I Like Me Better

Carry You

Vitória do pessoal que votou na opção 3, então estou dando inicio a maratona!

"Blair, como vai funcionar a maratona?" A qualquer momento do final de semana, um novo capítulo.

PS.1 Jesus, me ajuda a segurar o forninho e as lágrimas.

Beijo, beijo!

Lauren desceu do avião com uma música tocando alto em seus fones de ouvidos. A viagem tinha sido exaustiva, assim como os dias anteriores e ela definitivamente não se sentia pronta para lidar com o que estava prestes a acontecer em algumas horas. O único pensamento que parecia capaz de lhe dar alguma paz, eram as pessoas que a esperavam há apenas alguns metros.

Quando ela encontrou os quatro familiares pares de olhos apreensivos e carinhosos, seu coração pareceu encontrar o ritmo normal novamente. Os braços grandes de Dinah foram os primeiros a envolverem seu corpo e no conforto do abraço da polinésia, Lauren pode soltar o ar que nem se lembrava de estar segurando. O primeiro sentimento que sua mente foi capaz de processar era similar àquele de quando você deita pela primeira vez na sua própria cama depois de uma longa viagem, de quando reencontra os objetos que não pode levar consigo por falta de espaço e quando percebe que não importa quantas voltas a Terra dê em torno de si mesma ou quantas vezes você sobrevoe um oceano, não há nada como poder dizer que finalmente está em casa.

Para a morena aquela sensação estava ganhando um novo significado, não era mais sobre sua cama, objetos ou mesmo um lugar, era sobre as pessoas, mais especificamente sobre aquelas ao seu redor naquele momento. Elas eram sua casa, seu fundamento, suas paredes, sua decoração, sua energia, sua fonte d'água e sua garagem. Não importava quantas vezes Lauren precisasse ir embora ou em quantos pedaços ela retornasse, nada mudaria de lugar. Talvez houvessem quadros novos ou pequenas reformas, mas o lugar ainda teria uma música latina fazendo as paredes tremerem, ainda teria o cheiro de café e de roupa lavada e ainda seria tão confortante quanto o abraço de garota que a segurava em uma mistura de preocupação e amor.

-Você pode deixar alguma coisa pra gente? -Ally pediu depois de algum tempo. As pessoas passavam apressadas e barulhentas ao redor do grupo das cinco garotas, mas Lauren e Dinah permaneciam envoltas pelos diversos sentimentos que marcaram os dias anteriores e que certamente estariam presentes nos próximos dias.

-Você tá bem? -a mais nova perguntou ao se afastar e segurar o rosto da morena com as duas mãos. Lauren sorriu fraco e assentiu antes de dirigir atenção para a menor. Para ela era estranho como seu carinho por Ally continuava a crescer. Se ele pudesse ser medido, certamente já teria ultrapassado o tamanho da descendente de mexicanos.

-Eu tô feliz por você estar aqui, apesar das circunstâncias. -a mais velha confidenciou em seu ombro e Lauren não pode deixar de sorrir.

-Você tá péssima, Lauser. -Normani comentou depois de um abraço rápido, mas carinhoso.

-Seu humor continua impecável, Mani. -ela conseguiu responder a honestidade exagerada da modelo antes de olhar para a última garota que ainda não havia visto. -Não é justo você parecer isso, -ela apontou para Camila que já não parecia capaz de controlar um sorriso. -quando eu pareço uma mistura de zumbi e fantasma. -ela apontou para si mesma, ciente das bolsas escuras embaixo de seus olhos onde o verde sempre tão vívido assumia agora um tom quase opaco. Lauren pensou em passar uma camada fina de maquiagem no banheiro do aeroporto de Chicago, mas sabia que as outras garotas a leriam em questões de segundos e que não haveria como esconder sua realidade pelo restante da semana. Enquanto isso, a cubana usava uma camiseta azul justa com uma jaqueta preta que Lauren teve quase certeza que era sua para afastar o inverno que se aproximava. Camila virou os olhos como se aquela fosse a frase mais idiota de todos os tempos antes de abraçar a recém chegada pelos ombros.