Capítulo 28

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Damon parecia não saber o que dizer, mas depois de um tempo balançou a cabeça e olhou para Stefan:

"Eu queria saber que febre é essa por crianças. Ric, Malachai e agora você. Deus me livre de ter um monte de pirralhos chorando no meu pé." Lilian deu aquele olhar sinistro de mãe que fez com que Damon calasse imediatamente.

"Eu ainda não consigo acreditar que aquela... nos escondeu algo tão sério. Se ela não fosse uma mulher..." A ameaça de Giuseppe fez com que Stefan sentisse um frio estranho na espinha. Seu pai era uma pessoa justa e honesta, mas também sabia impor respeito e medo apenas com sua presença. Não era a toa que se tornou um dos melhores juízes do país. "Podemos tomar a guarda da menina com muita facilidade, basta..."

"Não pai. Não colocarei minha filha em meio a uma guerra desnecessária. Ainda mais agora com Valerie tão doente. Quem sofrerá com tudo isso será Melissa. Já basta todo o transtorno que passará quando chegar a hora de Valerie."

"Aqui se faz, aqui se paga." Damon concordou com o pai, ainda abriu a boca para dizer algo, mas resolveu ficar em silêncio ao olhar para a mãe.

"Ainda bem que pelo menos um dos meus filhos não puxou totalmente ao lado negro da família." Stefan sorriu para a mãe, que levantou-se de perto do marido e foi se sentar ao lado do filho caçula. "Sempre pensei que Damon chegaria qualquer dias desses e jogaria a bomba de ter engravidado uma dessas  mulheres de uma noite que passam na vida dele."

"Obrigado pela consideração, mãe." Damon resmungou.

"De nada, querido. Só estou sendo sincera. Já até perdi as esperanças que se case um dia. Não percebeu que parei de pressioná-lo faz tempo?"

Lilian suspirou desolada e Damon revirou os olhos com o teatro da mãe. Até parece que ele acreditava que Lilian Salvatore algum dia desistiria de querer casar os filhos e encher a casa de netos. Era mais fácil Giuseppe Salvatore se candidatar a presidente dos EUA. E considerando que seu pai odiava politicagem...

"Meu menino já é pai." Suspirou maravilhada, os olhos brilhando. "Uma menina! Somos avós de uma menina, Giuseppe!" Pegou o rosto de Stefan e o olhou bem, procurava por algo e parecia ter encontrado já que sorriu ainda mais. "Você nasceu para ser pai, Stefan. Não precisa temer nada, somos uma família e estaremos sempre unidos independente de qualquer coisa. Estaremos aqui para ajudá-lo no que precisar."

"Lilian tem razão." Giuseppe falou com um discreto sorriso. "Estaremos sempre aqui para apoiá-los no que precisarem."

"Ninguém me apoiou quando eu quis ser astronauta ou piloto de fórmula 1." Damon resmungou.

"Se fosse mesmo o seu sonho ser qualquer uma dessas coisas, não teria desistido no meu primeiro não." Giuseppe deu dois tapinhas do ombro do filho mais velho antes de levantar. "Amanhã traga nossa neta para almoçar conosco. Queremos muito conhecê-la. E entre logo com o pedido de reconhecimento de paternidade. Nunca um Salvatore passou tanto tempo sem o nosso sobrenome no registro."

(...)

Não poderia explicar a calma que a presença do pai lhe trazia. Uma sensação tão reconfortante, de confiança, como se o conhecesse a vida inteira. E o amor só crescia ao ver a forma como ele era extremamente preocupado com tudo que era relacionado à Valentina.

"Obrigado por ter vindo." Silas empurrava o carrinho de bebê e não parecia perceber a forma como as mulheres viravam a cabeça para olhá-lo melhor. Aquilo era enervante. Será que não viam a enorme e brilhante aliança dourada que ele carregava na mão esquerda?

Com Abby no curso de culinária que ela tinha começado há duas semanas, Silas aproveitou o momento para pedir que Bonnie o ajudasse a escolher um presente de aniversário para Abby. Aquela também era uma forma de passar um pouco mais de tempo com a filha e a neta, assim como incluí-las em sua vida.

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