44ºCapitulo

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Quando o Harry decidiu que nós podíamos ter um dia fora de casa, eu fiquei encantada. O tempo não estava no seu melhor, e apenas os casacos a manterem-nos quentes. Nós estávamos efetivamente num jardim bastante antigo, era tudo muito verde, e havia fontes por todo o lugar, parece que tudo nesta parte de Oxford é mágico, quase tirado de um livro.

O Harry não demorou muito para trocar as suas calças de fato por umas de ganga que tinha dentro do porta-malas. Eu quis perguntar-lhe porque razão tinha ele calças lá, mas a resposta não me ia agradar, então eu fiquei calada. Eu aprendi que se tu sabes que não queres ouvir a resposta, então tu deves calar-te.

Saltei do carro para o silencio da natureza, a melodia baixa de água a correr, e o vento a arrastar as folhas, nós estávamos perto de fevereiro, nas realidade eu não era uma adepta de fevereiro até ao momento em que o Harry me confessou que ele iria fazer anos dia um. Era a três dias de hoje e a minha mente estava em branco sobre o que eu lhe podia dar. O que se dá a um homem que pode ter tudo? Eu estava realmente infeliz nessa questão, noutra circunstância eu teria comprado um relógio ao meu namorado, mas o Harry não era só um namorado, o Harry era parte de mim, e eu queria dar-lhe o mundo, usando as palavras dele.

Eu assisti em como ele punha as botas de couro nos seus pés, a forma como o seu corpo se mexia, ele era tão confiante, cada pedaço dele gritava o quão confiante ele era, então meio que eu invejava a forma como ele se mexia. Eu iria tropeçar para calças botas, ou qualquer outro sapato.

-tu estas a apreciar a vista?- ele ri-se quando desloca o seu cabelo para trás, a fim de meter o gorro preto na sua cabeça.

-tu quase pareces uma miúda com esse cabelão.- eu estendo a minha mão para ele.

-eu uso L'Oréal, talvez isso explique alguma coisa.- ele agarra aminha mão. Um sorriso gabarolas nos seus lábios.

-bom obviamente que o meu Pantene não tem nada a ver com a classe do teu cabelo.- eu encosto a minha cabeça no seu ombro e aprecio o som baixo á nossa volta.

-isto é tão pacifico aqui.- ele sussurra.

-isso é estranho, eu gosto da agitação da cidade, mas eu ainda podia viver num sítio assim, se bem que eu ia aborrecer-me depressa.- olho para ele.

Os olhos dele parecem brilhar enquanto ele anda em frente, o seu cabelo na tua testa em confusão, ponho-me em bicos de pés enquanto lhe beijo a bochecha, á alturas em que ele é tão adorável e que me apetece apertar-lhe as bochechas até á exaustão.

-para de olhar para mim, meu Deus pareces uma perseguidora.- um sorriso enorme nos seus lábios rosados.

-tu és chato, se eu não olhasse para ti, tu obviamente ias ficar chateado.- faço beicinho.

-sim provavelmente, mas isso não é um problema.- ele responde com um encolher de ombros.

Decido apreciar o silencio á nossa volta e vejo quando um pequeno parque deserto brilha aos meus olhos. Eu diria que se eu tivesse que dizer uma coisa para a qual eu fosse viciada seria baloiços, quer dizer depois do Harry e de ver filmes eu diria que seria baloiços, eu devo ter partido alguns enquanto era uma pequena Soph irrequieta.

Eu adorava a sensação do vento na minha cara, a maneira como o vento levava o meu cabelo para longe e eu tinha aquela sensação de gravidade zero enquanto andava para a frente e para trás durante horas.

-Merda!- o Harry diz quando me largo dele e corro para os baloiços.

Assim que me vejo sentada num é como se estivesse em casa, eu tivesse seis anos outra vez e o mundo ainda era descomplicado e simples. Dá-me vontade de voar e tocar no céu, tão perto e tão longe.

Vision 2 - PrisonersWhere stories live. Discover now