amor, estou tão feliz que tenha acordado!"

"Mãe..." Ele sussurrou com a voz rouca e confusa. "O que houve? Onde estou?"

"Não se lembra de nada?" Beijou a testa de Kai e lhe sorriu emociada.

"A última coisa que me lembro foi de falar com Stefan." Gemeu ao tentar se mexer.

"Fique, quietinho!" Ela ordenou e foi até a porta do quarto, de onde chamou uma enfermeira que passava pelo corredor.

(...)

Jogou o copo na parede. Estava frustrado, furioso e até mesmo temeroso. O que estava acontecendo? Quem poderia estar por trás daquele atentado?

"Como foi?" Olhou para Malcolm, o homem loiro e robusto, de quase dois metros de altura, que após se aposentar dos serviços do FBI, passou a trabalhar como segurança particular dos Parker.

"Dois tiros no peito e um na cabeça. Encontraram o corpo jogado em uma estrada pouco movimentada." Malcolm lhe entendeu algumas fotos, que fizeram o estômago de Stefan revirar. "Já estava entrando em estado de decomposição; o mais sinistro foram os olhos arrancados."

Stefan engoliu em seco e olhou bem para as fotos antes de devolvê-las à Malcolm.

"Precisamos redobrar a segurança não só de Kai, como também do resto da família, principalmente de Bonnie e a filha." Falou pensativo.

"Providenciarei imediatamente. Só peço que entre em contato com Silas Petrova e lhe informe sobre isso, afinal, o homem tem uma escolta de seguranças e não precisamos entrar em conflitos desnecessários."

Stefan concordou, mas seus pensamentos estavam longe, processando todas aquelas informações.

"Não se preocupe. Trabalho para os Parker há 15 anos e não descansarei até colocar as mãos no desgraçado que atentou contra a vida de Malachai." Malcolm disse com a calma e a autoridade de um ex-agente do governo acostumado a resolver casos misteriosos.

(...)

Maldita hora em que decidiu se hospedar naquele hotel. Senão fosse pelo contrato que tinha assinado, Caroline teria pego o primeiro avião disponível e voltado para casa, mas não poderia fazer isso sem sujar seu nome com as outras agências de modelos.

"Boa noite, bela dama." Revirou os olhos ao ver o encosto que se acomodava na mesma mesa que ela. "Não lhe ensinaram que é falta de educação ignorar as pessoas?"

"Pessoas, sim. Encostos, não." Respondeu irritada, deixando o jantar praticamente intocado. Como detestava aquele homem narcisista, que se achava o último terno Armani do universo. Com tantos lugares no mundo, por que tinha que ter entrado por engano, justamente no quarto de Niklaus Mikaelson, quando ele saía do banheiro completamente pelado? E por que o desgraçado tinha que ficar obcecado por ela? Será que era algum tipo de castigo por ter transado com o homem da prima? Mas, poxa! Ela não sabia que o cara amado era o mesmo da prima!

"Por que não vai procurar outra para satisfazer seus caprichos, Mikaelson?" Demonstrou todo o aborrecimento que tinha com a presença dele. No entanto, Klaus apenas sorriu e os olhos verdes brilharam maliciosos.

"Você pode aceitar ou continuar fingindo não perceber o que há entre nós." Ele tentou segurar a mão dela, mas Caroline a afastou.

"Não há nada entre nós, seu maluco!" Ela tentou se levantar, mas Klaus segurou em seu braço, mantendo-a no lugar. "Solte-me, ou gritarei!"

"O único lugar em que gritará vai ser em meu quarto, quando eu estiver dentro de você." Klaus sorriu e a mirou com intensidade. "Eu nunca desisto do que desejo, Caroline." Sussurrou e a loira sentiu um arrepio subir por suas costas. "Você ainda será minha. Não me importo de não ser seu primeiro amor, mas lhe garanto que serei o último."

Klaus se levantou e saiu sem olhar para trás, deixando uma Caroline sem palavras e extremamente irritada com a prepotência daquele ser

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Klaus se levantou e saiu sem olhar para trás, deixando uma Caroline sem palavras e extremamente irritada com a prepotência daquele ser.

Continua...

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