Say You Won't Let Go

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Fala, galera! A gente bateu 1k no Wattpad essa semana e pra ser sincera é muito mais do que o que eu esperava quando comecei, por isso,  para agradecer o apoio hoje tem mais um capítulo inédito. Como eu disse no Spirit, foi meu capítulo favorito de escrever -não sei porquê-, mas espero que vocês gostem! 

Muito obrigada! Beijo, beijo!

-Lolo, você conhece ele? -Camila perguntou mais uma vez enquanto os olhos de Lauren continuavam focados no rosto de um rapaz moreno que deveria ter a mesma idade que elas.

Lauren ficou em silêncio por alguns segundos.

-Não pode ser... -ela conseguiu dizer apesar do nó em sua garganta.

-Lauren, se a Alexa conhecia um desses rapazes é importante que a gente saiba. -o detetive falou pela primeira vez. -Você conhecia ele?

-O nome dele é Luis. -ela começou insegura. -Eu conheci ele em um projeto de grupo da faculdade e a gente ficou amigo, ele sempre ia até onde a gente morava pra be... Espera, você tá dizendo que ele...? -ela parou e olhou para o homem que apenas assentiu. Lauren se levantou do sofá e Camila pode ver que ela estava lutando para se controlar porque seus pulsos estavam fechados e tensos como se estivesse prestes a arremessar algo contra a parede. Ela pediu licença antes de ir para a pequena sacada de seu apartamento, na expectativa de que o ar frio da noite pudesse de alguma maneira acalmar o sangue que parecia ferver em todo seu corpo.

O detetive decidiu que era melhor ir embora e pediu para que a cubana não se preocupasse em acompanhá-lo até a saída.

Play: Say You Won't Let Go - James Arthur

-Lolo. -Camila chamou ao entrar na sacada, mas Lauren parecia completamente alheia à sua presença. Ela colocou a mão nas costas da morena para sinalizar que estava ali, mas a outra pareceu se assustar e ficar tensa com o toque. -Você quer ficar sozinha? -ela esperava que Lauren pedisse um tempo sem ninguém, mas ficou surpresa ao vê-la balançando a cabeça em negação.

Camila percebeu como ela segurava as grades com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos, como o seu maxilar estava tenso e como os olhos verdes que sempre pareciam carregados de carinho agora assumiam um tom amarelado de um misto de raiva e dor.

A cubana optou por ficar em silêncio, ela estava tentada a dar um passo e envolver Lauren em seus braços, mas o risco de romper algum limite que a outra havia determinado parecia grande demais. Naquele momento, ela seria capaz de dar qualquer coisa em troca do que se passava na cabeça da outra garota.

Talvez a morena estivesse se lembrando das vezes em que permitiu que o outro garoto entrasse na sua casa e tivesse contato com Alexa, talvez ela sentisse uma porção ainda maior de culpa e responsabilidade pelo que aconteceu e talvez a sua cabeça estivesse fazendo um barulho tão alto que ela não fosse capaz de raciocinar apropriadamente.

É como estar em um espaço nebuloso, escuro e solitário. Não há nada pior do que ser cativo da sua própria mente e não conseguir encontrar um lugar seguro. É como estar preso constantemente naquela espécie de sonho em que você corre, mas não sai do lugar e em que você grita, mas nada realmente sai da sua boca. É como andar em uma floresta cheia de armadilhas e estar consciente disso, mas não conseguir encontrar escapatórias quando você cai em uma delas. Então você se sente traída porque seu corpo começa a reagir e você não consegue realmente ter controle. Camila se lembrou das palavras que Lauren havia escolhido para descrever como era viver com ansiedade em uma das tardes que elas passaram no sofá da morena.

Pela primeira vez ela pareceu capaz de ver os efeitos que a doença tinha sobre a outra ou talvez fosse apenas uma raiva incontrolável devido a descoberta daquela noite, mas Camila não podia deixar de pensar que era uma mistura das duas coisas. A cubana não sabia o que fazer, por isso ficou aliviada ao ouvir a voz da morena depois de alguns minutos.

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