I'm In Love With A Criminal 2.0 [L.S]

Capítulo 22 - Farewell.

Abri a porta da casa de minha mãe e a vi nos braços de Ray assistindo televisão. Ela me olhou e correu até mim quando viu o estado em que eu estava.

Meu cabelo desgrenhado, meus olhos inchados, lágrimas correndo por todo meu rosto.

— O que aconteceu com você, meu amor? — Ela perguntou me sentando no sofá.

— Vou pegar uma água com açúcar. — Ray disse e então saiu em direção a cozinha.

— Harry e eu terminamos. — Falei no meio de soluços.

— O que? Mas por quê? Vocês se amavam tanto. — Ela perguntou enquanto eu pegava a água que Ray me entregou.

Depois de beber a água e ficar mais calmo, comecei a contar tudo o que tinha acontecido. Desde o momento em que acordei com a dor de cabeça, até o momento em que terminei com Harry.

— Você matou ele? — Ela perguntou se referindo a Justin.

— Sim. — Falei fechando os olhos. Não queria ser julgado por ela, não agora.

— Tudo bem, até aí eu entendo pois foi preciso, ou você morria ou ele. Mas por que Harry não lutou por você? Ele te ama tanto, dá para ver. — Ela disse, eu encolhi os ombros sentindo as lágrimas voltarem.

— Você precisa tomar um banho e descansar, tenho certeza que tudo vai melhorar e logo Harry aparece batendo na porta lhe pedindo perdão. Ele vai perceber que o amor de vocês é mais forte que tudo. — Ray me surpreendeu ao dizer isso.

— Obrigado, Ray. E eu lhe devo desculpas, pela forma como o tratei sem nem mesmo te conhecer. — Falei sincero.

— Não importa mais. Você está desculpado. — Ele sorriu me fazendo rir de leve, mas logo meu pequeno sorriso sumiu.

— Vou tomar um banho. — Falei e então subi as escadas.

Meia hora depois.

Tomei um banho e vesti uma das poucas roupas que eu tinha em meu closet. Pensei por um pouco e decidi que tinha de ir buscar as outras na casa de Harry.

Penteei o cabelo e desci as escadas, aproveitei que nem minha mãe e nem Ray estavam na sala e peguei a chave do carro de minha mãe para ir até lá.

No caminho fiquei pensando em como seria quando ele me visse. E se ele tivesse mudado de ideia? Quer dizer, nós poderíamos ficar juntos e ser felizes. Imerso em meus pensamentos nem percebi quando cheguei.

Estacionei só mesmo em frente a casa e entrei, os seguranças me deixaram passar sem nenhum problema. Entrei na casa e ela estava silenciosa, caminhei até o quarto de Harry e abri a porta.

Passei para o closet e enquanto arrumava minhas roupas em uma mala a porta do banheiro abriu.

— Só vim pegar minhas roupas. — Informei sem o olhar.

Um suspiro alto saiu pelos lábios de Harry quando eu fechei a mala. Eu levantei e o olhei, ele estava parado na porta do banheiro me olhando.

— Me perdoe, eu queria dar o que você quer, mas não posso. — Ele diz, e eu vejo uma lágrima solitária descer de seus olhos.

— Não tem o que perdoar, Harry. Esta é sua vida, e eu entendo você. Essa só não é mais a vida que eu quero. — Falei encolhendo os ombros.

— Se arrepende de algo? — Ele perguntou, eu sorri negando.

— Cada momento com você foi mágico, Harry. — Falei.

Ele sorriu e me estendeu a mão, eu a peguei e o senti me puxar para si. Olhei em seus olhos e então beijei com carinho.

Harry estava somente com uma toalha em volta de seu corpo, mas a mesma caiu quando nossos corpos se chocaram. Ele passou a mão em minha coxa e a apertou.

— Me deixe te amar em despedida. — Ele pediu, eu rapidamente assenti.

Eu jamais poderia negar isso a ele, não quando eu também queria.

Harry abriu minha calça e a desceu por minhas pernas, minha cueca teve o mesmo rumo. Enquanto beijava meu pescoço ele subiu minha blusa e a tirou de meu corpo.

Harry me guiou até a cama e me deitou nela com cuidado, ele abriu minhas pernas e se abaixou para começar a me preparar.

Fechei os olhos sentindo ele começar a me chupar, arqueei as costas quando ele apenas tocou levemente minha entrada.

Harry levantou e pegou o lubrificante na gaveta da mesa de cabeceira, ele derramou um pouco em seus dedos e começou a tentar entrar em mim, delicadamente, com medo de me machucar.

Quando ele conseguiu o primeiro dedo, me olhou observando minhas expressões. Ele parecia realmente atento a cada coisa que eu fazia, como se quisesse marcar para sempre em sua memória. E eu estava fazendo o mesmo.

Não queria deixar Harry, mas não queria continuar naquela vida. Eu sei que estaria sempre com medo e receoso de alguém fazer algo comigo ou com os meus, e eu não queria aquilo.

E se no futuro estivermos destinados a acabar juntos, irá acontecer.

Mas agora tudo o que irei fazer é aproveitar o prazer que Harry está me proporcionando.

Quando senti estar pronto, avisei a Harry. Ele se ajeitou em minha entrada e deslizou lentamente para dentro de mim.

Harry esperou um tempo para eu me acostumar com seu tamanho, e quando feito, ele saiu de dentro de mim, e voltou lentamente me fazendo gemer.

— Não se contenha, eu quero ouvir você. — Ele disse, e então estocou mais uma vez, bem devagar.

Meu corpo ansiava por mais, eu não queria algo lento. Mas era Harry que estava no comando, ele iria guiar esse nosso último momento.

Seu corpo se movia de forma lenta e ele logo estava beijando e mordiscando meu ombro, deixei minhas mãos em seus ombros para arranhar aquela região.

Arqueei as costas quando Harry deixou um chupão em meu peito, ele me olhou e sorriu. — Vou deixar algumas lembranças em você. — Ele murmurou deixando um chupão em meu ombro agora.

Ele não precisava deixar lembranças em meu corpo, quando a melhor parte de mim já era dele, meu coração.

Harry estocou mais uma vez e então gozou dentro de mim, logo eu também cheguei a meu orgasmo, que veio de forma intensa e arrebatadora.

Ele respirava ofegante enquanto ainda estava em cima de mim. E quando ele deitou ao meu lado, eu levantei e fui até o closet, vesti minhas roupas e peguei a mala.

Caminhei até o quarto de novo e vi Harry sentado na cama vestido com uma boxer preta.

— Não estou acostumado com despedidas. — Ele disse com a voz embargada por estar chorando.

— Nem eu. — Murmurei saindo do quarto em seguida.

Enquanto passava pelo corredor vi o pequeno cão correndo até mim, o peguei no colo e ele lambeu meu nariz.

— Papai Louis tem de ir, mas seu papai Harry vai cuidar de você. — Falei o olhando e sentindo mais lágrimas caírem de meus olhos.

— Você não deu nome a ele. — Olhei para trás e vi Harry encostado na porta do quarto.

— Ruffus. — Falei, Harry assentiu concordando.

Entreguei o cão a ele e sai da casa, coloquei a mala no banco traseiro do carro e fechei a porta. Olhei para a casa e vi Harry me olhando da porta, seus olhos estavam repletos de lágrimas, e ver isso só me fez chorar mais.

— Eu te amo. — Eu puder ler em seus lábios, sorri para ele.

— Eu te amo. — Falei entrando no carro em seguida.

Esse é nosso adeus.