Capítulo 8

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Assim que me afastei deles, chamei o Pedro que logo veio a minha direção. Para sair dali ele pegou na minha mão e foi me guiando até a saída do bar. Ele passou em uma mesa onde estava o pessoal que tocava junto com ele no grupo, pegou um capacete e se despediu rapidamente deles. Já na rua andamos até o final dela onde estavam estacionados em sua maioria carros e motos. Ele me guiou até uma moto parada entre várias outras e eu fiquei parada na calçada esperando ele tirar ela dali. Ele veio a minha direção com o capacete e parou na minha frente com um sorriso besta na boca.

Pedro: Vai nem perguntar pra onde a gente vai?

Betina: Você já viu o tamanho dos meus amigos. – Ri zoando.

Pedro: Tá me tirando de fraco?

Betina: Só te deixando em alerta, você é 1 e eles estão em 4.

Pedro: Pode deixar que de você eu cuido no capricho.

Betina: Não tá fazendo mais que sua obrigação. – Impliquei.

Pedro: Coloca aí vai. – Ele jogou pra mim a jaqueta em sua mão e eu vesti. Não recusei, lá dentro estava maior calor, mas aqui fora estava batendo um vento geladinho. A jaqueta dele estava cheirosa pra caralho assim como ele é, me acabo com perfume masculino e o do Pedro parece que foi feito pra ele.

Betina: Cheiro bom desse teu perfume hein. – Falei fechando a zíper da jaqueta até embaixo dos meus seios.

Pedro: A produção tem que ser completa. - Ele deu uma piscadinha enquanto sorria de lado – Vou bagunçar seu cabelo um pouco bele? – Ele já foi colocando o capacete em mim e prendeu embaixo em seguida. Ele foi até a moto, tirou do meio das outras, eu dei a volta, ele subiu, ligo e me chamou pra subir em seguida.

Abusado do jeito que só ele, pegou nas minhas mãos e fechou entorno de sua barriga e eu tive que rir.

Betina: Precisa mesmo dessa produção toda?

Pedro: Claro, tenho que te apresentar a cidade. – Ele riu – Se segura.

Não era nem o ronco da moto que me agitou por dentro e sim do perigo mesmo. O Pedro acelerou para dar partida e em menos de 5 minutos estávamos cruzando uma avenida. Ele não estava indo tão rápido, até porque ele estava sem capacete, mas também não era nenhuma tartaruga fora que também maior parte das ruas estavam livres.

Ele pegou em seguida um viaduto que deu pra ter uma imagem foda de uma parte da cidade e enquanto ele ia cruzando não dava pra prestar atenção em outra coisa a não ser aquilo. Em alguns momentos ele pegava na minha coxa, dava uma acariciada com o polegar e voltava com a mão para o guidão. Deitei com a cabeça na costa dele e fiquei de boa curtindo de fato o rolê

Eu que já tinha um discurso montado pra dizer que não iria foder, surpreendi-me ao ver que ele não estava claramente na maldade. Ele poderia ter parado em mil motéis que vimos pelo caminho. Ele desceu para uma avenida completamente livre, não sei o que deu nele, se foi a adrenalina ou o fogo no cu mesmo, mas eu estava tão nem aí que curti quando ele acelerou muito e o vento cortava de arder a pele. Eu me agarrei com força na barriga dele, prendendo até minhas coxas na dele e quando fechei os olhos logo a minha cabeça se encheu de lembranças.

― FLASHBACK―
Thiago: Você perde noção dos lugares onde deve pisar, Betina. Não vê que pode acabar se machucando assim? Não vê que está me machucando também?

Betina: Eu não tive a intenção de te preocupar, Thi. – Chorei sentada em sua cama.

Thiago: Não teve, mas você sempre faz isso caralho. Eu estou cansado de ter que me preocupar com você.

Agora eu quero irWhere stories live. Discover now