I'm In Love With A Criminal 2.0 [L.S]

Capítulo 21 - End.

Enquanto dirigia para me encontrar com Harry, eu não podia evitar as lembranças do que vivi em meu cativeiro rondando minha mente.

Eu me perguntei o que faria se aquilo se repetisse, e estremeci apenas de pensar naquilo. Eu não queria viver aqueles horrores nunca mais.

Por um segundo me perguntei se não tivesse sido comigo. E se fosse com Harry? Ou minha mãe? Lisa? Liam? Eu tinha muitas pessoas em minha vida que eu não queria machucadas.

E no futuro, se eu tivesse filhos com Harry? Quer dizer, iríamos sempre correr esse risco? Eu senti meu coração apertar e lágrimas em meus olhos só de pensar.

Me perguntei se ainda tinha chance de sair daquela vida. Sei lá, forjar novas identidades, deixar tudo para trás.

Harry e eu poderíamos começar uma nova vida. Fazer faculdade, trabalhar, ter filhos. E eu não teria de ter medo de ser sequestrado de novo, ou que alguém que eu amo seja.

Estacionei o carro em frente a cabana e suspirei feliz vendo que o carro de Harry estava lá. Eu limpei as lágrimas em meu rosto e sai do carro.

Caminhei pela praia e entrei na cabana, então eu vi Harry parado de frente para a cama. Ele parecia estar pensando em algo.

— Harry? — Chamei baixo, mas ele ouviu.

Já que correu até mim e me abraçou forte. Ele segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou com força, parecia querer tirar tudo de mim naquele beijo.

— Eu estive com tanto medo de te perder. Eu mandei todos os meus capangas por toda a cidade atrás de você. Eu morri mil mortes a cada segundo, Louis. Meu coração sangrava toda vez que eu imaginava você a mercê daquele cara. Louis, eu não posso estar mais um segundo sem ti.

Eu ouvi tudo o que Harry me disse atentamente, as lágrimas inundaram meus olhos e não demoraram a escorrer por todo meu rosto.

— Amo você. — Falei e então o beijei com vontade, meus braços se jogaram envolta do pescoço de Harry e ele segurou minha cintura com força.

O beijo durou alguns minutos, e durante ele tudo o que era passado entre nós, todo o nosso amor preencheu o ar do quarto, e todos os problemas pareceram sumir.

— Como... como você conseguiu fugir? — Harry perguntou ofegante, quando enfim nos separamos.

— Eu tive de o enganar. Eu fingi que queria algo com ele, mas um capanga nos interrompeu. E quando Bieber saiu o capanga trouxe um suco para mim. Eu coloquei o veneno que você me deu dentro do copo, e quando ele voltou ofereci um pouco. Enquanto o veneno fazia efeito, eu cravei uma faca no peito dele. — Expliquei tudo de forma resumida.

— Como fez ele acreditar que você queria algo com ele? Quer dizer, todos sabem que somos loucos um pelo outro. — Harry disse, eu sorri concordando.

— Bom, eu tive de o beijar, e me desculpe por isso. — Murmurei.

— Está tudo bem, meu amor. Você está aqui, e está a salvo. É tudo que importa para mim. — Harry disse me beijando de novo, ele desceu sua mão por meu braço que Justin havia feito o corte e eu gemi me afastando. — Ele te machucou? — Harry perguntou olhando o corte.

— Sim, algumas vezes. — Resmunguei erguendo minha blusa e mostrando os machucados.

— Meu amor... — Harry disse tocando com a ponta dos dedos um dos roxos em minha barriga, seus olhos encheram de lágrimas.

— Está tudo bem, isso vai passar. — Eu disse sorrindo fraco.

— Me deixe cuidar de você, ok? Eu vou te amar como você merece. — Harry disse pegando minha mão e beijando meus dedos.

— É tudo que eu mais quero. — Falei o beijando em seguida. — Depois de um banho. — Sorri me afastando dele.

— Claro, vamos lá.

Algumas horas depois.

— Como se sente? — Harry perguntou fazendo carinho em meu braço que agora estava com um curativo.

— Eu estou nos braços de meu amor depois de um banho longo onde fizemos amor, não poderia estar melhor. — Falei me inclinando para beijar seu rosto.

— Isso é ótimo. — Harry disse beijando minha testa em seguida.

Me ajeitei em seu peito e suspirei feliz por finalmente estar a salvo. Então eu lembrei do que pensei a caminho daqui.

— Harry? — Chamei me ajeitando para olhar em seu rosto.

— Diga. — Ele disse fazendo carinho em minha bochecha.

— Eu estive pensando, e se nós saíssemos dessa vida? — Perguntei, ele me olhou confuso. — Quer dizer, nós podíamos forjar nossas mortes. Adotar novos nomes e mudar de cidade. Nós íamos poder finalmente ser livres. — Expliquei.

— Por que isso agora? — Harry perguntou curioso.

— Eu pensei bem, e eu não quero mais continuar nessa vida. Eu tenho medo de ser sequestrado de novo, ou de fazerem algo com você, ou com os outros que também amo. — Falei, meus olhos marejados só de pensar novamente nisso.

— Eu entendo você, meu bem. Você está livre para ir. — Harry disse limpando uma lágrima minha que havia escorrido.

— O que quer dizer com isso? — Perguntei franzindo a testa.

— Que você pode ir, Louis. Pode sair dessa vida, começar uma nova história. Mas eu não posso fazer isso. — Ele encolheu os ombros.

— O que? Por quê não? — Perguntei confuso.

— Louis, eu estou nisso desde que me entendo por gente. Você nisso tem um ou dois anos. Eu estou completamente atolado na merda, mas você não. Você pode recomeçar sua vida, eu não. — Ele diz como se nada fosse.

— Mas Harry, eu achei que pudéssemos ter uma vida normal. Juntos. — Murmurei me sentando na cama.

— Esse é o meu normal, Louis. Eu nunca vou sair disso. Mas eu também nunca iria lhe prender. Então você pode ir, no minuto que quiser. — Ele disse.

— E você não liga? — Perguntei ofendido.

— Louis, eu quero você, para sempre. Mas não vou te prender ao meu lado se você não estiver feliz, ou com medo. Eu nunca iria lhe forçar nessa vida. — Ele disse.

— Mas eu pensei que pudéssemos ter uma vida normal. — Murmurei.

— Eu gostaria que sim. Mas eu fiz muitas coisas erradas, normal não é mais para mim. — Harry disse encolhendo os ombros.

— Eu também fiz coisas erradas. Ou você esqueceu que matei aquele homem? — Perguntei irritado.

— Eu nunca forcei você a isso. — Harry disse me olhando sério.

— Eu sei que não. Mas se você está dizendo que posso ter uma nova vida mesmo depois daquilo, então você também pode. — Afirmei.

— Querido, eu matei mais pessoas do que posso contar, direta ou indiretamente. — Harry respondeu.

— Isso não é justo. Eu não quero mais essa vida, mas quero você. — Falei chorando.

Harry se levantou e me abraçou.

— Eu sei, amor. Eu quero você, mas não posso largar essa vida. — Harry disse em meu ouvido.

— Então acho melhor acabarmos aqui. — Murmurei.

— Eu concordo. — Harry disse, eu senti meu coração doer ao ouvir aquilo. — Talvez nós não fossemos para ser um do outro desde o início. E o tempo que ficamos juntos foi apenas um presente. — Ele disse me afastando de si e me olhando nos olhos.

— Eu te amo. — Sussurrei, Harry sorriu e me beijou.

Quando nos afastamos eu levantei da cama e caminhei para fora da cabana sem olhar para trás. Se eu o fizesse provavelmente iria desistir, e eu não queria fazer aquilo.

A vida que eu vivi com Harry foi alucinante, cheia de perigos. Mas isso não era para mim, nunca foi. E agora eu estava deixando para trás.