Capítulo 56

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O que eu queria fiz: beber, comer e dançar um pouco. Um barzinho de leve só para a noite não passar em branco. Umas amigas da Ritinha também chegaram para beber com a gente, me dei conta que só havia sobrado eu e o Miguel ali dos caras, já que o Noah e o Erick saíram. Eu sabia mais ou menos que o Miguel estava se programando para sair com a Ritinha, ela até chegou a me chamar, mas não era bem o tipo de ambiente que me agrada e também a Betina me pediu para deixar ela em casa. Quando eles saíram, fiquei mais um pouco por ali com a Bê e depois a deixei em casa.

× Miguel Narrando.

No meio do caminho para casa a Ritinha apagou no banco de trás do UBER, para não dar trabalho, enviei uma mensagem para a mãe dela avisando que ela estava comigo e a levei para minha casa. Sabendo que o Noah não voltaria mesmo, botei ela dormindo na cama dele, fui tomar meu banho, botei apenas uma cueca para dormir e deitei. Estava com a mente distante, sem vontade nenhuma de dormir e já passava das 5h. Máximo que eu fiz foi queimar um verde que é de lei. Escutei um barulho de panela caindo no chão, na hora levantei e fui lá ver o que estava acontecendo. Liguei a luz da sala para iluminar a cozinha e vi a Betina vestida com a mesma lingerie da foto dela que guardo em meu celular. Ela virou para mim na mesma hora tirando a panela do chão e eu só conseguia sentir meu corpo ser magneticamente atraído pelo dela. Uma saudade fodida que eu sentia de passar meus dedos por aquela barriga, traçar cada linha de seu corpo e só me batia arrependimento de quando eu a tinha ali só para mim.

Betina: Desculpa, não foi nada demais. – Ela abriu a geladeira um pouco sem graça e tirou dela uma garrafa de água.

Miguel: Perdeu o sono? – Ela virou para colocar a água no copo, dando-me uma visão linda de suas costas e ela ainda estava com o cabelo solto. De besta com aquela visão, eu encostei na parede. Chega a ser cômico como meu corpo para de me obedecer por conta dela, ela deu uma olhadinha por cima do ombro e botou um pouco seu cabelo de lado.

Betina: Acordei com sede mesmo. Deu para curtir esse baile que a Ritinha arrumou? – Riu virando de frente e bebeu a água me olhando.

Miguel: Um peixe fora d'água.

Betina: E ela?

Miguel: No meio do caminho apagou e eu tive que carregar ela. – Ri – Saudade chegar em casa 7h com ela.

Betina: Não mata a saudade porque não quer.

Miguel: Já perdi esse pique.

Betina: É a responsabilidade chamando, até deixou o cabelo crescer. – Passei a mão no cabelo.

Miguel: Ah um diferencial.

Betina: Não nego que ficou bom. – Ela deu mais um gole na água.

Miguel: Para você não achar que eu sou careca.

Betina: Não achava – Riu – Tem um monte de foto sua na sala da sua mãe.

Miguel: Só a minha derrota.

Betina: Vou ter que criticar, derrota mesmo.

Miguel: Nem para dar uma valorizada, estou ruim mesmo.

Betina: Uma hora dessas nem rola. – Ela terminou de beber a água, guardou a garrafa, lavou o copo, secou suas mãos e ao passar para mim tomei a atitude de segurar em seu pulso. Não sabia ao certo o que diria a ela, mas não queria terminar a conversa assim. Ela olhou para minha mão tocando em seu corpo, seguido olhou nos meus olhos com a boca entreaberta como quem estava surpresa.

Miguel: Essa hora rola o quê? – Virei meu corpo para ela, deixando-a perto de mim e só Deus servia de testemunha para a saudade que eu sentia até do cheiro dela. Olhei fixamente para os seus olhos enquanto passei minha mão pelo seu antebraço pedindo permissão para prosseguir.

Agora eu quero irWhere stories live. Discover now