1ºCapitulo

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A minha vida desaparece enquanto corro desesperadamente pelo enorme átrio da grande empresa do Harry. Eu respiro asperamente enquanto me viro de um lado para o outro, eu tento controlar as minhas lágrimas, mais do que controla-las eu tenho que conseguir, isto é a minha batalha final, e eu não vou ser uma perdedora.

Os seguranças olham para mim, enquanto o meu cabelo larga pingas de água por onde eu ando. Vou até ao balcão, e uma mulher já com alguma idade olha para mim com bondade.

-posso ajuda-la?- ela pergunta.

-sim, eu queria ver o Harry.- murmuro.

-desculpe? O Harry das ventilações já saio.- ela sorri-me simpática.

-não, não é esse Harry, eu quero ver o Harry, o Harry Styles.- eu fecho os olhos com o nome dele a escapar-me dos lábios.

-querida, desculpa eu não posso...

Ela não acaba a frase, por o seu telemóvel toca. Ela deve ser a funcionária mais simpática deste sítio e eu pedir ao Harry o aumento dela. Quer dizer se ele ainda estiver vivo. Desde que a chamada caio que a única coisa em que consigo pensar é nele, a olhar-me lá de cima. Tudo o que eu podia ver era a sombra dele, uma pequena mancha preta, mas eu sei que era ele.

-Pode subir Miss.Black.- ela manda.

Eu ando até aos elevadores e ao entrar fico sozinha num deles, o Harry tem razão, sempre que precisamos de alguém nos elevadores as pessoas simplesmente sobem escadas. Eu tenho o último andar porque sei o quanto o Harry gosta dos últimos pisos. Eu não me lembro bem onde é, da última vez que ca estive estava desconcentrada, e não apanhei, nem memorizei nada.

Assim que o tinido das portas do elevador se faz ouvir eu dou um passo em frente. O quente cá dentro é diferente da temperatura baixa lá de fora, e um espirro acumula-se, quando o solto eu oiço um "saúde" educado de uma das assistentes do Harry. Uma delas está a olhar para a poça que o meu cabelo está a formar, e outra segura a porta do gabinete que suponho ser dele.

Eu caminho determinada, mas cá dentro eu sinto-me insegura, desconfortável e com a sensação de que nada nesta sala pode correr bem.

Assim que entro na sala ele está virado para a janela, tal como á minutos atras, mas ao contrario da organização que vi da outra vez, desta vez papeis estão espalhados pelo chão, milhares de papeis, papeis que eu desenhei, escrevi e colori. O chão do escritório na passa de uma nuvem branca cheia de pequenas cores.

-vais explicar-me?- a voz dele está rouca e distante.

-eu vou, mas não aqui.- eu não vou mesmo falar disto no maldito escritório.

-podes dizer-me que é apenas um emboscada, ou coisa assim e que não tens nada a ver com isto?- ele encosta a testa ao vidro e oiço-o implorar.

-não. Isto sou eu, e eu preciso que venhas comigo para eu te poder explicar.- a minha voz é decidida.

Ele agarra no seu grande casaco preto, e anda até mim. Ele coloca-mo sobre os ombros, e pega na minha mão enquanto nos conduz para fora da sala. Quando chegamos á entrada ambas as assistentes se levantam e ele olha para elas enquanto fala.

-vou sair, cancelem a minha agenda.- ele manda.

-mas senhor tem esta reunião agendada desde outubro.

-tenho a certeza de que se for importante, esperar por amanha não vai ser problema.

-mas os custos da viagem são por conta da nossa empresa.- ela gagueja e vejo quando ela engole em seco.

-bom nesse caso o que me importam uns milhares a menos. Não me ligue, e peça a Mr.Tomlinson que não me ligue hoje.

Ele agarra na minha mão e seguimos até ao elevador. Quando a porta se fecha ele não olha na minha direção. Lembro-me ociosamente de que a minha capa e os meus desenhos continuam no escritório dele.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now